terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Quais são cidades do Brasil com melhor estrutura para ciclistas?

03/09/2012 - Blog Vou de Bike

As cidades do Brasil com melhor estrutura aos ciclistas
Quando imaginamos uma cidade com boa estrutura para o uso da bicicleta como meio de transporte, logo pensamos em Copenhague ou alguma outra cidade europeia. Mas aqui no Brasil existem muitas iniciativas locais que fazem a diferença na vida das pessoas e incentivam o uso da bicicleta pela população.
Selecionamos abaixo algumas das cidades que apresentam algumas soluções interessantes para o uso da bicicleta como meio de transporte, que podem ser exportadas para outras localidades de forma barata e eficiente.
É claro que esta lista não é definitiva e várias outras cidades, como Curitiba, Blumenau, São Leopoldo e Teresina, por exemplo, têm coisas boas a mostrar no quesito mobilidade urbana. Elas inclusive foram citadas quando perguntamos no Twitter quais eram as melhores cidades para os ciclistas no Brasil. Você concorda com nossas escolhas? Deixe seus comentários e sugestões!
Santos (SP)
Por ser uma cidade plana e com clima agradável, Santos, no litoral de São Paulo, é uma das cidades com mais estrutura para o ciclismo urbano.
A cidade tem cerca de 20 quilômetros de ciclovia. E não é apenas na orla da praia que é possível pedalar tranquilamente. A malha cicloviária santista interliga várias regiões da cidade e vai da divisa com São Vicente na orla até a área portuária (veja o mapa).
Outro ponto importante a ser destacado sobre a cidade litorânea é o número de pessoas que atravessam o "Ferry Boat" que liga Santos a Guarujá de bicicleta. O vídeo abaixo mostra bem essa situação, apesar da baixa qualidade da imagem:

Segundo a Dersa, empresa que administra a travessia marítima entre Santos e Guarujá, transitam pelas uma média diária de 14 mil bicicletas nos dois sentidos.
Sorocaba (SP)
Sorocaba, no interior de São Paulo, pode ser considerada um bom modelo de cidade que pensa na bicicleta como meio de transporte.
A cidade conta com 60 quilômetros de vias para bicicletas, uma das maiores redes do País. Todas ciclovias possuem padrão com pintura vermelha, sinalização ao longo dos percursos, calçadas para caminhadas, sistema de iluminação e paisagismo, com gramado, arbustos e arborização.
Segundo a prefeitura de Sorocaba, a meta do Plano Cicloviário é a criação de 100 quilômetros de ciclovias interligadas até 2012, objetivo ousado para uma cidade de apenas 500 mil habitantes. Veja no vídeo abaixo (institucional) um pouco mais sobre o Plano Cicloviário de Sorocaba:

Além das ciclovias, a cidade instalou paraciclos em locais de grande circulação de pessoas, como o Terminal Santo Antônio, praças, parques e órgãos públicos. O projeto da cidade prevê ainda a criação de bicicletários, pontos estratégicos com serviços de apoio aos ciclistas e dispositivos para facilitar a integração do sistema cicloviário com os demais meios de transportes e os parques municipais.
São Paulo (SP)
Apesar do trânsito caótico, a cidade de São Paulo vem aos poucos abrindo os olhos para a importância da bicicleta como meio de transporte. Iniciativas como a Ciclofaixa de Lazer e a Ciclovia do Rio Pinheiros estão ajudando a mudar a percepção da bicicleta inserida no meio de transporte da cidade.

