sábado, 28 de agosto de 2010

Novas ciclovias serão integradas ao metrô

LICITAÇÃO EM FASE FINAL


Publicada em 27/08/2010 às 23h40m
Cláudio Motta - O Globo - 27/08/2010
Ciclovia da Urca. Divulgação: Prefeitura
RIO - A nova geração de ciclovias da cidade começará a ser implantada em setembro. Em vez de priorizar o lazer, os traçados passarão a buscar a funcionalidade, para um deslocamento mais eficiente. Além da integração com pistas já existentes, o objetivo da prefeitura é que as novas ciclovias facilitem o acesso ao transporte público, com ligação com estações do metrô, por exemplo. Dessa forma, a bicicleta poderá ganhar espaço na cidade como um meio de transporte não poluente.
Ciclovia de ipanema. Divulgação: PrefeituraA licitação de três pacotes de obras está em fase final: os envelopes com as propostas das empresas que disputam a Zona Sul serão abertos no próximo dia 9. Nessa região, a prefeitura investirá R$ 900 mil em quatro trajetos, totalizando 5,3 quilômetros: a ligação da Gávea ao Jardim Botânico; da Praia de Ipanema à estação General Osório do metrô; de Copacabana a Botafogo, via Figueiredo Magalhães; e a conexão da ciclofaixa Mané Garrincha (Copacabana-Centro) com a Praia Vermelha, na Urca. Também serão instalados bicicletários junto às estações de metrô e em outros locais de grande movimento. Novas ciclovias vão se ligar às já existentes
No dia 10 de setembro, serão abertos os envelopes para a construção de dez quilômetros de ciclovias no eixo Grajaú-Tijuca (que deverão consumir R$ 1,4 milhão) e 13,4 quilômetros em Jacarepaguá (R$ 1,3 milhão).
Na Zona Norte, serão três rotas diferentes: duas ligando a Praça Saens Peña ao Maracanã, sendo que uma pela Rua Barão de Mesquita e outra pela Praça Varnhagen, e a terceira entre Vila Isabel e Grajaú, passando pela Rua Nossa Senhora de Lourdes. Já na Zona Oeste, serão duas rotas: uma ligará a Praça Seca a Vila Valqueire; a outra, em Curicica, ficará entre a Rua de Reverência e a Rodolfo Portugal Milward.
Ciclovia de Copacabana. Divulgação:Prefeitura
A previsão do subsecretário municipal de Meio Ambiente, Altamirando Fernandes Moraes, é que as obras terminem em janeiro. Mas, se alguma empresa for eliminada do processo licitatório, ela terá pelo menos cinco dias de prazo para recorrer, podendo atrasar o cronograma. A vencedora será a que apresentar o menor custo, pois a prefeitura já tem o projeto definido. Se não houver contestação, no final de setembro devem começar as obras.
Para o presidente da ONG Transporte Ativo, José Lobo, o potencial para uso da bicicleta como meio de transporte diário na cidade é muito grande. A estimativa da entidade é que 500 mil pessoas na Região Metropolitana, sendo que 250 mil na capital, pedalem no trajeto entre casa e trabalho diariamente. A conta considera aqueles que pegam a bicicleta, por exemplo, para ir até uma estação de metrô ou trem, para lá pegar outra condução para o destino final.
Ciclovia da Lagoa. Divulgação: PrefeituraO especialista frisa, no entanto, que não basta fazer novos traçados. É fundamental cuidar dos pontos já existentes, alguns obstruídos pela ocupação das calçadas, além de instalar bicicletários nas ruas:
- Para usar a bicicleta, os usuários precisam ter locais apropriados para deixá-las estacionadas. Também é preciso haver uma boa conservação da rede de ciclovias
O Rio tem hoje cerca de 150 quilômetros de ciclovia. A estimativa da prefeitura é que o tamanho mais que dobre até 2012, com um acréscimo de 172,4 quilômetros, sendo 64,16 construídos em 2010; 58,19 em 2011; e 50,05 no ano seguinte. A conta inclui os 13 quilômetros que devem ser criados na Cidade Universitária, na Ilha do Fundão. Assim, o Rio poderá ter mais de 320 quilômetros de ciclovias.

