quinta-feira, 24 de junho de 2010

MEC organiza pregão para compra de bicicletas para estudantes de escolas rurais



15/06/2010
Depois de organizar pregões para compra de ônibus escolares, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) iniciou na última segunda-feira um pregão eletrônico para aquisição de bicicletas. A ideia é que o equipamento sirva como meio de transporte para estudantes de áreas rurais. Os municípios e estados interessados deverão utilizar recursos próprios para comprar o veículo.
A expectativa do FNDE, autarquia do Ministério da Educação (MEC), é de que sejam adquiridas 350 mil bicicletas em um ano. Segundo o fundo, os veículos devem chegar nas escolas a partir de outubro. As prefeituras ou governos estaduais serão os proprietários das bicicletas que ficarão com os alunos enquanto eles estiverem matriculados na rede de ensino. Cada escola vai exercer um controle do uso desse bem.
Nessa primeira fase, fabricantes interessadas em fornecer as bicicletas devem acessar o portal www.comprasnet.gov.br e incluir seus lances. Posteriormente, os estados e municípios aderem à ata de registro de preços do pregão eletrônico. Mais informações no site do FNDE.
Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Campus Butantã implementará aluguel de bicicletas inspirado em modelo francês


Mariana Franco   | Publicado em 13.06.2010 – 366 (mai/2010)universidade
O PedalUSP, projeto de compartilhamento de bicicletas inspirado no modelo utilizado em cidades francesas e semelhante ao existente no metrô de São Paulo, deverá ser instalado na Cidade Universitária até o final desse ano. O modelo prevê diversas estações automáticas espalhadas pelo campus. Utilizando a carteirinha USP, alunos, professores e funcionários poderão retirar a bicicleta em uma estação e a devolver em qualquer outra.
O projeto foi criado por dois alunos de Engenharia Mecatrônica da Escola Politécnica (EP), para seus trabalhos de conclusão de curso, e tem apoio da Coordenadoria do Campus da Capital (Cocesp). Maurício Villar e Maurício Matsumoto fizeram parte de suas graduações na França e trouxeram de lá a inspiração. “O objetivo é que as bicicletas sejam utilizadas como meio de transporte, não como lazer ou para esporte”, afirma Villar.
O protótipo das estações fica pronto nas próximas semanas, mas a instalação ainda demora. A universidade não irá arcar com os custos financeiros do projeto, e no momento, procura-se financiamento para a ideia. O serviço, que contará com uma central de atendimento e de manutenção de equipamentos e bicicletas e com um caminhão para deslocar as bicicletas, equilibrando sua distribuição em cada estação, será feito por empresa terceirizada.
Até o final do ano deve ser instalado o projeto-piloto, com cerca de 100 bicicletas em apenas parte da cidade universitária – provavelmente na área plana entre as portarias um e dois. Somente após esse período o Pedalusp chega a toda cidade universitária, com cerca de 500 magrelas.
Como funciona o compartilhamento de bicicletas (infográfico: Alice Agnelli/Divulgação)
Conhecer antes de usar
Assim que ficarem prontas, as duas estações do protótipo passearão pela USP, um dia em cada unidade, para serem apresentadas à comunidade, que poderá conferir de perto seu funcionamento.
Detalhes do aluguel ainda não estão definidos. Eventualmente, poderá ser cobrada uma taxa pela utilização das bicicletas. Também não foram estabelecidas as medidas que serão adotadas para prevenção de furtos.
“Inicialmente o projeto será para uso de alunos, professores e funcionários, mas depois poderemos avaliar o cadastramento de outras pessoas que passam pela USP, como moradores da São Remo. Também teremos de garantir a circulação das bicicletas – a ideia é que eu a pegue, me desloque e a devolva em outra estação. Se retirar a bicicleta e ficar com ela durante o dia inteiro, o compartilhamento não funciona, faltarão bicicletas”, explica Villar.
Uma tarde de debate será chamada no mês de junho a fim de que toda a comunidade USP discuta e opine sobre o projeto e os detalhes de sua instalação.

