terça-feira, 28 de setembro de 2010

Google financia monotrilho movido a pedal



28/09/2010 - Transporte idéias

O Google está investindo US$ 1 milhão no desenvolvimento de um monotrilho movido a pedal na Nova Zelândia. O protótipo já existe num parque de diversões. O monotrilho faz parte do Projeto 10¹ºº (10 elevado a 100), lançado em 2009 pelo Google, que inclui outras propostas para melhorar o mundo em que vivemos.
Neste ano, o Google avaliou mais de 150 mil ideias que vieram de 170 países e chegou a um resultado. A empresa divulgou os cinco vencedores, e o monotrilho movido a pedal foi um deles.
A ideia do monotrilho foi estudada pela empresa Shweeb, que planejou um sistema de transportes que é impulsionado pelo esforço humano. É como uma cabine pendurada em um trilho suspenso, que funciona como um pedalinho.
O objetivo do Google é, futuramente, expandir o pedalinho suspenso como opção de transporte não-motorizado para cidades congestionadas. Ficou curioso para saber mais detalhes do projeto?



quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Cerca de 200 mil pessoas em Brasília usam bicicleta para ir ao trabalho


Publicação: 23/09/2010 18:04 Atualização: 23/09/2010 18:04 - Correio Braziliense
 
Nem carro, ônibus ou metrô, é bicicleta. Mais de 200 mil pessoas utilizam este meio de transporte para ir ao trabalho em Brasília. O dado é da organização não-governamental (ONG) Rodas da Paz. Ao todo, 400 mil ciclistas pedalam nas vias do DF. Deste número, 50,92% usam as ciclovias como meio de transporte para o trabalho, outros 13,84% para ir à escola.

As pistas exclusivas também são usadas para finalidades esportivas (8,86%), de lazer (14,35%), assuntos pessoais (6,93%), compras (2,14%) e outros (2,97%). A principal razão para que os usuários optem pela bicicleta é a economia (47,27%) em relação a outros meios de transporte.

Um total de 16,7% usam a bicicleta por motivo de saúde. A maioria dos usuários das ciclovias é formada por trabalhadores empregados (41,34%), seguido de estudantes (24,17%) e autônomos (15,72%).

Acidentes
De acordo com a ONG, nos últimos 14 anos, 723 ciclistas morreram no trânsito do DF. Nos cinco primeiros meses deste ano, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) registrou 18 mortes de ciclistas.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/09/23/cidades,i=214506/CERCA+DE+200+MIL+PESSOAS+EM+BRASILIA+USAM+BICICLETA+PARA+IR+AO+TRABALHO.shtml 

Mais espaço para bicicletas


23/9/2010
Correio Braziliense
Quem passou pela Estrada Parque Taguatinga Guará (EPTG), na manhã de ontem, foi obrigado a ter paciência. Um grupo de 40 ciclistas decidiu pedalar na rodovia justamente no horário em que a movimentação de veículos é mais intensa. Mas o transtorno causado aos motoristas foi proposital. O ato era para chamar a atenção da sociedade para o Dia Mundial Sem Carro. Os ciclistas saíram do Guará até o Palácio do Buriti. No local, encontraram o governador Rogério Rosso (PMDB) e seguiram de bicicleta até o Museu da República. Antes de iniciar o trajeto, Rosso anunciou a liberação de R$ 42 milhões para a construção de 178 quilômetros de ciclovias em 10 regiões administrativas do Distrito Federal (veja quadro).

A vice-governadora, Ivelise Longhi, e a primeira-dama, Karina Rosso, pedalaram ao lado do chefe do Executivo local.

Segundo o governador, ainda esta semana serão assinadas as primeiras ordens de serviço para que as máquinas comecem a atuar. "Nossa intenção é desestimular o uso de carro e, para isso, determinamos o imediato início das obras. Não vamos empurrar esse problema com a barriga. Entendo que um sistema cicloviário(1), com rodovias que tenha corredores exclusivos para ônibus, vai ajudar a desafogar o trânsito de Brasília, que hoje emplaca 14 mil veículos por mês. Também vamos contribuir com o ambiente, pois esse meio de transporte não emite poluentes e, portanto, colabora para melhorar a qualidade do ar", afirmou Rosso.