Ciclofaixa de Lazer em São Paulo
Além disso, podemos ver que o sistema de trens e metrô da cidade começa a ser adaptado para integrar cada vez mais a bicicleta ao transporte público. Os bicicletários instalados em algumas estações são de grande importância e devem ser cada vez mais ampliados.
Há ainda a possibilidade de alugar bicicletas nas estações para realizar a comutação. Mas o ideal mesmo seria poder entrar com a bicicleta dentro dos vagões durante a semana, e não só aos fins de semana. O problema é que o sistema já estão tão saturado que é difícil arrumar espaço até para as pessoas, imagine a situação do ciclista.
Na cidade de São Paulo, a lei de n. 10.907/91 – Decreto 34.864/95 diz que toda nova avenida deve trazer consigo uma ciclovia. Até pouco tempo atrás, isto era uma verdadeira lenda – muitas ciclovias, como a da Avenida Sumaré e da Avenida Faria Lima, levam "do nada a lugar nenhum". Mas é nítido o esforço, ainda que tímido, em mudar este quadro.
Há, ainda, um projeto de transformar o bairro de Moema, na zona sul, no primeiro bairro "amigo das bicicletas", com cerca de 19 quilômetros de ciclofaixas pela região. Esta seria a primeira ciclofaixa de deslocamento, e não de lazer, na cidade de São Paulo. Se der certo em Moema, o projeto deve ser ampliado para outros bairros importantes, como Brooklyn, Itaim e Vila Olímpia.
Por todas essas iniciativas, é possível considerar a cidade de São Paulo como uma cidade com alguma estrutura para os ciclistas. Ainda há muito a melhorar, e nós estamos de olho para que isso aconteça.
Rio de Janeiro (RJ)
Ao longo das principais praias da zona sul do Rio, o ciclista encontra longos trechos de ciclovia, usadas principalmente para o lazer. Uma das ciclovias vai da Praia do Leblon até o centro da cidade.
Segundo a prefeitura da cidade, o Rio de Janeiro conta hoje com cerca de 140 quilômetros de ciclovias em diversas regiões. Com o programa Rio Capital Bicicleta, a cidade planeja dobrar sua malha cicloviária nos próximos anos, dando prioridade à consolidação do sistema da Zona Oeste. Veja no vídeo abaixo um pouco mais sobre as ciclovias do Rio de Janeiro:

Além disso, a cidade conta com um sistema de aluguel de bicicletas muito interessante. Atualmente, há 190 bicicletas de aluguel espalhadas por 19 estações, que foram equipadas com câmeras de segurança, sensores e sistemas de alarme.
As estações ficam nos bairros de Copacabana, Ipanema, Leblon, Humaitá, Gávea e Lagoa, na Zona Sul. A prefeitura em parceria com a Serttel, empresa responsável pelo serviço, anunciou que pretende expandir e criar novas estações em Botafogo, no Aterro do Flamengo, na Lapa, no Centro, e na Tijuca, na Zona Norte da cidade.
Pagando R$ 20 por mês, cariocas e turistas poderão utilizar o veículo. Já quem deseja alugar a bicicleta só por um dia, não precisa fazer cadastro no site. Basta ir até uma das estações em posse de um telefone celular e um cartão de crédito e se dirigir a uma das máquinas de cadastro. A diária da bicicleta sai a R$ 10.
Aracaju (SE)
No Nordeste do País, Aracaju dá um ótimo exemplo com um sistema de ciclovias com 62 quilômetros de extensão. Segundo a prefeitura da cidade, que já investiu mais de R$ 11 milhões na ampliação e estruturação de vias exclusivas para ciclistas, o objetivo é se transformar na "capital da bicicleta".
A cidade conta ainda com três bicicletários mantidos pela prefeitura, sendo dois no Centro com 40 vagas de estacionamento, equipados com paraciclos duplos e seguindo padrões adotados mundialmente, e um terceiro no Parque Agusuto Franco (Sementeira).

Para o coordenador de ciclomobilidade da prefeitura de Aracaju, Fabrício Lacerda, ainda há muita coisa para ser feita na cidade para estimular o uso da bicicleta, assim como para garantir a infraestrutura adequada aos aracajuanos que já pedalam. "Mas também existe bastante coisa boa. Muitas ciclovias estão sendo utilizadas tanto por pessoas que usam a bicicleta no trajeto para o trabalho quanto por aquelas que pedalam por opção, como forma de lazer", diz.
Afuá (PA)
A cidade de Afuá, no Pará, não poderia ficar de fora desta lista. Apesar de ser bem pequeno, o município ficou famoso após aparecer na televisão por um fato curioso: não há carros na cidade e todo o transporte urbano é feito por bicicletas.
Conhecida como "Veneza da Ilha de Marajó", a cidade tem apenas 40 mil habitantes e é repleta de canais e palafitas. Quando o Rio Afuá enche, a cidade alaga e fica impossível o trânsito de carros. Por isso, todo o transporte da cidade é feito com bicicletas.
Uma das atrações da cidade é o "bicitáxi", veículo de quatro rodas não motorizado construído a partir da junção de duas bicicletas, que serve como transporte local. Veja no vídeo abaixo um pouco mais sobre a relação da cidade de Afuá com as bicicletas:

