sexta-feira, 30 de julho de 2010

Londres disponibiliza 6 mil bicicletas para aluguel amanhã



29 de julho de 2010  12h25  atualizado às 12h54 - Carris (Lisboa)


Ciclista passa por bicicletas públicas dispostas em uma das estações, em Londres Foto: Reuters
Ciclista passa por bicicletas públicas dispostas em uma das estações, em Londres
Foto: Reuters

Uma frota de 6 mil bicicletas será disponibilizada para aluguel em Londres a partir de sexta-feira. O prefeito da cidade, Boris Johnson, lançará o projeto criado para diminuir o uso de automóveis, melhorar o trânsito e diminuir a poluição na capital britânica. As informações são da agência Reuters.
As bicicletas públicas ficarão distribuídas em 400 estações, separadas por 270 m de distância. Moradores e turistas poderão alugar o veículo por 1 euro ao dia, ou 45 euros ao ano. A primeira meia-hora com a bicicleta será gratuita.
Outras cidades já utilizam projetos semelhantes de aluguel de bicicletas, como Paris, Montreal e Bruxelas. Estima-se que cerca de 500 mil pessoas já utilizem este veículo como transporte em Londres.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Londres melhora vida para ciclistas


26 Jul 2010, 16:22 - Eco [Image] Neste mês de julho, Londres está tirando o atraso em relação a outras cidades europeias em termos da infra-estrutura e segurança aos ciclistas. Na sexta (30), a capital britânica lançará seu esquema de aluguel automático de bikes, nos moldes do que já acontece há dois anos em Paris e Barcelona, e pelo menos há uma década em Berlim .

No centro da cidade, haverá diversos pontos em que bikes poderão ser retiradas de graça por um prazo de até 30 minutos. "Isso fará que com muitas pessoas substituam viagens curtas de 2 ou três pontos de ônibus ou metro", afirmou Nancy Ryder, porta-voz da Tranportes para Londres (TFL, na sigla em inglês). Quem quiser ficar com a bicicleta por 24 horas, pagará apenas 1 libra (3 reais). Além disso, haverá cartões com mensalidade que permitirão acesso ilimitado às magrelas espalhadas pelo centro.

A expectativa é que com o esquema de aluguel haverá um aumento de 40 mil jornadas de bicicleta todos os dias em Londres. Atualmente são meio milhão de viagens diárias, o dobro do que se realizava no início da década. A mudança está refletida no grande número de lojas dedicadas aos ciclistas na cidade. Mais do que isso, a própria prefeitura da cidade imprimiu mapas detalhados com rotas para ciclistas e criou no site de planejamento de viagens uma opção para quem pedala. De acordo com a TFL, 1,5 milhão de libras serão ainda investidos no treinamento de novos ciclistas. "Pessoas que querem utilizar bicicletas, mas se sentem inseguras, podem encontrar treinamento em todos os distritos", explicou Ryder.

A meta do prefeito de Londres - o conservador Boris Johnson - é aumentar em 400% o número de ciclistas em 15 anos.

Cycle Superhighways

Mas não é só o esquema de aluguel de bikes que deu alento aos londrinos nestes últimos dias. No último dia 19, um projeto ainda mais ambicioso foi lançado, o chamado Cycle Superhighways , algo como supervias para bicicletas. Trata-se da implementação de ciclovias totalmente sinalizadas e exclusivas para os ciclistas que moram fora do centro e viajam todos os dias até lá para trabalhar. Até agora duas mega-faixas azuis com extensão aproximada de 9 quilômetros já estão em operação. Até 2015, a promessa é que se chegue a 12 delas. O investimento para isso  já está em parte garantido: uma doação de 25 milhões de libras foi feita para o programa pelo banco Barclays, o maior do Reino Unido. (Gustavo Faleiros)