Em construção
Hoje, o DF conta com apenas 42 quilômetros de ciclovias. Com o valor liberado, o Lago Sul, Ceilândia, Paranoá, Taguatinga, Gama, Riacho Fundo II, Guará, Park Way, além das asas Sul e Norte, serão contemplados com vias exclusivas para quem usa bicicleta para se locomover. A decisão foi muito comemorada pelas entidades que defendem os direitos dos ciclistas. O presidente do Rodas da Paz, Ronaldo Alves, destacou que a medida é uma vitória, e elogiou a postura do governo. "Nenhum outro governo teve essa iniciativa. Tenho plena consciência de que o projeto será totalmente executado e irá melhorar a qualidade de vida dos moradores do DF", disse Ronaldo.

A responsabilidade das obras ficará a cargo do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), da Secretaria de Obras e das administrações regionais. Atualmente, três ciclovias estão em construçãoCeilândia, Santa Maria e Recanto das Emas, nas quais já foram investidos R$ 11,7 milhões.

Apesar de apoiar o movimento, o servidor público Yuri Gonçalves Dendo, 35 anos, lembrou que somente é possível deixar o veículo em casa quando existir na capital um transporte público de qualidade. "Acho a iniciativa de estimular o uso da bicicleta e do transporte público excelente, mas, pelo estado dos ônibus, o governo não deveria nem ter coragem de pedir isso para a população. Tem que mudar muita coisa para eu me convencer a não usar meu automóvel."

Metrô de graça
Outra ação do governo que também beneficia os usuários do transporte alternativo é a criação do comitê formado por ciclistas, que será chamado para debater as questões relacionadas aos projetos que envolverem o sistema cicloviário. "Eles que andam diariamente pela cidade sabem melhor do que ninguém quais os maiores problemas e vão conseguir nos ajudar a encontrar soluções para construir um sistema cicloviário que atenda às expectativas", disse o governador Rogério Rosso.

Ainda em relação ao Dia Mundial Sem Carro, todas as estações do Metrô no DF operaram com as catracas liberadas aos passageiros. Muita gente estranhou o ato. "Não sabia que estava de graça. Levei um susto quando vi as catracas liberadas. Achei que os trens não estavam rodando. Mas foi bom economizar R$ 18 para ir e voltar de Ceilândia", comentou a comerciante Adriana de Souza, 37 anos, que estava acompanhada das sobrinhas Thaís Cardoso Nunes, 18, e Vanessa Patrícia Andrade, 11. Elas desembarcaram no Terminal Rodoviário.

A cabeleireira Elissandro da Silva Eduardo, 30 anos, também economizou ao sair de casa com o irmão Valcimar da Silva Eduardo, 31, a mãe, Maria Madalena da Silva, 52 e o filho Denilson da Silva, 7. "Nem acreditei que era de graça. Dá até para fazer um almoço melhor com o dinheiro da passagem. Acho que eles deveriam fazer isso pelo menos umas três vezes por mês. Ia ajudar muita gente que não tem condições de pagar uma passagem tão cara como essa cobrada em Brasília", disse Elissandro.

1 - Meta
Com a conclusão das obras, o DF deverá ter a maior malha cicloviária da América Latina, segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF). A meta é concluir, até o fim de 2010, a construção de outros 300 quilômetros de ciclovias. Para os próximos anos, a ideia é atingir 600 quilômetros de ciclovias no DF

Mais 30 Km de ciclovias em Belo Horizonte


BHTrans - 21/09/2010


BHTRANS publica edital de licitação para a contratação de projeto de 30km de ciclovias em Belo Horizonte.

 
A Prefeitura de Belo Horizonte comemora a Semana Nacional do Trânsito investindo na mobilidade urbana sustentável com ações que visam desestimular o uso do carro e incentivar os meios de transporte coletivo e não motorizados, como a bicicleta. E a BHTRANS publica, nesta quinta-feira, dia 23/9, o edital de licitação que prevê a contratação de uma empresa para elaborar o projeto de 30km de ciclovias em Belo Horizonte.

Ainda neste mês serão entregues as propostas da licitação para a contratação da empresa que irá executar 16,6 km de ciclovias, abrangendo as regiões Leste, Nordeste, Estação Barreiro, Norte, Savassi e avenida Américo Vespúcio, entre as avenidas Antônio Carlos e Carlos Luz.

Tudo isso faz parte do programa Pedala BH, de incentivo ao uso da bicicleta, da Prefeitura de Belo Horizonte e coordenado pela BHTRANS.