Ministério das Cidades discute o uso da bicicleta como meio de transporte



14/06/2010
O uso da bicicleta como veículo essencial em um sistema de transporte integrado foi discutido na última sexta-feira numa oficina promovida pelo Ministério das Cidades para tratar a questão da mobilidade urbana. As informações são da “Agência Brasil”.
A falta de investimento em ciclovias foi um dos problemas apontados pelos participantes. Para o coordenador do programa Bicicleta Brasil, Cláudio Silva, é preciso melhorar muito o sistema cicloviário da maioria das cidades do país e citou Brasília como exemplo.
O coordenador defendeu também a necessidade de campanhas educativas e de conscientização sobre a importância do uso da bicicleta como um meio de transporte. “O uso da bicicleta como um meio de transporte significa qualidade de vida, faz bem para o bolso, para saúde e ao meio ambiente”, afirmou.

Ciclovia feita de plástico reciclado é lançada na Austrália



14/06/2010
Na Austrália, o Parque MacDonnell West National recebeu uma ciclovia feita com cartuchos de impressoras reciclados. A pista, que tem 17 quilômetros de extensão, custou menos de uma ciclovia tradicional e vai beneficiar aproximadamente 120 mil pessoas que circulam pelo local. As informações são do portal “Terra”.
A ciclovia foi construída pela Repeat Plastics Australia. A empresa é especializada em fabricar produtos a partir de plástico reciclado. O material escolhido para substituir o asfalto é, de acordo com o fabricante, de baixa manutenção e alta durabilidade.
A construção da pista custou US$ 330 mil (cerca de R$ 545 mil). “Ao investir em nossos parques nós garantimos que os visitantes tenham uma experiência única, enquanto nós protegemos o nosso ambiente”, disse o ministro de Parques e Vida Selvagem, Karl Hampton.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Dinamarca quer estimular no Brasil uso da bicicleta


Exposição e seminário no Rio defendem a sustentabilidade sobre duas rodas

Em Copenhague, 40% da população pedala diariamente (crédito: ArTo - Fotolia.com)
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Da redação 
postado em 10/06/2010 15:43 h
atualizado em 10/06/2010 15:56 h
A Embaixada e o Instituto Cultural da Dinamarca trazem para o Rio de Janeiro, de 12 de junho a 25 de julho, o projeto Dreams on Wheels - Cultura de ciclismo dinamarquesa para a sustentabilidade urbana. O projeto acontece no Centro de Artes Hélio Oiticica, e compreende diversas atividades, como exposição e palestras sobre cicloviários e mobilidade sustentável, além de passeios ciclísticos pela cidade.

Em tempos de preparação das cidades-sede para a Copa 2014, a proposta dos dinamarqueses vem a calhar, como exemplo para as autoridades brasileiras de um planejamento de infraestrutura viária em moldes mais sustentáveis.
O projeto Dreams on Wheels (sonho sobre rodas) já circulou por onze países, como México, Japão, França, Rússia, Canadá e Estados Unidos, entre outros. Assim como nesses locais, no Brasil, a proposta é mostrar como é o estilo de vida dinamarquês sobre duas rodas.

Copenhague foi a primeira cidade no mundo a promover o empréstimo público de bicicletas, um modelo que depois se espalhou por vários países da Europa. A cidade ostenta também uma taxa de uso da bicicleta altíssima - cerca de 40% dos habitantes pedalam diariamente, e o hábito, cultuado há muito tempo, está enraizado culturalmente. Por isso, a paixão pelas bicicletas, aliás algo universal, hoje inspira debates em todo o mundo, e é vista pelos escandinavos como uma importante alternativa sustentável de mobilidade.

Seminário, exposição e passeio ciclísticoDurante o evento, serão realizados seminários com especialistas em arquitetura urbana e mobilidade sustentável, que abordarão questões como estratégias de planejamento urbano, melhores práticas internacionais de mobilidade urbana e até o design de bicicletas.