http://www.oeco.com.br/blog-ecocidades/24214-londres-melhora-vida-para-ciclistas

domingo, 25 de julho de 2010

Mulheres optam pela bicicleta em prol da saúde e do meio ambiente

Comportamento  |  24/07/2010 16h10min - Zero Hora


Conheça histórias de quem deixa o carro na garagem até no dia do casamento

Laura Coutinho  |  laura.coutinho@diario.com.br
Para a padaria, para o trabalho, para o barzinho. Elas se deslocam pela cidade de bike. São meninas urbanas que, trocando quatro por duas rodas, lideram um movimento que une prazer, saúde, sustentabilidade e elegância.
Sensação de liberdade, cabelos ao vento e interação com as belezas da cidade, sem falar na endorfina que é liberada quando nos exercitamos e que eleva o humor e induz ao relaxamento são todos bons motivos para pedalar, elencados pelas próprias ciclousuárias.
A estilista Ana Carol Vivian diz que nota uma melhora clara no humor.
— Para mim, pedalar é um momento de prazer que tenho no meu dia a dia. Quando está chovendo e resolvo ir para o trabalho de ônibus, sempre acabo me arrependendo — conta.
Ana Carol e o marido são donos do projeto Pedarilhos, que, entre outras ações, vende utilitários e vestuário diferenciado para pedalar.
Além de saúde e bem-estar — benefícios que qualquer atividade física promove — a sustentabilidade é um dos mais recentes convites ao uso da bicicleta.
— Dos anos 1970 para cá a bicicleta teve bastante variação de popularidade, com sobe e desce no uso. O movimento mais recente, ligado ao veículo, é o apelo sustentável internacional — destaca o presidente da Organização não-governamental Viaciclo, Milton Carlos Della Giustina, ciclousuário há 40 anos.
Quem ainda pensa que o vestuário para pedalar só tem a ver com roupas justas, como leggings, ou largadonas, como os assexuados abrigos, está por fora. Movimentos internacionais, como o cycle chic já têm repercussão no Brasil, com grupos em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, que defendem o uso de roupas do cotidiano.

De bicicleta rumo ao altar 

Se casal que pedala junto permanece unido, André Vinícius Mulho da Costa, 24 anos, e Ana Carolina Vivian, 23, têm amor eterno garantido. Recém-casados, eles usam a bike para qualquer deslocamento do dia a dia e mais para os passeios e viagens de final de semana.
Tamanha paixão não poderia ficar fora em uma data pra lá de importante: o dia do casamento da dupla.
— Antes mesmo de programar o casamento, já tínhamos o sonho de ir pedalando — conta Ana Carolina.
E foi o que fizeram. Do Itacorubi até a igrejinha na Cachoeira do Bom Jesus, no Norte da Ilha, seguiram acompanhados dos amigos de pedaladas.
— Com retalhos e sobras desenvolvi um vestido reciclado com um dispositivo que acoplei para que ficasse mais curto na hora de pedalar. Quando cheguei na igreja, soltei e ficou longo — relembra a noiva.
Mas a dupla não foi pioneira na ideia. Milton Carlos Della Giustina também foi na sua bike ao lado da noiva em direção à igreja, lá em 1979.
Sair de carro é a última opção
Enquanto para alguns a simples ideia de trocar o carro pela bicicleta traz à mente uma porção de inconvenientes — dias de mau tempo, suor, trânsito inseguro -, para outros é o inverso: abrir mão da bike pelo carro se mostra totalmente sem sentido.
— Acho estranho o fato de, sozinha, conseguir mover uma tonelada — diz a bioquímica Hila Rocha.
Com a vantagem de ter armário e vestiário com chuveiro no trabalho, ela só se locomove de bicicleta.
— Nos dias quentes, posso chegar lá, tomar um banho e trocar a roupa por outra mais adequada — diz ela, que tem no carro estacionado na garagem (que apenas o filho dirige, de vez em quando) um adesivo que lembra as advertências em carteiras de cigarro, enumerando quantos gases o carro emite e os males que isto pode causar ao meio ambiente.
Para o deslocamento, o trânsito lento das grandes cidades é outro ponto extra para a bike. Hila afirma que, dependendo da rua e dos horários, a bicicleta é mais rápida que o carro.
— Faço tudo de bike. Além de trabalhar, vou ao cinema, jantar fora e até pra barzinhos de bicicleta. Em alguns lugares as pessoas acham estranho, parece que sou uma aberração. Mas em outros, sinto muita receptividade.
Ela conta que outro dia foi jantar com a filha em um restaurante japonês que tinha manobrista.
— Ele que "estacionou" e depois buscou a bike para mim. Foi muito engraçado — conta a bioquímica.
Além de não emitir os gases prejudiciais ao meioambiente, que os automóveis jogam na atmosfera, as bikes ainda ocupam menos espaço territorial, um aspecto bem importante em cidades que precisam destinar cada vez mais área para ocupação humana e menos para o cultivo do verde.
O mais recente apelo em nome da bike é a possibilidade de manter a elegância sob duas rodas. Talvez por isso o número de mulheres adeptas do uso da bike esteja aumentando. Nos passeios noturnos organizados pela ONG ViaCiclo — Associação dos Ciclousuários da Grande Florianópolis, a maioria dos participantes é do sexo feminino, que têm um perfil diferenciado.
— São mulheres que se preocupam com a saúde e não dispensam o batom, por exemplo — diz Milton.
É o caso da arquiteta Ana Paula Beszczynski, de Blumenau. Ela usa o veículo para todos os deslocamentos.
— Só uso ônibus em dias de chuva. Vou à padaria, ao mercado, ao barzinho e até às reuniões de trabalho.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Primeira ciclofaixa da cidade, na Marechal Floriano, terá 4 km