Expansão das ciclofaixas é opção de lazer para famílias em SP, diz Kassab

23/12/2012 - Folha de São Paulo

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), disse no começo da tarde deste domingo na inauguração da ciclofaixa de lazer na região da represa de Guarapiranga, na zona sul, que a ampliação da ciclofaixa é uma opção de lazer para os moradores.

Conheça as ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas de São Paulo

"É uma oportunidade que os paulistanos têm para o lazer com seus familiares e amigos ao longo dos feriados", disse Kassab em coletiva.

Mauricio Rummens/Frame /Folhapress

Ciclistas utilizam trecho da ciclofaixa da represa do Guarapiranga, inaugurada neste domingo
O trajeto da nova ciclofaixa vai interligar a estação Jurubatuba da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) à avenida Atlântica.

Saindo da estação, a ciclofaixa seguirá pelo canteiro central das avenidas das Nações Unidas, Interlagos, Antônio Barbosa da Silva Sandoval e Inácio Cunha Leme até a avenida Atlântica (antiga Robert Kennedy), já na beira da represa.

O novo trecho terá 11,2 km e será interligado às ciclovias do Rio Pinheiros e parque Praia São Paulo. A ciclofaixa vai funcionar nos domingos e feriados nacionais, das 7h às 16h.

Os moradores da região da represa poderão utilizar a ciclofaixa para chegar à região do parque do Ibirapuera, da avenida Paulista e do centro da capital.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) cuida da segurança do trajeto, mas o trabalho de monitoria que existe em todo o o percurso tem patrocínio da Bradesco Seguros.

domingo, 9 de dezembro de 2012

O adeus ao volante nos deslocamentos diários

09/12/2012 - O Globo

Motoristas vendem seus carros e adotam metrô, táxi, bicicleta e caminhada no dia a dia

O neurologista Oscar Bacelar fala ao celular no táxi, entre a sua casa e o consultório: quando chego, posso me dedicar mais às demandas do dia, afirma ele Custódio Coimbra / O Globo

RIO - Carro? Nem pensar, garantem Oscar, Veronica, Ieda, PH, Mônica e Flávia. Eles fazem parte de um grupo que decidiu vender seus automóveis, passando a andar de táxi, metrô, bicicleta e a pé nos deslocamentos diários. A opção não é motivo de arrependimento: todos comemoram os ganhos financeiros e de qualidade de vida.

Morador da Barra, o neurologista Oscar Bacelar só vai de táxi para os consultórios na própria Barra, em Botafogo e na Tijuca. Ele aproveita bem o tempo de percurso: faz ligações, responde a e-mails e até olha resultados de exames.

Quando chego ao consultório, posso me dedicar mais às demandas do dia conta.

As vantagens vão além. Oscar constatou que, mesmo no quesito despesa, andar de táxi sai mais barato. A cada semana, ele gasta R$ 200 nos três dias em que vai aos consultórios.

Manter um carro é caro. Têm seguro, estacionamento, multas. Automóvel também não é investimento. Com a depreciação, um carro de R$ 60 mil, em dois anos, vale R$ 30 mil. Perdem-se R$ 15 mil por ano, mais de R$ 1 mil por mês.

Ao longo deste ano, o médico escreveu seu último livro (Uma gota é um pingo) durante viagens de táxi. O livro de frases, de cem páginas, foi lançado há duas semanas.

Escrevia no iPhone e mandava, por e-mail, para mim mesmo conta.

Oscar tomou a decisão de vender um dos carros há dois anos. O outro fica para a família: para levar as crianças à escola, fazer compras e sair nos fins de semana.

Moradora do Leblon, a gestora cultural Flávia Faria Lima vendeu seu automóvel há um ano e meio. Também só viu vantagens:

Se computarmos o que gastamos com manutenção, IPVA e guardadores, andar de táxi é mais prático e econômico.