E nesta quarta-feira, no dia mundial "Na cidade sem meu carro", das 18h às 19h, durante a concentração de ciclistas na Praça da Liberdade, organizada pelo grupo Mountain Bike BH, a BHTRANS vai orientá-los sobre como usar a bicicleta de forma segura no trânsito de Belo Horizonte e distribuir material educativo, como folhetos com dicas importantes para a segurança dos ciclistas que circulam no tráfego misto. Também serão distribuídos bandeirolas e adesivos refletivos para melhorar a visibilidade das bicicletas.

O PEDALA BH

O programa Pedala BH visa trazer muitos benefícios para a cidade e para os cidadãos e tem como objetivo promover ou resgatar o uso da bicicleta na capital, criando facilidades para quem optar por esse meio de transporte. Para isso, o programa propõe ações que abrangem desde a definição e implantação de ciclovias e estacionamentos até campanhas de educação e de segurança no trânsito.

Apesar do imenso potencial apresentado por Belo Horizonte para o uso mais intensivo da bicicleta como veículo complementar, integrada ao sistema de transporte coletivo, o número de pessoas que fazem uso da bicicleta por aqui ainda é baixo. Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação João Pinheiro, a porcentagem de viagens de bicicleta como transporte na capital mineira está na casa dos 0,6%, um número inferior à média nacional de 2,8%, e à média das cidades com mais de um milhão de habitantes, 0,9%.

O uso da bicicleta é uma prática cada vez mais valorizada e incentivada em grandes cidades de todo o mundo que buscam novas alternativas para a questão do transporte. A BHTRANS espera que, cada vez mais, as pessoas se tornem adeptas da bicicleta como meio de transporte alternativo. Desta forma, todos serão beneficiados: a cidade, que ficará menos congestionada e com o ar mais limpo, e a população, que vai ganhar mais qualidade de vida.



Assessoria de Comunicação e Marketing da BHTRANS, 21/9/10.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

No Dia Mundial Sem Carro, prefeito Eduardo Paes chega ao Palácio da Cidade de bicicleta

Exemplo


Publicada em 22/09/2010 às 07h55m
Taís Mendes - O Globo

RIO - Na manhã desta quarta-feira, em que é comemorado o Dia Mundial Sem Carro, o prefeito Eduardo Paes foi trabalhar de bicicleta. Ele pedalou da Vista Chinesa até a sede da Prefeitura, no Palácio da Cidade. Foram 20 quilômetros de percurso que ele fez em 35 minutos. 

- O carioca precisa criar o hábito de andar mais de bicicleta. O Rio é uma cidade amigável com uma boa rede de ciclovias. Estamos melhorando os transportes porque não há mais condições de tantos carros nas ruas - disse o prefeito. 

 
Este é o segundo ano que a prefeitura adere ao Dia Mundial Sem Carro, movimento criado na França, em 1998. A Secretaria municipal de Transportes (SMTR) não tem dados sobre o número de pessoas que responderam ao chamado na primeira vez, mas constatou a redução do tempo de viagem de alguns trechos. 

Este ano, no Centro do Rio, o estacionamento está proibido no polígono das avenidas Rio Branco, Presidente Vargas e Presidente Antônio Carlos e das ruas Santa Luzia e Primeiro de Março. A expectativa é de que dois mil veículos deixem de estacionar no local. Quem insistir, poderá ter o carro multado e rebocado.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Teste na ciclofaixa da Marechal na quarta, Dia sem Carro

Semana do Trânsito


20/09/2010 17:43:00 | Fonte: URBS - Agencia Curitiba
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Nesta quarta-feira (22), Dia Sem Carro, os curitibanos poderão experimentar um novo modal de deslocamento na futura ciclofaixa da avenida  Marechal Floriano Peixoto, no trecho do viaduto do Hauer ao Shopping Cidade, que está em fase de licitação. O teste faz parte da programação da Semana Nacional do Trânsito. Será permitido circular no ciclofaixa das 6h às 18h.

O teste será feito nos dois sentidos da via, ao lado da canaleta do expresso, totalizando 8 km de ciclofaixa. A Diretoria de Trânsito (Diretran) sinalizará todo o trecho com cones e faixa de isolamento. Agentes e funcionários da Urbs ficarão em cruzamentos orientando ciclistas e motoristas. 

"É um novo conceito que surge na cidade, de estimular a bicicleta como meio de transporte, e não apenas como lazer", diz o presidente da Urbs, Marcos Isfer. "A simulação no Dia sem Carro servirá de alerta também aos motoristas, que já devem ir se habituando a respeitar o trecho da via que será de uso exclusivo de bicicletas", acrescenta.