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/08/27/novas-ciclovias-serao-integradas-ao-metro-917499564.asp

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Corretores já trabalham com seguro de bicicleta


Meio de transporte limpo e saudável tem recebido grande número de adeptos nos últimos tempos

Corretores já trabalham com seguro de bicicleta
Divulgação

Jornal de Serviço
Oliveira Andrade
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O número de bicicletas nas ruas de São Paulo sofreu um acentuado aumento nos últimos tempos. Com a conscientização e o aumento da preocupação com os efeitos da poluição dos veículos, este tipo de transporte passou a ser reconsiderado como uma
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alternativa saudável e limpa para a capital paulista.

Contudo, com o aumento da quantidade de bicicletas e com o aumento de seus preços, os bandidos também têm voltado sua atenção para este meio de transporte, mas com intenções nada boas. Os roubos de bicicletas têm se tornado cada vez mais comuns e, por esse motivo, as pessoas já têm feito seguros deste meio de transporte.

Em entrevista a Oliveira Andrade, Mário Sérgio de Almeida Santos, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros (Sincor) de São Paulo, revelou que o seguro se faz cada vez mais necessário com as bicicletas que chegam a custar R$ 50 mil.

Segundo Mário Sérgio, os casos mais comuns de roubos de bicicleta acontecem em parques e nos passeios noturnos com a bicicleta. Também acontecem casos de ladrões especializados em roubar “bikes” de alta performance para vender a receptadores ou então para desmanches e depois vender as peças, assim como acontece com os carros.

Mário Sérgio disse que o seguro de bicicleta ainda não é comum nas corretoras de seguro, mas já existem seguradoras mais especializadas que trabalham com seguro destes meios de transporte. Os valores se aproximam do seguro de um carro popular, entre R$ 800 e R$ 900, dependendo do preço e do tipo da bicicleta e da franquia escolhida.

Confira a entrevista completa de Mário Sérgio de Almeida Santos no áudio acima.

Byke.Mobi: ganhe dinheiro com a sua bicicleta

8/11/2010 - Carris - Lisboa


O conceito é simples: um serviço de aluguer de bicicletas online em que todos os veículos pertencem a utilizadores particulares, em vez de a empresas ou outras entidades.

O serviço chama-se Byke.Mobi – o Treehugger chama-lhe bike sharing Peer2Peer  – e pretende ser uma alternativa aos grandes sistemas de aluguer e partilha de bicicletas, como este e este, tendo ainda como bónus o facto de poder gerar algum retorno financeiro para quem possui - e cede - uma bicicleta.

Segundo os responsáveis pelo Byke.Mobi, a ideia por trás deste conceito é pegar nas milhares de bicicletas que estão paradas numa determinada localidade - e num determinado dia - e torná-las num modo de transporte para os futuros – e potenciais – ciclistas.

Quem quiser alugar a bicicleta ganhará 66% de todas receitas, sendo que todos os países têm um preço fixo de aluguer por dia. Nos Estados Unidos, por exemplo, esse preço está cifrado nos 3,8 euros (5 dólares), enquanto no Reino Unido o valor mínimo são os 4,2 euros.

Leia as FAQ da Byke.Mobi.

A Byke.Mobi foi fundada por Peter Abrahamson, de 34 anos, e assume-se como uma concorrente ao recente serviço de aluguer de bicicletas londrino – que custará aos londrinos entre 140 e 170 milhões de euros nos primeiros cinco anos.

“Peter Abrahamson está a posicionar [a Byke.Mobi] numa alternativa mais barata e vocacionada para a comunidade que o sistema do mayor [londrino]”, escreve o Treehugger.

Pode seguir a Byke.Mobi no twitter. Ainda tem poucos seguidores (está a começar) mas tem dicas bastante interessantes para utilizar o novo sistema de aluguer e partilha de bicicletas londrino.

“O serviço foi desenvolvido numa semana e sem investimento financeiro, ao contrário do esquema de Boris Johnson, que está a custar aos contribuintes cerca de 170 milhões de euros. Ao envolver toda a comunidade [e incentivá-la a] alugar as bicicletas estamos a reduzir a necessidade de um investimento elevado por parte dos contribuintes”, explica Abrahamson.

