sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ciclovia da Av.Faria Lima (SP) deve ganhar mais 2 km até a metade de 2012

29/12/2011 - Vadebike

A Operação Urbana Faria Lima é, a grosso modo, a reforma da avenida e as intervenções na região, que vêm se arrastando desde os anos 90

A ciclovia foi construída apenas em um pequeno trecho, perdeu espaço para pontos de ônibus em 2005 e agora tem dois novos trechos de poucas dezenas de metros separados por um “barranco”, em frente à estação de Metrô Faria Lima, no Largo da Batata. Saiba pelo mapa elaborado pelo Vá de Bike qual o único trecho útil da ciclovia e veja sua situação atual nesta matéria e neste vídeo.
 
Audiência Pública
 
A Audiência Pública que ocorreu no dia 23 de novembro discutiu principalmente a polêmica emissão de mais 500 mil CEPACs, prevista no Projeto de Lei (PL) que altera a Lei da Operação Urbana. Os CEPACs são certificados que poderiam ser utilizados pelo mercado imobiliário para expandir empreendimentos na região.
 
Mas houve também comentários breves sobre a ciclovia que será construída no canteiro central da avenida. O Vá de Bike esteve presente na Câmara Municipal, para assistir a audiência e participar através do direito de palavra na sessão.
 
Ciclovia
 
Quem prestava esclarecimentos sobre o PL e a Operação em si era Antônio Carlos Cintra do Amaral Filho, chefe de gabinete da São Paulo Urbanismo (parte da antiga EMURB). Falando sobre a ciclovia, o representante do executivo reforçou que a Licença Ambiental obriga a construção da ciclovia (como já antecipado pelo Vá de Bike em setembro) e afirmou que o projeto já foi aprovado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e está em fase de licitação.
 
Segundo Antônio Carlos, o primeiro trecho (entre o Largo da Batata e a R. Amauri) deve estar pronto em seis meses. Portanto, veremos em breve obras no canteiro central da avenida.
 
Já o vereador Paulo Frange não acredita que as pessoas utilizem bicicleta na cidade. Para justificar sua proposta de colocar um trem de superfície no canteiro central (o que não é de todo uma ideia ruim), disse que ninguém “se atreve” a andar de bicicleta na Av. Faria Lima, principalmente à noite, usando como justificativa para essa afirmação seu receio de parar nos sinais quando dirige. Frange, sem dúvida, precisa conhecer melhor a cidade onde vive e os cidadãos que o elegem.
 
No final da audiência, falei sobre a situação atual da ciclovia e contei ao vereador que existe sim quem utilize a bicicleta por lá, diariamente. Só não há mais ciclistas por ali porque a avenida não os recebe bem. Fiz ainda considerações sobre transporte público e sobre a segurança viária da ciclovia no canteiro central, que pode colocar em risco os ciclistas se não for bem projetada.
 
Espero sinceramente que o vereador Frange tenha se despido de seus preconceitos para escutar o que eu contei. De qualquer forma, os demais presentes ouviram e alguns certamente entenderam. Meus comentários também ficaram registrados, o que por si já tem sua importância. Sementes lançadas ao vento, para florescerem no momento oportuno.
 
O áudio completo está disponível neste endereço.
 
Ciclovia Paulo Faccini

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Curitiba: Ciclofaixa da Marechal terá só 75 cm de largura

26/12/2011 - Gazeta do Povo, Alexandre Costa Nascimento

Com apenas 75 centímetros de largura na faixa de rolamento, a ciclofaixa não guarda a distância mínima de segurança entre os ciclistas e os veículos automotores

A ciclofaixa da Marechal Floriano terá 8 quilômetros
créditos: ACN/Gazeta do Povo

Antes mesmo de ser inaugurada, a primeira ciclofaixa permanente de Curitiba, que está sendo implantada na Avenida Marechal Floriano, já revela uma sucessão de erros técnicos potencialmente capazes de colocar em risco a segurança e a vida dos seus futuros usuários.
 