Na área expositiva, a Gehl Architects, consultoria especializada no assunto e com projetos premiados em seu currículo por todo o mundo, irá demonstrar estudos de caso em que cidades se transformaram com uso da bicicleta. A mostra traz ainda uma seleção de bicicletas-conceito, de marcas e modelos mundialmente consagradas. E instalações sobre a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que aconteceu em 2009 em Copenhague.  

Programação12/6, às 16h: Abertura
13/6, às 10h: Passeio ciclístico. Percurso: do Posto 6 (Copacabana) até o Centro de Artes Hélio Oiticica (Praça Tiradentes)
16 e 17/6, das 9h às 17h30: Seminário “A bicicleta e as Cidades” e visita técnica a ciclovias. Um dossiê com propostas de melhorias de ciclovias será entregue à prefeitura do Rio. Inscrições pelo e-mail:leo@dinacultura.org 

Serviço
Projeto Dreams on Wheels
Exposição, seminário e passeio ciclístico
Local: Centro de Artes Hélio Oiticica
Tel. (21) 2232-4213 e 2232-2213
www.rio.rj.gov.br/cultura
*O Instituto Cultural da Dinamarca (www.dinacultura.org) é uma organização ligada ao Ministério da Cultura da Dinamarca, presente no Brasil, China, Estônia, Latvia, Bélgica, Alemanha, Hungria, Lituânia, Polônia, Rússia e Reino Unido, com o objetivo de promover o intercâmbio entre arte, cultura e sociedade.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Quatro ciclofaixas só existem em projetos


Leis criaram vias para bicicletas nas zonas sul e leste, mas não foram regulamentadas

31 de maio de 2010 | 0h 00

Em São Paulo, quatro ciclofaixas só existem no papel. Criados por leis municipais na década de 90, os trajetos do Ipiranga (zona sul), Mooca, Tatuapé e Belenzinho (zona leste) deveriam funcionar todos os domingos. As ruas e avenidas dos trajetos ? que têm até 6,1 km ? seriam fechadas para o tráfego recreativo de bicicletas. Mais de uma década depois das sanções dos prefeitos, porém, as quatro leis acabaram esquecidas.
As ciclovias foram criadas por leis aprovadas e sancionadas durante as gestões dos prefeitos Paulo Maluf (1993-1996) e Celso Pitta (1997-2000), mas nunca foram regulamentadas por decreto. Juntas, as quatro deveriam acrescentar 14,3 quilômetros à infraestrutura esportiva e de lazer da cidade. É quase três vezes o tamanho da ciclofaixa do Parque do Ibirapuera, que tem cerca de 5 quilômetros e é frequentada por cerca de 5 mil ciclistas todos os domingos.
O vereador Toninho Paiva (PR), autor da lei que criou a ciclovia do Tatuapé em 1994, conta que tentou tirar a ideia do papel na época, mas não teve sucesso por causa da resistência do poder Executivo. "É um descaso do poder público, não só com o Legislativo mas com a própria sociedade. Essas ciclovias são uma questão de saúde. Bicicleta é um exercício que você reforça os braços, as pernas, se exercita bastante", afirma.
Trânsito. Para o cicloativista Henrique Boney, do Instituto CicloBR, as ciclofaixas de lazer poderiam servir até para incentivar o uso dos bicicletas como meio de transporte na cidade de São Paulo, que sofre com congestionamentos. "Quem usa a ciclovia de lazer começa a sentir a rua, e pode querer sair desse roteiro para ir para outro bairro, outra região e, de, repente virar um ciclista urbano", diz Boney.
Segundo o cicloativista, essas ciclofaixas poderiam também ser uma espécie de laboratório para que, num segundo momento, uma estrutura definitiva de deslocamento de bicicletas pudesse ser instalada na cidade.
No momento, no entanto, ainda há uma discussão sobre qual seria o modelo ideal para São Paulo: ciclovias de deslocamento separadas (como a da Radial Leste) ou ciclofaixas integradas ao trânsito.
Outro lado. Por meio de sua Assessoria de Imprensa, a Prefeitura de São Paulo ressaltou que, no início da atual administração, as quatro leis que criavam os trajetos da zonas sul e leste já tinham uma década de publicação. Neste período, segundo o governo municipal, ocorreram inúmeras mudanças no trânsito da cidade.
"Além disso, essas leis perderam automaticamente sua eficácia com o advento do Plano Diretor, de 2004, que disciplina e ordena o uso e a ocupação do solo no município", diz o comunicado da Prefeitura.
Segundo a administração municipal, São Paulo tem 51,5 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas e a implementação de ciclovias é considerada um importante programa de política pública. A Prefeitura prevê construir mais 54,5 quilômetros de vias exclusivas para bicicletas em regiões periféricas do município. 