“Também quisemos dar aos donos de bicicletas o conceito de angariarem receitas através dos seus veículos. Não estamos a falar apenas de responsabilidade ambiental, mas também de um sentido comercial”, revelou o responsável, que garantiu que o Byke.Mobi deverá ser um sucesso para quem todos os dias chega às estações rodoviárias e ferroviárias londrinas.

O sistema é similar ao primeiro conceito de car sharing peer2peer, lançado no Reino Unido já este ano.

Será a Byke.Mobi - ou outro conceito idêntico - bem sucedida? 

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Funchal: concurso para aluguer de bicicletas arranca em Setembro

8/9/2010
Carris (Lisboa)

O concurso público para o serviço de aluguer de bicicletas e scooters eléctricas na cidade do Funchal vai avançar já em Setembro, noticiou o Jornal da Madeira.

A realização deste concurso, recorde-se, já tinha sido avançada pelo Diário de Notícias.

O concurso estará englobado no projecto CIVITAS MIMOSA, lançado pela Comissão Europeia, e terá uma vertente de aluguer de bicicletas e scooters eléctricas e outras de aluguer de bicicletas convencionais.

O objectivo é criar condições atractivas para a utilização de veículos menos poluentes no centro da cidade e zona turística envolvente.

De acordo com o Jornal da Madeira, que cita o presidente da câmara do Funchal, Miguel de Albuquerque, este serviço está ligado ao desenvolvimento futuro de uma ciclovia que começará na zona da Ilma e seguirá até ao centro da cidade.

Assim, a segunda fase das obras irá iniciar-se já no início do próximo ano e incluirá uma via com acessos pedonais e zonas de circulação para bicicletas, mantendo as zonas ajardinadas.

O concurso público será válido para a concessão de um serviço de aluguer de bicicletas por dez anos (cinco anos iniciais com a possibilidade de renovação por outros cinco, através de prorrogações anuais) e deverá ser implementado em quatro locais obrigatórios: Fórum Madeira, Estrada Monumental, marina e teleférico.

Ainda de acordo com Bruno Pereira, vice-presidente da Câmara do Funchal, o concessionário deverá também implementar um Centro de Controlo Operacional e desenvolver um software de gestão que permita ao cliente fazer a contratação do serviço através da Internet.

O sistema de aluguer deve também permitir a toma e devolução dos veículos em locais coincidentes com transportes públicos.

Finalmente, a proposta do horário de funcionamento deverá ser feita pelo concessionário. O sistema funcionará durante sete dias por semana, ao longo de todo o ano, com horários de Inverno e Verão.

O projecto CIVITAS já foi implementado em países como a Estónia, Polónia, Itália e Holanda.

domingo, 8 de agosto de 2010

Ciclistas redescobrem a Vista Chinesa

CICLISMO


Publicada em 07/08/2010 às 18h17m
O Globo - 07/08/2010
    Ciclistas na Vista Chinesa/Foto: Custódio Coimbra - O GloboRIO - A prática do ciclismo nas curvas da Estrada da Vista Chinesa, no Parque Nacional da Tijuca, ganhou novo fôlego. A cada semana mais adeptos do esporte sobem e descem a ladeira, que durante anos, por causa da violência, ficou fora do trajeto de quem pedala, conforme mostra reportagem de Ediane Merola, na edição deste domingo do Globo. A instalação de uma guarita na entrada do parque, na Rua Dona Castorina, há dois anos, foi o primeiro passo para a revitalização do local, que em 2009 ganhou placas informando a presença de ciclistas na via e pintura no asfalto indicando o limite de velocidade (40km/h) para carros. As medidas deixaram a região mais segura, mas os atletas ainda esperam melhorias no asfalto e obras de contenção nas encostas. Na quinta-feira, O GLOBO contou 18 deslizamentos ao longo do trajeto de 4,5km.
    O advogado Pedro Athos, de 60 anos, há três pedala no parque. Atualmente se preparando para um circuito em Friburgo, ele diz que as condições da Rua Dona Castorina e da Estrada da Vista Chinesa ainda precisam de melhorias:
    - Quem passa de carro não sente, mas o asfalto está cheio de costelas, a bicicleta pula feito cabrito.
    Em nota, Geo-Rio, órgão vinculado à Secretaria municipal de Obras, informou que funcionários trabalham atualmente na contenção de três pontos da Estrada da Vista Chinesa, onde há risco de o trânsito ser interrompido se a pista ceder. Outras intervenções estão sendo avaliadas. De acordo com a Geo-Rio, estão sendo investidos R$ 3,5 milhões em obras de contenção de encosta em toda a área do Parque Nacional da Tijuca. O prazo de conclusão para todas as intervenções é dezembro.
    Leia a íntegra desta reportagem em O Globo digital