Com apenas 75 centímetros de largura na faixa de rolamento, a ciclofaixa não guarda a distância mínima de segurança entre os ciclistas e os veículos automotores. Desta forma, o projeto força o motorista a descumprir o artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro, que define como infração média (punida com multa) passar ou ultrapassar uma bicicleta em distância inferior a 1,5 metro.
 
A obra foi financiada pelo Banco Mundial e pelo Global Environment Facility (GEF) com coordenação da ANTP. O investimento do Programa Sustainable Transport and Air Quality (STAQ) na implantação da ciclofaixa no Corredor Boqueirão é de US$ 900 mil (cerca de R$ 1,6 milhão), sem exigência de contrapartida do município.
 
O projeto da ciclofaixa, que ligará o viaduto da Linha Verde até o terminal do Carmo, foi apresentado em julho de 2008 pelo então prefeito Beto Richa (PSDB). Pelo cronograma original, a obra já deveria ter sido entregue em novembro passado.
 
Na ocasião, o esboço detalhado da obra previa vias em ambos os sentidos da avenida, ao lado da canaleta do ônibus expresso, com 1,5 metro de largura em cada lado.
 
Porém, a execução da obra -- que teve início na última semana entre a passarela do Hauer e o terminal do Carmo, no sentido centro-bairro --, tem apenas metade da largura prevista, contrariando o manual do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) que recomenda que as ciclovias tenham, no mínimo, 1,5 metro de área útil.
 
Cabe ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) questionar: porque o projeto original não foi executado?
 
Se a Prefeitura de Curitiba recebeu um financiamento de R$ 1,66 milhão para construir oito quilômetros lineares de uma ciclofaixa com 1,5 metro de largura (12 mil metros quadrados) e está entregando apenas 6 mil metros quadrados, matematicamente, 50% dos recursos não serão gastos.
 
Essa "economia" de R$ 830 mil (US$ 450) será usada para construir mais 8 quilômetros de ciclofaixa de 75 centímetros em outro lugar da cidade? Ou a verba será usada para refazer a obra mal feita e adequá-la às especificações técnicas e legais que garantam um mínimo de segurança dos ciclistas?
 
“Erramos”
 
Fontes ligadas à área de planejamento da Prefeitura de Curitiba se dizem “surpresas” com a ciclofaixa de apenas 75 centímetros e avaliam que, “muito provavelmente houve um erro” na execução da obra. Essa responsabilidade seria do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc).
 
O assessor especial da Prefeitura e futuro secretário municipal do Trânsito de Curitiba, Marcelo Araújo, que esteve na ciclofaixa para avaliá-la, também reconhece que a largura é “inadequada”. Ele avalia que a via especial para as bicicletas deveria manter a largura do estacionamento que havia ali e foi transferido para o lado direito da pista -- entre 1,5 metro e 2 metros.
 
Avaliação
 
No último fim de semana, pedalei no trecho da ciclofaixa da Marechal Floriano que já está pronto. Para quem está acostumado a circular junto aos carros, pedalar em uma via exclusiva para bicicletas deveria dar uma sensação de segurança e certa tranquilidade. Mas não foi isso que ocorreu.
 
Pedalar com os ônibus ligeirinhos passando ao seu lado, a menos de 1 metro de distância, no limite da velocidade máxima permitida (ou mesmo acima) é algo realmente perturbador, apesar dos tachões (tartarugas) que dividem a ciclofaixa da via dos veículos.
 
Além disso, por ser muito estreita, a ciclofaixa não permite ultrapassar outro ciclista que trafega em velocidade mais lenta. Para isso, é preciso fazer a ultrapassagem pela direita, invadindo a via de circulação dos veículos – justamente a faixa de rolamento de maior velocidade --, correndo ainda o risco de perder o equilíbrio e cair ao atropelar um dos tachões, já que a manobra exige que se olhe para trás.
 
Também presenciei alguns pedestres caminhando e outros praticando corrida na ciclofaixa (que fique bem claro, essa não é a de lazer muito menos ciclovia compartilhada!).
 