Para viagens curtas, Flávia tem a solução:

A gente aluga ou vai no carro de amigos.

Poucas vagas, custo de manutenção alto, engarrafamentos e estresse no trânsito. Esses foram os motivos que levaram a diretora de produção e cineasta Veronica Menezes, de 40 anos, a vender o carro. Ela dirigiu dos 18 aos 39 anos:

Quem sente falta? Falta de quê?

Menos tempo entre a casa e o trabalho

Veronica foi se libertando do carro gradativamente. O processo começou em 2005, quando ela se mudou da Tijuca para o Leme.

Vivia na Tijuca. Trabalhava e estudava na Zona Sul. Morava dentro do carro. Quando me mudei, passei a usar o carro só para trabalhos na Barra. Com o tempo, fui recusando serviços distantes, para ter mais qualidade de vida.

A bicicleta e, eventualmente, o táxi são os atuais meios de transporte de Veronica:

É ótimo pedalar e ouvir musica. É ruim chegar suada no trabalho. Quando está muito quente, também é chato. Mas é melhor do que ficar engarrafada e procurando vaga.

Depois da venda do carro, Veronica passou a ter uma vida mais saudável:

Durmo melhor, bebo menos, os amigos e os programas mudaram. Até parei de fumar.

Designer de interiores, Mônica Nobre voltou a morar no Rio há dez anos, após um período trabalhando em São Paulo. Nos anos seguintes a seu retorno, quando começou a namorar o atual marido e o via reclamando do trânsito da cidade, dizia:

Você fala assim porque não conhece o trânsito de São Paulo.

Há três anos, Mônica se convenceu de que o tráfego do Rio estava prestes a se comparar ao de São Paulo. Foi, então, que decidiu vender o carro. Agora, anda a pé, de bicicleta ou de táxi.

Não quero mais carro. É uma encrenca.

Mônica achou que se acostumaria:

Senti um desapego. O trânsito vai ficar cada vez mais uma loucura. Estou superfeliz. Atendo a meus clientes sem carro e não tenho estresse.

Locutor da rádio Nativa FM, mesmo com estacionamento no local de trabalho, no bairro da Saúde, Paulo Henrique de Góes, o PH, há seis meses vendeu o carro e aderiu a um novo costume. Morador de Copacabana, pega o metrô até a estação Central. De lá, segue de ônibus.

Aos 47 anos, PH tinha carro desde os 21. O locutor concluiu que estava sustentando uma família. Tinha prestação de R$ 800, R$ 300 de garagem, gasolina, manutenção e IPVA. Ele fez as contas e viu que, de abril deste ano a fevereiro de 2013, vai economizar pelo menos R$ 10 mil.

Um casal pode passar uma semana em Nova York se andar de metrô e ônibus por um ano no Rio comenta o locutor.

O ganho de PH foi também de tempo:

Por causa dos engarrafamentos, levava 40 minutos de casa até o trabalho. Hoje, gasto 25.

Ex-funcionária da Secretaria de Comércio Exterior, Ieda Fernandes se aposentou há dois anos e meio. Além de deixar de morar em Brasília de segunda a sexta-feira, Ieda se mudou da Tijuca para Copacabana.

Gastava R$ 7 mil por ano com o carro que trouxe de Brasília. Em abril, decidi vendê-lo. Agora, ando a pé, de metrô ou de táxi. Do jeito que o transito está, não vale a pena ter carro diz Ieda. Só estava usando para lavar e emplacar. Quando vendi, meu carro tinha quatro anos e somente 8.500 quilômetros rodados.

Na Zona Sul, Ieda faz tudo a pé. Quando quer viajar, tem a opção de usar o automóvel do marido. Ela tem carteira de habilitação desde os 24 anos e adora dirigir. Mas garante que não está sentindo a menor falta do carro:

Na Zona Sul, você quase não usa carro. Temos muita condução e estacionar é horrível.

Bonde das bicicletas para o trabalho

A funcionária pública Maysa Blay não vendeu o carro, mas usá-lo para ir trabalhar, no Centro, nunca esteve nos planos. Automóvel, só para sair à noite e nos fins de semana. Há dois anos, Maysa deu um passo adiante: trocou o ônibus pela bicicleta no trajeto de casa, em Laranjeiras, para o trabalho. Com isso, reduziu a duração do trajeto de 40 para 15 minutos.