    segunda-feira, 2 de agosto de 2010

    Saúde sobre duas rodas: conheça as vantagens de andar de bicicleta

    Corpo  |  01/08/2010 12h10min - ZERO HORA


    Pedalar é um dos esportes mais comuns, tanto entre adultos como entre as crianças. E são muitos os benefícios que essa atividade traz à saúde, entre elas redução dos riscos de doenças cardiovasculares. Porém, no Brasil a atividade não é levada a sério como meio de transporte principalmente pela falta de estrutura externa.


    Preocupada com os riscos que as pessoas correm trocando o carro pela bicicleta, a Utrecht University, na Holanda, pesquisou e chegou à conclusão que os benefícios que a atividade traz para a saúde ainda superam a exposição aos acidentes e à poluição do ar quando se anda de bicicleta.

    Porém a pesquisa levou em consideração a região dos Países Baixos, onde o uso da bicicleta é amplamente incentivado e há estrutura para esse transporte ecológico. A conclusão dos pesquisadores foi de que os indivíduos que optam pelo transporte, ganham benefícios que representam de 3 a 14 meses a mais de vida. Em contrapartida, a inalação de gases poluentes e o risco de acidentes de trânsito representam de 5 a 40 dias perdidos, de acordo com cálculos sobre uma tabela de vida.

    Cuidados ao pedalar na rua

    A realidade brasileira para quem gosta de praticar o esporte nas ruas é bem diferente. O professor da Faculdade de Educação Física da Pucrs, Rafael Baptista, não recomenda a prática do esporte em lugares onde é necessário dividir espaço com os carros.

    — Aqui nós não temos a cultura de usar a bicicleta como meio de transporte, os motoristas geralmente não respeitam os ciclistas. O ideal é praticar em parques ou em locais como o calçadão da Avenida Beira Rio, onde é mais seguro.

    O uso das bicicletas estacionárias, nas academias, é uma opção principalmente para idosos ou para quem sofre de algum tipo de limitação, pois possuem apoio para as costas e bancos geralmente mais confortáveis do que os das bicicletas de passeio.

    Saúde no pedal

    Além de ajudar a evitar problemas cardiovasculares, o professor explica que pedalar também ajuda a controlar do peso corporal e a desenvolver a aptidão cardiorrespiratória. A musculatura das pernas, que é bastante exigida, também é melhorada com a prática.
    A bicicleta é bastante indicada para a maioria das pessoas. Nas academias é muito comum que as pessoas que não se adaptam ou tenham contra-indicação para fazer esteira sejam orientadas a pedalar.

    O professor alerta que pessoas que estejam buscando um esporte para começar agora, procure antes um médico para fazer uma avaliação. Depois disso, é importante a oriental um profissional de educação física para orientar os exercícios.

    — O tempo e a frequencia semanal de prática de qualquer exercício físico depende de uma série de variáveis e só podem ser adequadamente identificados por um professor de educação física, pois dependem de indivíduo para indivíduo. Qualquer generalização neste campo será um mero "chute".

    Também recomenda-se o uso de roupas adequadas para a prática esportiva, cuidados com a hidratação e não se exercitar em jejum. O uso do capacete e protetor solar no caso de exercitar-se durante o dia em lugares externos é essencial.
    SABRINA SILVEIRA