Mas, o mais preocupante é perceber que, com tantos erros técnicos, não é de se surpreender que muitos ciclistas continuarão em usando a canaleta do ônibus expresso, por se sentirem mais seguros. 
 
Isso dará margem para que o executivo local alegue “pouco uso” e “ociosidade” da ciclofaixa para justificar a falta de investimento em novas vias ou mesmo na recuperação das já existentes, que estão precisando de atenção.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Nova ciclovia e uma série de melhorias na Taquara

22/12/2011 - O Globo, Maíra Rubim

Moradores ganharam área de lazer com 5.200 metros quadrados e via drenada e pavimentada

E

veraldo Dantas diz se sentir mais seguro ao pedal
créditos: Eduardo Naddar

No início do mês, a subprefeitura da Barra finalizou as obras de pavimentação da Estrada Rodrigues Caldas. Também foram realizadas outras melhorias, como a drenagem da via e a construção de uma ciclovia.

— O asfalto era bem precário e era difícil caminhar nas calçadas, já que uma é muito estreita e a outra, onde agora é a ciclovia, era cheia de mato. Agora, tenho um espaço para andar, e é bem melhor. Não vejo a hora de iniciativas bacanas como esta chegarem em outros locais da
Taquara — conta Iraciara Barbosa, cuidadora de idosos.

A rua é um a das principais vias de acesso da Taquara e de ligação com a Colônia Juliano Moreira.

— A última grande obra de pavimentação do bairro foi o asfaltamento da Estrada do Rio Grande, em 1996. Na Estrada Rodrigues Caldas, havia muitas áreas desertas e ruins que dificultavam a movimentação da população — diz Thiago Mohamed, subprefeito da Barra.

Mesmo com pouco tempo desde a inauguração da ciclovia, já é possível observar que os moradores da região estão praticando mais exercícios agora que contam com um local próprio para isso.
— Moro aqui perto da Estrada Rodrigues Caldas e costumava ir até a Colônia para caminhar lá dentro. Não me sentia bem ao andar aqui, havia muitos trechos abandonados e malconservados. Agora, caminho por toda a extensão da ciclovia e ainda trago a minha filha junto — conta a dona de casa Leila Nascimento.

A implantação de uma ciclovia também aumentou a sensação de segurança de quem pedala no local.
— Costumava andar de bicicleta na rua ou então pela calçada, entre os pedestres. Agora, posso passear muito mais tranquilo e sem me preocupar com carros ou motos — diz o segurança Everaldo Dantas.

Apesar das melhoras na Estrada Rodrigues Caldas, quem circula pela Taquara não está satisfeito com o asfaltamento de algumas ruas do bairro.

— Trabalho na Colônia Juliano Moreira e, sempre que chove, ficamos presos lá porque o chão vira um lamaçal. Além disso, muitos locais ainda têm uma característica rural, com ruas de terra. A poeira que vem das vias de terra incomoda bastante — explica Catarine Venas, psicóloga terapêutica da Colônia Juliano Moreira. 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Balneário Camboriú implanta 25 km de ciclovia

13/12/2011 - Portal Menina

As ciclovias serão interligadas por ciclofaixas e terão paraciclos

Ciclovia
créditos: Portal Menina

O que seria uma solução para os grandes problemas da mobilidade urbana enfrentado por muitas cidades já vem se tornando realidade em Balneário Camboriú. O município anunciou que atualmente estão sendo implantados 25 km de ciclovias pela cidade.

De acordo com o secretário do Planejamento, Auri Pavoni, a prioridade são as ciclovias da Terceira, Quarta e Quinta avenidas, Avenida do Estado, Avenida Martin Luther, Avenida Normando Tedesco, Avenida das Flores e Marginal. A Avenida Brasil, Avenida Atlântica, o resto da extensão da Avenida Martin Luther e da Quinta Avenida e as outras principais vias da cidade terão as ciclovias instaladas em seguida.