Economizo tempo. A cidade está saturada de carros. A bicicleta é mais saudável para as pessoas e a cidade.

Há três semanas, Maysa viu que era hora de criar o bond-bike, através de seu perfil no Facebook. Moradores da Zona Sul se encontram no Largo do Machado, às 7h45m, de segunda a sexta-feira, e formam o bonde das bicicletas. Seguem para o trabalho, no Centro, pedalando.

Não passamos despercebidos pelos motoristas com que cruzamos pela rua, às vezes, parados em engarrafamentos diz Maysa.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Centro do Recife contará com 10 estações de Bicicletas

06/12/2012 - Blog Meu Transporte

Em ato realizado na manhã desta quarta-feira (28), o prefeito João da Costa, assinou o termo de autorização para a implantação de dez estações de empréstimo de bicicletas, projeto que será viabilizado na cidade pelo Porto Digital. Os bairros do Recife, Santo Amaro e Santo Antônio receberão o novo modal de transporte dentro de 30 dias, a partir do projeto Porto Leve, que prevê outras intervenções nos três bairros.


O bicicletário faz parte do projeto do sistema integrado de apoio à mobilidade no Bairro do Recife, desenvolvido pelo Porto Digital, contando com apoio e acompanhamento da Prefeitura do Recife. Será investido cerca de R$ 1,6 milhão para a implantação das estações de empréstimos de bicicletas, em locais estratégicos, com dez bikes cada uma, que poderão ser utilizados pela população. "Essa parceria com o Porto Digital representa um passo a mais que damos para consolidar um novo modal de transporte na cidade. Isso facilitará o deslocamento das pessoas entre diversos pontos da cidade, com a utilização dessas bicicletas, de forma prática, saudável e sustentável. É mais uma solução de mobilidade que representa uma nova visão para se construir a cidade, com um projeto conectado com as novas demandas da sociedade", declarou o prefeito João da Costa.

Leia: Nova ciclofaixa do Recife virou estacionamento de carros

Conhecido como "bike share", esse sistema de compartilhamento de bicicletas já é utilizado nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo, com os projetos RioBike e Bike Sampa, e, mais recentemente, em Porto Alegre e Sorocaba. Com a implantação deste novo modelo, espera-se promover uma mudança na cultura de mobilidade do recifense. "Esse transporte representa uma alternativa sustentável, não-poluente, leve, que tem sido utilizado em cidades como Barcelona, Paris e Londres. E, com a implantação desse sistema, o Recife entra em sintonia com as coisas que estão acontecendo nessa perspectiva da sustentabilidade no mundo afora", destacou o presidente do Núcleo de Gestão do Porto Digital, Francisco Saboya.

O novo sistema de compartilhamento de bicicletas deve começar a funcionar dentro de 30 dias.

Bicicletário - Cada uma das bicicletas terá um mecanismo inteligente de autoatendimento, travadas por um sistema elétrico. A liberação se dá por meio do uso do celular, seja via internet ou atendimento telefônico. Para utilizar o serviço, o ciclista deverá se cadastrar através de um portal da web, pagando R$ 10,00 mensais. O tempo máximo de utilização da bicicleta é de 30 minutos, devendo o usuário retirá-la numa estação e devolvê-la na estação mais próxima do seu destino, podendo repetir o procedimento com outra bicicleta. Espera-se alcançar a marca de 2 mil usuários em dois anos.

Porém algumas dificuldades serão encontradas neste projeto, pois as áreas pretendidas a serem atendidas não dispõem de ciclovias e nem de ciclofaixas, ou seja, um desafio para quem quiser alugar numa cidade que ainda não prioriza esse modal.

Blog Meu Transporte

Rio inicia instalação de bicicletários no Leblon

07/12/2012 - Agência Rio

A Secretaria Municipal de Transportes do Rio deu início na Rua Dias Ferreira, no Leblon, Zona Sul da cidade, à instalação dos primeiros dez bicicletários de um total de 50 programados para o bairro. Os outros 40 estarão disponíveis até o fim do mês na Avenida Ataulfo de Paiva e em vias do entorno. O trabalho é uma parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e o Consórcio Linha 4 Sul, responsável pelas obras da Linha 4 do Metrô na Zona Sul.