No Dia sem Carro, também serão feitas atividades culturais, de saúde e de lazer no Mutirão do Trânsito na rua XV de Novembro, esquina com a Barão do Rio Branco. Barracas com atividades de trânsito, saúde, meio ambiente de lazer ficarão das 9h às 17h.

Ciclofaixa - A ciclofaixa conectará ciclovias da cidade, criando uma rota ligando diferentes partes da cidade. No trecho da simulação, quem usar a ciclofaixa pode seguir do terminal do Hauer até o parque São Lourenço, passando pela ciclovia das ruas Aloizio Finseto, João Negrão, avenida Mariano Torres, Passeio Público o parque São Lourenço. A ciclofaixa também ligará à ciclovia da Linha Verde.

A Prefeitura devera terminar a primeira fase da licitação da ciclofaixa no começo de outubro próximo. A ciclofaixa é uma das ações do Plano Diretor Cicloviário de Curitiba, que ampliará a malha cicloviária da cidade, que é mais de 100km.

Campanhas educativas também serão feitas, para incentivar a utilização da rede cicloviária da cidade, revelar o papel do ciclista na melhoria do trânsito e do meio ambiente e contribuir para que motoristas, pedestres e ciclistas convivam de forma harmônica e tenham segurança em seus deslocamentos.

A elaboração do plano faz parte do programa Pedala Curitiba, que também prevê a recuperação da malha cicloviária atual, com sinalização em toda a rede existente. As calçadas feitas em asfalto desde 2005 pela Prefeitura serão analisadas e poderão ser incorporadas à infraestrutura cicloviária da cidade, conforme sua característica.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Bicicleta para executivos

Eu  vou de BIke


Na tentativa de diminuir o uso de carros em áreas de escritórios, o designer argentino Marcos Madia desenvolveu uma bicicleta exclusiva para levá-lo para o trabalho. Batizado de “Bikoff”, a bicicleta inovadora é feito de fibra de carbono, que reduz o peso e maximiza a resistência mecânica. Mas o mais legal é a pasta acoplada ao quadro, que serve para armazenar seus documentos de trabalho.
A maleta é essencial para a bicicleta, porque ela completa a estrutura do quadro. Sem a maleta acoplada, o quadro pode ser dobrado para melhor armazenamento dentro do próprio escritório.
Projetada para convencer executivos e trabalhadores de escritórios a abandonarem seus carros, a “Birkoff” é um dos projetos pré-selecionados do concurso de design do Seoul Cycle Design Competition 2010.



- Via Green Diary

http://www.euvoudebike.com/2010/09/bicicleta-para-executivos/

Cerca de 20 mil pessoas participam de passeio ciclístico em comemoração ao Dia Mundial Sem Carro


Publicada em 19/09/2010 às 11h16m- O Globo
Leonardo Cazes

RIO - Cerca de 20 mil pessoas participaram, na manhã deste domingo, do passeio ciclístico "Um dia sem carro", o maior da América Latina, realizado na Zona Sul do Rio, em comemoração ao Dia Mundial Sem Carro, no próximo dia 22. A largada foi dada em frente ao Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, por volta das 8h. Os ciclistas seguiram até a Enseada de Botafogo e depois retornaram.
O ministro das Cidades, Márcio Fortes, a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, e o secretário estadual de Transportes, Sebastião Rodrigues, estiveram no evento e defenderam o uso da bicicleta como meio de transporte. 

 
- A intenção é de conscientizar as pessoas de que elas não podem ser tão dependentes do carro. Hoje, pega-se o carro até para comprar um pão na esquina. Fala-se em aquecimento global, mas eu não vejo efetivamente as pessoas fazendo alguma coisa por isso. A bicicleta tem excelente mobilidade urbana, é um meio sustentável e barata - explicou Claudio Santos, organizador do evento. 