Ilustração da primeira ciclofaixa da cidade, na Ma ...Publicado em 20/07/2010 às 11:36 - Prefeitura de Curitiba


A Prefeitura de Curitiba assinou nesta segunda-feira (19) convênio de cooperação técnica para implantar a primeira ciclofaixa da avenida Marechal Floriano Peixoto. O projeto faz parte da proposta de Curitiba para o STAQ (Sustainable Transport and Air Quality), projeto regional financiado com recursos do Banco Mundial e do Global Environment Facility (GEF) e coordenado pela Associação Nacional de Transportes Públicos  
(ANTP).

O presidente da Associação, Ailton Brasiliense, veio a Curitiba para formalizar o convênio, que foi feito apenas com mais duas cidades brasileiras, São Paulo e Belo Horizonte. Para Curitiba, serão doados US$ 2,1 milhões. O objetivo do projeto é reduzir as emissões de gases de efeito estufa por meio de intervenções em meios de transporte sustentáveis e mais eficientes. A ANTP acompanhará a utilização dos recursos nos projetos solicitados pela cidade.
"Sozinha, Curitiba já é uma referência. Queremos mostrar para as demais cidades como é possível fazer. Queremos estimular que outras cidades possam promover mudanças necessárias para a busca de meios de transporte não motorizados e com a valorização do transporte coletivo", disse Brasiliense ao informar que entre 2005 e 2009, a frota de automóveis no Brasil cresceu 50%.
O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Cléver Almeida, informou que a ciclofaixa será implantada, numa primeira etapa, do viaduto da Linha Verde até o Terminal do Carmo, numa extensão de aproximadamente 4km. Mas antes das obras necessárias à implantação da primeira ciclofaixa de Curitiba, as pistas lentas da avenida Marechal Floriano Peixoto serão totalmente revitalizadas.
Esta obra será licitada e paga pela Prefeitura de Curitiba. Só depois disso, em 2011, será implantada a ciclofaixa, que será feita com recursos da doação do GEF. Numa segunda fase, a Marechal Floriano terá infraestrutura cicloviária do Terminal do Carmo até a divisa com São José dos Pinhais, numa extensão de 3,7km. Além da ciclofaixa, os recursos serão investidos na contratação de consultoria para o Plano Diretor Cicloviário de Curitiba.
Como será - A ciclofaixa deverá retirar da canaleta de ônibus os ciclistas que a utilizam em seus deslocamentos. Paralela à canaleta da Marechal Floriano Peixoto, do lado esquerdo da pista, ela oferecerá mais segurança no trânsito, já que serão evitados os conflitos causados pelas conversões à esquerda (que serão proibidas) e pelas guias rebaixadas, que estão do lado direito.
Com a ocupação do lado esquerdo, o estacionamento existente hoje ficará do lado direito, junto ao alinhamento predial. Feita com emulsão asfáltica de alta resistência na cor vermelha, motoristas, pedestres e ciclistas facilmente reconhecerão o espaço reservado aos ciclistas. A ciclofaixa também terá tachões, pictogramas no asfalto e placas indicativas.
A implantação da primeira ciclofaixa na Marechal Floriano Peixoto se deve às características da via e à proximidade com outros trechos da infraestrutura cicloviária existente - a ciclovia da Linha Verde e a da Aluízio Finzetto, formando uma rede, conceito que será aplicado na cidade sempre que uma nova facilidade para incentivar o uso da bicicleta for adotada.