Foram projetados dois tipos de bicicletários com módulos para seis ou dez bicicletas. Com design moderno e 71 cm de altura, os equipamentos são confeccionados em aço galvanizado, material mais resistente à ferrugem.

O critério adotado para definir os locais de instalação foi a proximidade ao comércio e pólos gastronômicos da região, estimulando o uso da bicicleta por moradores e frequentadores do bairro para deslocamentos de curtas distâncias.

MS

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

SuperVia inaugura cinco bicicletários gratuitos em dezembro

04/12/2012 - Segs.com.br

Clientes precisam se cadastrar para utilizar o serviço

Com o objetivo de incentivar a integração entre trem e bicicleta, a SuperVia inaugurará nos dias 6 e 10 de dezembro cinco bicicletários em estações dos ramais Santa Cruz e Japeri, disponibilizando 3.300 vagas gratuitas para seus passageiros. A iniciativa é parte do programa "O Trem passa na sua porta" unindo dois meios de transporte que utilizam energia limpa com segurança e economia de tempo e dinheiro nos deslocamentos, além de contribuir com o bem-estar e saúde de seus clientes. Em janeiro, os passageiros da estação Saracuruna também contarão com o local para guardar suas bicicletas.

Para utilizar o serviço, os clientes deverão comparecer ao bicicletário das estações com a bicicleta que será cadastrada, cópia do comprovante de residência, identidade e CPF. Em Realengo, Bangu e Santa Cruz, o cadastramento deverá ser feito hoje e amanhã (5/12), das 10h às 21h. Nas estações Engenheiro Pedreira e Japeri, de 4 a 7 de dezembro, das 10h às 21h e, no dia 8 de dezembro, das 10h às 16h. Após a inauguração, será cobrada uma taxa de R$ 5,00 para cadastro, que poderá ser feito nos dias úteis, de 10h às 15h, e nos fins de semana e feriados no horário de funcionamento dos bicicletários. As bicicletas serão guardadas em ganchos na vertical, com vagas também na horizontal adaptadas para portadores de necessidades especiais. Todas as unidades contarão com bebedouros, bombas de ar para calibrar pneus e oficina para reparos com custo abaixo do mercado.

No dia 6, serão inaugurados os bicicletários das estações Santa Cruz (500 vagas), Bangu (450) e Realengo (450) e no dia 10, os bicicletários das estações Engenheiro Pedreira (900 vagas) e Japeri (1.000 vagas). De acordo com estudos da concessionária, a bicicleta é o principal meio de transporte utilizado pelos passageiros da Baixada Fluminense e da Zona Oeste para chegar às estações. O ramal Japeri lidera o ranking representado por 58% de passageiros, o Santa Cruz, 21% e o Saracuruna, 15%. Pesquisas da SuperVia também mostram que, dos clientes que utilizam a bicicleta como meio de transporte complementar, 77% estão indo para o trabalho, 8% para a escola e 5% estão se deslocando para locais em que realizarão atividades de lazer.


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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Ciclistas do Rio vão ganhar corredores especiais para pedalar aos domingos

04/12/2012 - O Globo

Faixas - que darão acesso à Quinta da Boa Vista e ao Aterro - serão ordenadas com cones; agentes de trânsito vão monitorar o fluxo

São Paulo tem faixa em suas áreas de lazer destinadas especialmente a bicicletas Casa da Photo - 31/08/2009 / Divulgação

RIO - A partir de janeiro, os cariocas poderão pedalar em dois corredores especiais para ciclistas, que funcionarão inicialmente aos domingos, facilitando o acesso a dois importantes parques da cidade: a Quinta da Boa Vista e o Aterro do Flamengo. As faixas especiais serão ordenadas com cones, e agentes de trânsito vão monitorar o fluxo. Nesta quarta-feira, os secretários municipais de Meio Ambiente e de Transportes vão se reunir à tarde para acertar detalhes como a data de início do projeto, o horário de funcionamento e o trajeto. Conforme publicado na coluna de Ancelmo Gois, no GLOBO, os dois primeiros corredores vão ligar o Leblon ao Aterro e o Aterro à Quinta.