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ferrari garante 60 quilômetros de ciclovias na Capital até 2014


9/6/2010
Jornal do Comércio (RS)

Dos 495km de ciclovia previstos no Plano Cicloviário de Porto Alegre, 60km deverão estar prontos até a Copa de 2014. A afirmação foi feita pelo arquiteto-urbanista da EPTC, Régulo Ferrari, na manhã de ontem, durante reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal que debateu a implantação do plano na cidade.
    
Conforme Ferrari, serão promovidas parcerias público-privadas para execução e manutenção da rede cicloviária. "Será um grande avanço para a população a utilização de bicicletas, pois está diretamente ligada à qualidade de vida das pessoas. Ela não polui, é eficiente e permite deslocamentos rápidos pela cidade", defendeu. Ferrari é um dos elaboradores do Plano Cicloviário, iniciado em 2005 na Secretaria Municipal de Transportes.
    
Os tipos de vias cicloviárias que serão implementados são: as ciclovias (destinadas ao trânsito exclusivo de bicicletas e separada da via pública de tráfego motorizado); as ciclofaixas (destinadas também ao uso de bicicletas, mas demarcada na pista de rolamento); e vias de tráfego compartilhado (pista para trânsito de ciclistas e de veículos).
    
Conforme Celso Pitol, também da EPTC, o plano inclui a elaboração de projetos de engenharia para os trechos da rede considerados prioritários, como a extensão da orla do Guaíba até a Pucrs (via avenida Ipiranga), avenidas Sertório e Assis Brasil, na zona Norte, e avenida João Antônio da Silveira, no bairro Restinga, na zona Sul.
    
Além disso, estão incluídas ciclovias nos projetos de alargamento das avenidas Vicente Monteggia e Edvaldo Pereira Paiva. Outras avenidas que compõem a rede estrutural deverão ser reurbanizadas em breve, tais como Voluntários da Pátria, Edgar Pires de Castro e Cruzeiro do Sul. "Queremos avançar em muito nossa rede. É possível mudar a cultura e os hábitos das pessoas. Em Paris, 6% do transporte já é feito só com bicicletas", informou.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Prefeitura vai revitalizar ciclovia que não está pronta


2/6/2010
Folha de S. Paulo 

A Prefeitura de São Paulo vai revitalizar a ciclovia Caminho Verde, pista de 12 km ligando as estações de metrô Tatuapé e Corinthians-Itaquera, na Radial Leste, e que nem sequer foi concluída.

Serão R$ 5,4 milhões com manutenção -mais da metade dos R$ 9 milhões gastos na implantação da ciclovia.

A entrega está atrasada mais de dois anos: a promessa era para janeiro de 2008.

Falta concluir a parte do meio, entre as estações Penha e Guilhermina-Esperança. Hoje, quem se arrisca a passar por esse trecho tem de tomar cuidado com operários trabalhando e material de construção perto da pista.

O fato de a ciclovia não estar concluída dificulta sua utilização por quem vai ao trabalho ou faz longos deslocamentos. Os outros trechos, já entregues em 2008 e 2009, são mais usados para o lazer.

O Caminho Verde foi construído em cima do que antes era o passeio da Radial Leste, paralelo à linha 3 do metrô. Usuários e associações de ciclistas afirmam que a pista é melhor do que nada. Apontam, porém, problemas como a dificuldade de acesso.

Segundo o Metrô, encarregado das obras na ciclovia, o novo convênio prevê manutenção por 30 meses. O órgão nega que os R$ 5,4 milhões sejam um socorro para finalizar a implantação da pista.