"A partir desta experiência, outras ciclofaixas poderão ser implantadas", disse o presidente do Instituto. Atualmente, a infraestrutura cicloviária da cidade possui 100km de ciclovias e calçadas compartilhadas. "Nossa meta para médio prazo é saltar dos atuais 100km para 300km de infraestrutura cicloviária, o que abrangerá várias facilidades, e não apenas ciclovias", disse Almeida. Ele informou que o Plano Diretor Cicloviário, que estava previsto no Plano de Mobilidade, estuda ainda a localização de para-ciclos e bicicletários.
A assinatura do convênio foi resultado de várias negociações junto ao GEF, que duraram três anos. Uma das primeiras licitações será a que vai escolher a consultoria para o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM). Extremamente amplo, o SIM contemplará avançados equipamentos e recursos tecnológicos que deverão modernizar a operação do trânsito e melhorar o transporte em Curitiba. Para isso, serão contratados, por meio dos recursos do GEF, especialistas que analisarão como o moderno sistema poderá ser implantado para trazer o máximo de aproveitamento da tecnologia.
Outro projeto de grande importância é o de elaboração de um estudo de vulnerabilidade climática que analisará as possibilidades de cheias em Curitiba até o ano de 2100. Curitiba será a primeira cidade brasileira a desenvolver um estudo como esse.
Os critérios para a escolha das 3 cidades no Brasil nas quais o GEF fará os investimentos foram o potencial de investimentos na área de transporte urbano, as experiências anteriores bem sucedidas em financiamentos junto ao BIRD, a existência de comprometimento dos governos municipais com a política ambiental e com os problemas de transporte sustentáveis e a importância econômica das cidades.
Assinaram o convênio em nome da Prefeitura de Curitiba o presidente do IPPUC, Cléver Almeida, o presidente da Urbs, Marcos Isfer, o secretário do Meio Ambiente, José Antônio Andreguetto e a procuradora Claudia Honório.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Volkswagen vai lançar bicicleta eléctrica e sem pedais

19/07/2010 cariis (Lisboa)



A Volkswagen vai lançar no mercado, nos próximos anos, uma bicicleta eléctrica – com baterias recarregáveis – e sem pedais.

A e-Bike foi apresentada oficialmente em vários salões automóveis e deverá chegar às lojas, segundo informações disponibilizadas pela marca, nos próximos anos. O conceito é simples: quando o trânsito começar a ficar problemático, o utilizador poderá simplesmente estacionar o carro no parque mais próximo e levar a e-Bike para o seu destino.

“[Na Volkswagen] pensamos mais além do carro, com o foco na mobilidade. E fazemo-lo, regularmente, em equipas de especialistas que procuram novos conceitos e têm a missão de olhar para o futuro e pôr de lado as convenções existentes. Isto significa encontrar soluções novas e não-convencionais”, explicou o director de pesquisa e desenvolvimento da Volkswagen, Ulrich Hackenberg.

A e-Bike pode dobrar-se para caber no porta-bagagens ou até no lugar do pneu suplente. Aliás, segundo Hackenberg, o motor eléctrico pode recarregar-se durante a própria viagem automóvel, o que faz desta bicicleta uma alternativa ao carro.