Segundo ele, o município do Rio é adequado para quem pensa em abandonar o carro e usar a bicicleta.
- O município hoje tem 150 Km de ciclofaixas. Há um número significativo de bicicletários também. Mas, infelizmente, muitos municípios estão na contramão, como Niterói, que só tem 200 metros de ciclovia. No Brasil, carro é status, poder, ao contrário da Europa, onde às vezes cobra-se um pedágio alto para obrigar as pessoas a usarem mais a bicicleta - disse. 

sábado, 4 de setembro de 2010

Em desafio de transportes, carro perdeu de bicicleta e de quem foi a pé

Desafio Intermodal


Publicada em 03/09/2010 às 23h44m
Cláudio Motta - O GloboRIO - Qual é a maneira mais rápida de ir de voltar para casa depois de um dia de trabalho? A pergunta motivou voluntários da ONG Transporte Ativo (TA). Eles partiram às 18h da Central do Brasil com destino ao Leblon usando 15 combinações possíveis de deslocamento - carro, táxi, metrô, ônibus, bicicleta, patins e até mesmo a caminhada - para percorrer os cerca de 16 quilômetros que separam os dois pontos. O resultado surpreende. Muitas vezes é melhor ir caminhando.
No chamado Desafio Intermodal, os primeiros colocados foram Tiago Moraes Leitman, de moto, e Jonas Hagen, de metrô até General Osório, onde sua bicicleta já estava esperando para completar o percurso. Ambos demoraram 49 minutos. Em seguida, Fabrina Lima, que do metrô usou patins, gastou 57 minutos. Eduardo Bernhardt foi de bicicleta desde a Central, usando o caminho mais curto: 63 minutos.
Um minuto depois, Jacqueline Torres chegou à Praça Antero de Quental. Ela foi de metrô até Ipanema e de lá caminhou para o ponto final, sendo mais rápida do que Zélia Cascardo (metrô mais ônibus integração, em 67 minutos) e Inglid Santana (metrô mais ônibus comum, 70 minutos). De táxi, Érica Sepúlveda demorou 72 minutos. E andando apenas nas ciclovias, Roberto Dias levou 78 minutos, chegando antes de quem foi de ônibus, bicicleta ou mesmo carro.
Glenn Suba, que foi de ônibus (linha 132 Central-Leblon) chegou em 84 minutos. Dois minutos depois do ônibus, 23 minutos após a bicicleta e oito minutos depois de quem foi a pé, chegou o carro, que demorou 86 minutos, via Aterro do Flamengo, para completar o circuito. Isto inclui achar uma vaga e estacionar. Ele só não foi mais lento do que Carlos Eduardo Freitas, também de bicicleta, (que sentiu dores no joelho e precisou diminuir o ritmo das pedaladas), completando o percurso em 97 minutos; do que Luiz Paulo Leão, que caminhou da Central ao Leblon em 122 minutos; e do que Mauro Tavares, que ficou esperando uma bicicleta pública aparecer na estação de General Osório, sem sucesso.
O resultado será tabulado num relatório, que descreverá, inclusive, as emissões de poluentes feitas por cada voluntário. Diretor da ONG, José Lobo afirma que o material será enviado para prefeitura, tanto para as secretarias de Transportes e de Meio Ambiente.
- As pessoas devem experimentar outras formas de locomoção para ver qual é a melhor. Entre General Osório e a Praça Antero de Quental, quem foi caminhando chegou mais rápido do que os que usaram ônibus. Se a cidade oferecer infraestrutura, calçadas mais confortáveis, ciclovias e bicicletários adequadas, mais pessoas deixariam de andar de carro ou de ônibus em pequenos percursos. Os dados também mostram que o sistema de transporte precisa ser revisto - disse Zé Lobo.
Esta é a quinta vez que a ONG faz o teste, mostrando que o trânsito está ainda mais lento. Em 2006, o carro demorou 64 (22 minutos mais rápido do que em 2010). A moto, levou 41 minutos (oito a menos); e o ônibus 79 (cinco minutos de diferença).
Carlos Farache, superintendente da Serttel, responsável pelas bicicletas, alega que o horário costuma ser de grande movimento, por isso não havia qualquer unidade disponível em General Osório:
- Hoje temos cerca de cem bicicletas. Até o fim do ano deveremos passar para 500. Também vamos fazer a colocação de leitores de vale de transporte eletrônico, o Riocard, em todas as estações.
Em nota, a Secretaria municipal de Transportes (SMTR) informou que os números do desafio intermodal não surpreendem, já que "o Rio de Janeiro foi vítima, por décadas, da falta de investimentos em infraestrutura de transportes". A SMTR alega que houve aumento do número de carros e que "regiões com as zonas sul e a central da cidade foram as que tiveram a mobilidade mais comprometida".
A Secretaria espera que a licitação do transporte de passageiros por ônibus, encerrada esta semana, melhore a distribuição de linhas pela cidade. A frota da Zona Sul é considerada excessiva. A SMTR vai desenvolver projetos faixas exclusivas para garantir maior velocidade às viagens, estimulando o transporte público.