“Todas as ciclovias serão interligadas por ciclofaixas e terão paraciclos. Deste modo teremos um espaço completo para nossos ciclistas no novo sistema viário da cidade”, comenta o secretário. As ciclovias são os espaços delimitados no trânsito para o uso de bicicletas, já as ciclofaixas são as faixas ocupadas por bicicletas ao longo da pista para os automóveis. Os paraciclos são os estacionamentos próprios para bicicletas.

Para o prefeito, todos os trabalhos estão sendo voltados para garantir mais segurança aos ciclistas.“Nesta transformação por que passa a cidade temos que atender todos aqueles que utilizam nosso sistema viário, seja ele o pedestre, ciclista, motorista, skatista, usuário de ônibus, entre outros. Com a cidade interligada por ciclovias promoveremos um novo estilo de vida aos nossos cidadãos. É a humanização de Balneário Camboriú o grande motivador deste projeto.”

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Santos: Construção de ciclovia na Nossa Senhora de Fátima deverá ser iniciada em 45 dias

08/12/2011 - A Tribuna

A ciclovia da Avenida Nossa Senhora de Fátima, principal via da Zona Noroeste de Santos, começa a ser construída em 45 dias.

Obras deverão ser concluídas em oito meses
créditos: Bruno Miani

O anúncio foi feito nesta quarta-feira à noite pelo prefeito João Paulo Papa, durante o lançamento do projeto.

“Amanhã publicamos o edital de licitação. Isso significa que temos a possibilidade de iniciar as obras em fevereiro de 2012, a partir daí a previsão é de oito meses de obras”, garantiu o prefeito.

Serão 3 quilômetros e 260 metros de extensão, da divisa com São Vicente (Tambores) até a Avenida Martins Fontes, na entrada da Cidade. A obra vai custar R$ 6 milhões, com recursos estaduais do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento da Estâncias (Dade).

Ciclorrotas são ampliadas em São Paulo

08/12/2011 - Eu Vou de Bike

As ciclorrotas, que começaram tímidas neste ano, já estão sendo ampliadas em São Paulo. De acordo com reportagem desta quarta-feira do jornal ‘O Estado de S. Paulo‘, duas novas ciclorrotas serão inauguradas ainda em dezembro na cidade, dobrando o número de quilômetros de vias na cidade em que o tráfego entre carros e bicicletas é compartilhado.
As novas ciclorrotas ficam na Lapa, zona oeste de São Paulo, e na Mooca, zona leste da cidade. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), os traçados foram feitos com base em um mapeamento que identificou pontos onde o uso das bicicletas já é consagrado. “A ideia é que as pessoas que fazem pequenas viagens dentro dos bairros, como para ir à padaria ou levar os filhos à escola, usem essas vias para andar de bicicleta, em vez de carro”, diz a gerente de Planejamento da CET, Daphne Savoy.

Hoje, São Paulo já tem três ciclorrotas em funcionamento (no Brooklin, em Moema, ambos na zona sul, e no Butantã, na zona oeste). Juntas, elas têm 22 quilômetros de extensão. O circuito da Lapa, que vai ligar os parques Villa-Lobos e Água Branca, além de passar por vias como as ruas Turiaçu, Padre Chico, Coriolano e Avenida Pio 11, vai ter 18 quilômetros de extensão. Na Mooca, o trajeto de 8 quilômetros ligará o Centro Educacional da Mooca ao Sesc Belenzinho, passando pela Avenida Cassandoca e a Rua Tobias Barreto.
O que é a ciclorrota?

A ciclorrota é uma via comum, compartilhada com carros, mas com sinalização especial. Não há separação física entre carros e bicicletas, como acontece nas ciclofaixas e cicloviais, mas a preferência é sempre do ciclista. A CET pinta no piso dessas vias bicicletas estilizadas no asfalto, para lembrar os motoristas da prioridade de quem está pedalando. Também são instaladas placas de alerta.

Torcemos (muito!) para que a expansão das ciclorrotas (e ciclofaixas) seja cada vez mais rápida na cidade, interligando vias de maior e menor movimento em todas as regiões de São Paulo, para que os ciclistas tenham cada vez mais opções seguras de compartilhamento da via pública.