“Isto permite às pessoas levarem esta mobilidade adicional consigo para todo o lado. Quer na cidade, em trabalho, quer noutros locais, em lazer”, continuou o director da Volkswagen, que está a tentar colocar a expressão micro-mobilidade nos dicionários.

Segundo Hackenberg, a e-Bike não vai ficar esquecida e na gaveta depois da apresentação. “Temos um bom produto e um bom caso e vamos ter um bom modelo de negócio [para a e-Bike]”, explicou.

“Podem estacionar o carro e levar a e-Bike. É uma ideia que vai além da mobilidade e, claro, do próprio carro”, continuou.

Para quem não gosta – ou não quer – pedalar, a e-Bike poderá ser uma boa alternativa para contornar o trânsito lisboeta. Ou de qualquer outra cidade. O problema é que, quando a bateria acabar, não há pedais para o ajudar nesta micro-mobilidade.

A e-Bike poderá circular até 20 quilómetros por hora e tem uma autonomia de até 20 quilómetros. Não é muito, mas pode ser o suficiente.
Leia aqui a opinião do blog Planeta BiciCultura sobre a e-Bike e veja em baixo o vídeo de apresentação da bicicleta.

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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Riocard poderá ser utilizado para alugar bicicleta



09/07/2010 Transporte Idéia
Daqui a dois meses, quem tiver o Riocard (cartão de vale transporte eletrônico do estado do Rio de Janeiro) poderá alugar bicicletas disponíveis nas 19 estações do projeto Solução Alternativa para Mobilidade por Bicicletas de Aluguel (Samba). A informação é do jornal “O Globo”.
Até 2011, a prefeitura pretende aumentar para 50 estações, levando o serviço para os bairros de Botafogo, Flamengo e Tijuca. Além disso, a primeira hora do aluguel não está sendo cobrada. Quem devolver a bicicleta e esperar 15 minutos, terá uma hora a mais gratuitamente, podendo ainda repetir a operação inúmeras vezes.
A secretaria municipal de Meio Ambiente quer difundir o uso da bicicleta no cotidiano dos cariocas. Até 2012, a prefeitura planeja dobrar a rede de ciclovias da cidade, de 150 para 300 quilômetros.
O objetivo é modificar os traçados já existentes para outros, mais funcionais e integrados a pontos de ônibus, estações de trem e de metrô.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Prefeitura do Rio pretende duplicar rede de ciclovias da cidade até 2012



06/07/2010
A prefeitura do Rio de Janeiro quer duplicar a rede de ciclovias da cidade até 2012. Isto significa mais 150 quilômetros de rotas. O prazo foi criado por conta da Conferência Rio-20, que será promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) vinte anos depois da Eco-92. As informações são do caderno “Razão Social”, do jornal “O Globo”.
O projeto indica que o Rio poderá se tornar a “capital da bicicleta”. A zona oeste da cidade, que conta com o maior número de ciclistas do município (aproximadamente 217 mil), deverá ser a maior beneficiada.
Países que já contam com a bicicleta como meio de transporte, e não mais como lazer, são aliadas do Rio de Janeiro neste projeto e atuam como consultoras. A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 já poderão provocar mudanças no cotidiano dos moradores da Cidade Maravilhosa.
O objetivo é fazer com que o carioca passe a utilizar a bicicleta como meio de transporte, para ir ao trabalho, levar os filhos ao colégio, fazer compras etc. O subsecretário de Meio Ambiente do Rio informa que serão gastos R$ 15 milhões no projeto. Ele também garante que, até 2012, a cidade vai passar a contar com 50 estações de empréstimos de bicicletas interligadas ao metrô, trem e ônibus.
“A zona oeste ganhará 120km de ciclovias, e o restante, mais 30km”, disse o secretário. “A ideia é que a pessoa possa, de fato, circular pela cidade. Faz parte do compromisso do Rio para a Copa de 2014″, observou.
Segundo Jeff Risom, especialista em mobilidade urbana, o Rio de Janeiro tem potencial para expandir a utilização da bicicleta. Entretanto, ele faz uma ressalva: faltam rotas.
Risom esteve no Rio e notou que não viu nenhuma ciclovia que pudesse apontar como correta. “Algumas não protegem o ciclista como deveriam, não se conectam com as principais vias e, em alguns casos, terminam de repente, deixando os ciclistas na mão”, disse.
Jeff Risom esteve no Rio para participar do seminário “Sonhos sobre Rodas”, que teve origem em Copenhague e já passou por 11 países, como Japão, França, Rússia, Canada e Estados Unidos. O objetivo é discutir o uso da bicicleta como estilo de vida.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Procura por aluguel de bicicletas cresce 46%



