terça-feira, 31 de julho de 2012

Primeira cooperativa de táxis de bicicleta do Rio é lançada em Paquetá

31/07/2012 - SRZD

Isolada a 20 km do trânsito ensurdecedor e da poluição do Centro do Rio, a Ilha de Paquetá ainda preserva o clima bucólico de cidadezinha do interior do período colonial. Os únicos meios de transporte da ilha são charretes, bondinho e bicicletas, que oferecem aos visitantes a sensação de estar em um local incomum. É nesse paraíso, localizado no coração da Baía de Guanabara, que está surgindo a primeira cooperativa de táxis de bicicleta do Rio de Janeiro, a Eletro Táxi.

- Paquetá sofre com descaso de políticos

Nesta quarta-feira, 150 taxistas vão se reunir com representantes do Sistema OCB/Sescoop-RJ (Federação e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Rio de Janeiro e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo) para a criação do Estatuto e aprovação da diretoria da Eletro Táxi, que deve ser fundada com 46 condutores.

Os táxis de bicicleta já são velhos conhecidos da população local e tornaram-se um meio de transporte ecologicamente correto e barato. Eles surgiram há aproximadamente seis anos e conduzem duas pessoas por corrida. Em uma bicicleta de três rodas, o condutor, sentado no banco da frente, precisa pedalar para mover a engenhoca, enquanto os passageiros se aventuram em um gostoso passeio no banco de trás. O valor cobrado é de R$ 4 para uma pessoa e R$ 7 para duas.

Em entrevista ao SRZD, o superintendente do Sistema OCB/Sescoop-RJ, Jorge Barros, afirmou que a Prefeitura do Rio tem interesse em regulamentar a atividade dos eco-taxistas e modernizar a frota. Ele confirmou ainda que o presidente da cooperativa, Ednard Lima Pereira, e o poder público estudam a possibilidade de exportar a novidade para as orlas da Zona Sul e da Barra da Tijuca, onde funcionaria somente como passeio turístico.

"A cooperativa se trata de uma vontade política do poder público fundamentado pela representação da região administrativa de Paquetá. Quando realizei uma palestra para os potenciais cooperados, descobri pela presidente da associação comercial de Paquetá uma alegria indizível quando o Sescoop apresentou o cooperativismo legal, porque existe uma ameaça do pessoal de São Gonçalo querendo implantar o serviço na ilha. A organização vai ajudar a estancar todas as mazelas restantes entre os moradores daquela região", ressaltou o superintendente.

Cooperativa divide opiniões

Muitos são os benefícios que o sistema de transporte alternativo levou para Paquetá. Além da maior facilidade de locomoção de um lado para outro da ilha, os táxis ecológicos geraram uma nova fonte de trabalho e renda para dezenas de moradores, sem comprometer o meio ambiente e sem explorar a força física dos animais. No entanto, uma preocupação ainda assola a população: o perigo eminente das altas velocidades que as bicicletas motorizadas podem atingir.

A socióloga Fátima Praxedes, de 50 anos, acompanha as transformações de Paquetá desde a infância, quando lá vivia com seus pais. Ela confessou ao SRZD ser contra a entrada de veículos motorizados no bairro. "Sou contra o despreparo dos taxistas, pois eu soube de casos que, devido à velocidade, o táxi virou. Já houve até casos de atropelamento de cachorros. Sou completamente contra o táxi motorizado, porque não é esta a proposta. A velocidade acaba sendo acima do permitido e traz perigo para nossas crianças, que antes podiam andar sozinhas, atravessar a rua, etc. Não necessariamente a cooperativa é criada para eles terem condições melhores de trabalho, isto não quer dizer que eles vão se preocupar com a população, não quer dizer que vai ter mais fiscalização de velocidade", pontuou a paquetaense.

Leandro Martins, de 40 anos, teme que a criação de uma cooperativa possa ser apenas marketing político às vésperas das eleições. "Sou a favor dos eco-táxis e contra a cooperativa, por entender que possa ser jogada política, oportunismo às vésperas de uma eleição. É como se os taxistas fossem obrigados a entrarem na cooperativa para não terem suas atividades paralisadas ou que tenham que angariar certo número de votos para a atividade não acabar".