A iniciativa, segundo o subsecretário de Meio Ambiente, Altamirando Moraes, faz parte da meta da prefeitura de chegar às Olimpíadas de 2016 com 10% da população usando bicicletas no dia a dia. Para despertar esse interesse nos cariocas, o município quer incentivar a prática a partir do lazer.

Estamos fazendo um teste para, quem sabe, tornarmos os corredores definitivos. Vamos começar aos domingos e, de acordo com a demanda, podemos montar as faixas aos sábados também. Tudo vai depender da receptividade contou Altamirando, acrescentando haverá uma campanha de educação. Quando fomentamos o uso da bicicleta, temos que melhorar o respeito mútuo. Ciclista sempre foi marginalizado, pois andava nas calçadas, na contramão.

Em São Paulo, os corredores - batizados de ciclofaixas - são uma realidade desde 2009. Atualmente há quatro trajetos em funcionamento, sempre aos domingos. Apesar de ainda não ter divulgado os percursos que serão traçados no Rio, Moraes diz que para chegar ao Aterro os ciclistas deverão passar pela Rua General Polidoro, em Botafogo. O caminho até a Quinta será pelas Avenidas Rio Branco e Presidente Vargas.

Presidente da ONG Transporte Ativo, José Lobo acha importante ter áreas ligando os parques e as zonas Sul e Norte da cidade. Mas ele acrescenta que, tão importante quanto a criação dos corredores é fazer a manutenção das ciclovias que já existem no Rio:

A ciclovia em Botafogo deveria ser recuperada. Há carros estacionados na faixa impedindo a passagem das bicicletas. O mais importante seria torná-la viável. Além disso, o governo do estado tem um projeto ligando a Praça Saens Pena à Praça Quinze. Não seria mais interessante instalar essa ciclovia? questionou Lobo, que defende a ampliação do projeto com a criação de novas áreas de lazer na cidade. Em vez do corredor só para o ciclista, poderiam fechar uma das faixas da Presidente Vargas para o lazer da população.


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domingo, 2 de dezembro de 2012

Convênio garante bicicletário em três bairros do Recife

28/11/2012

Projeto de compartilhamento de bicicletas terá estações nos bairros do Recife, Santo Amaro e Saõ José. Foto: Sertte/Divulgação

Ainda este mês, os bairros do Recife, Santo Amaro e Santo Antônio receberão 10 estações de compartilhamento de bicicletas. Na manhã desta quarta-feira, o prefeito do Recife, João da Costa, assina convênio com representantes do Porto Digital para a implantação do bicicletário.
A ação é um dos módulos do projeto Mobilidade Urbana do Porto Digital, o Porto Leve, e tem como objetivo permitir que as pessoas possam se deslocar dentro desses bairros, a partir de uma solução tecnológica sustentável, com mecanismo de autoatendimento. O ato de assinatura acontece esta manhã, na Sala de Reuniões do Gabinete do Prefeito, no edifício-sede da prefeitura.

O "bike share" é um sistema de compartilhamento de bicicletas já utilizado nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo, com os projetos RioBike e Bike Sampa. No Recife, o projeto do sistema integrado de apoio à mobilidade foi desenvolvido pelo Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD).

Inicialmente, serão implantadas na cidade 10 estações de empréstimos de bicicletas, em locais estratégicos, com 10 bikes cada uma. Cada uma das bicicletas terá um mecanismo inteligente de autoatendimento, travadas por um sistema elétrico. A liberação se dá por meio do uso do celular, seja via internet ou através do atendimento telefônico. Para utilizar o serviço, o ciclista deverá se cadastrar através de um portal da web, pagando R$ 10 mensais. O tempo máximo de utilização da bicicleta é de 30 minutos, devendo o usuário retirá-la numa estação e devolvê-la na estação mais próxima do seu destino.

A meta é alcançar a marca de 2 mil usuários em dois anos. Com a implantação do novo modelo, espera-se promover uma mudança na cultura de mobilidade do recifense, reduzir congestionamentos e acidentes de trânsito, otimizar o transporte individual, diminuir a poluição gerada pelos meios de transporte e a utilizar combustíveis não poluentes e renováveis.


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