05/07/2010 - Jornal Destak

Nos seis primeiros meses deste ano, 17 mil retiraram bikes nos bicicletários da cidade, contra 12 mil no mesmo período de 2009 Desde 2008, 16.612 pessoas já fizeram cadastro nos bicicletários de SP.
O bairro de Moema deve ganhar em breve uma ciclofaixa de 19 km. Um projeto de cicloativistas entregue há cerca de dois meses está em estudo pela prefeitura.  O bairro perdeu em maio 3,8 mil vagas de estacionamento e hoje conta com 1.070 espaços de zona azul.

A ciclofaixa proposta ocupará vias de um quadrilátero delimitado pela rua Inhambu, pelas avenidas Agami e Açocê e Eucalípitos, além de uma extensão da rua Conde de Porto Alegre e da av. dos Nhambiquaras.
A única ciclofaixa da capital é a da região do Ibirapuera. Como é de lazer, é criada só aos domingos. A de Moema será permanente, como a motofaixa da rua Vergueiro.

São Paulo tem 50 km de ciclovias e até 2012 devem ser criados outros 100 km.
Cidades como Guarujá (litoral de SP) e Brasília (DF) têm ciclofaixas, porém, com restrições. No Guarujá, ela é separada por tartarugas - obstáculos de concreto que separaram faixas. No caso de Brasília, ela termina quando o ponto de ônibus começa.

André Pasqualini, diretor-geral do Instituto CicloBR, participou da elaboração do projeto e afirma que, quando implantada, a ciclofaixa de Moema terá sinalização viária específica, principalmente nos cruzamentos. A faixa será delimitada por pintura no solo.

A intenção é implantar o projeto ainda neste ano.

O empréstimo de bicicletas aumentou 46% nos seis primeiros meses deste no, em relação ao mesmo período de 2009, segundo a UseBike, sistema de empréstimo e estacionamento das magrelas.
Ao todo, foram retiradas 17.725 bicicletas neste ano, contra um total de 12.131 no mesmo período do ano passado.

Os bicicletários estão instalados desde 2008 em estações de metrô, trens, ônibus intermunicipais, em estacionamentos de shoppings e hospital, além de em um colégio. Atualmente, só na rede estadual de transportes, são 39 bicicletários. Esse número deve chegar a 69 até 2013, de acordo com o Metrô. Nesses locais, é possível estacionar a bicicleta ou alugar uma.

Avaliação Ismael Caetano, presidente do Parada Vital, credita o aumento dos empréstimos à ampliação de grupos específicos para passeios de bicicleta e políticas públicas para o setor, entre elas a criação da ciclofaixa de lazer na região do Ibirapuera e a abertura da ciclovia da Marginal Pinheiros (ambas na zona sul).
André Pasqualini, do Instituto CicloBR, aprova o modelo, mas diz que o funcionamento dos bicicletários deveria ser no mesmo horário do metrô. Ele também critica a tarifação do empréstimo de bikes. Para Pasqualini, o preço desestimula o uso.

Instituto quer 300 bicicletários na cidade de SP

O Instituto Parada Vital, parceiro do Metrô e da Secretaria do Meio Ambiente na implantação dos bicicletários, planeja ter 300 locais para retirada e estacionamento de bikes na capital até 2012. Para isso, busca parcerias, segundo o presidente da entidade, Ismael Caetano.

Os primeiros bicicletários foram criados em 2008, em parceria com a empresa Porto Seguro.