Já a corretora de imóveis Eliane Machado, que encontra no bairro o seu recanto de paz, acredita que o cooperativismo dará maior organização ao trabalho dos taxistas. "Sou a favor dos táxis de bicicletas, porque não se usa tração e exploração dos animais. Minha opinião é que a cooperativa vai dar visibilidade a Paquetá como lugar civilizado e com iniciativa de transporte alternativo de primeiro mundo, gerando profissionais competentes e melhorando o serviço e o atendimento."

O publicitário Antonio Carlos da Silva, de 61 anos, acredita que a cooperativa cobrará maior responsabilidade por parte dos taxistas, mas também tem um pé atrás com a presença das bicicletas movidas a energia elétrica. "Sou a favor [dos táxis de bicicleta] desde que estejam organizados e que sejam somente pilotados por moradores da Ilha. Apesar de elétricos, sem poluição, não sou a favor [dos táxis motorizados] até porque a Ilha é muito pequena, não existem aclives íngremes e isso é um passo para o retorno de motores a explosão", disse, em conversa com o SRZD.

Recife ganha mais 4,3 km de rotas para ciclistas

27/07/2012 - Prefeitura de Recife

A partir deste sábado (28), o Recife ganhará mais 4,3 quilômetros de rotas para o deslocamento de ciclistas em importantes ruas da Zona Norte da Cidade. Com a implantação do binário entre a Estrada do Arraial e a Estrada do Encanamento, as duas vias irão receber ciclofaixas unilaterais e monodirecionais, ou seja, no mesmo sentido das vias, e que irão se interligar. A ação garantirá a integração do modal bicicleta para a população da área, principalmente para os moradores de Casa Amarela, um dos bairros mais populosos da capital. A intervenção faz parte do Plano de Ações para o Trânsito do Recife 2012/2013, lançado pelo prefeito João da Costa na última quinta-feira (26), e que será coordenado pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU). 

 A ligação entre as duas ciclofaixas será feita por três vias, a Rua Sebastião Alves de Arcoverde (Parnamirim), a Rua Padre Roma e a Estrada das Ubaias (Casa Forte). A separação do percurso do restante das vias será feito por tachões, menos na entrada e saída de veículos e nos cruzamentos. “Estamos atendendo a uma demanda da população da área, pois é grande a quantidade de usuários de bicicletas, principalmente de trabalhadores. É importante destacar que as ciclofaixas serão no mesmo sentido das vias com a criação do binário, e os ciclistas deverão respeitar o espaço que agora eles terão, assim como os motoristas deverão respeitar o espaço dos ciclistas”, ressaltou a presidente da CTTU, Maria de Pompéia Pessoa.

Com a entrega das duas ciclofaixas, que irão cortar os bairros de Casa Forte, Casa Amarela, Tamarineira e Monteiro, o Recife ficará com mais de 28 km de rotas para a utilização de bicicletas. As ciclofaixas tanto servirão aos trabalhadores quanto para o lazer das pessoas, pois irão ligar espaços importantes de descanso e esporte como o Sítio Trindade e o parque da Jaqueira. Cada da ciclofaixa terá 1,70m de largura. 

O Recife já possui outros seis equipamentos para o uso de bicicletas, são eles: Ciclovia Orla da Av. Boa Viagem e Ciclofaixa da Av. Brasília Formosa (que somam 9,5km); Ciclovia da Av. Norte (1,7 km); Ciclo rota Centro (3,8 km); Ciclofaixa Tiradentes – Avenida do Forte e Av. 21 de Abril, em Afogados (6,5 km) e Ciclofaixa do Canal do Cavouco (2,6 km).

terça-feira, 17 de julho de 2012

Campinas e Região Indaiatuba,SP, inaugura serviço de empréstimo de bicicletas ecológicas

16/07/2012 - G1

 Na primeira etapa são três estações de empréstimos aos ciclistas. 
São 200 veículos quem têm seus quadros feitos com garrafas pets. 16/07/2012 09h22 - Atualizado em 16/07/2012 09h37 Bicicleta que tem o quadro feito de garrafa pet reciclada (Foto: Reprodução EPTV)

Do G1 Campinas e Região

Duzentas bicicletas que têm suas estruturas centrais produzidas a partir da reciclagem de garrafas pets estão disponíveis para empréstimos sem custos para os moradores de Indaiatuba (SP) a partir desta segunda-feira (16).

São três estações de estacionamentos das Ecobikes. Uma na Praça Dom Pedro, uma segunda na sede da Guarda Municipal e a terceira em frente à prefeitura.

O empréstimo de bicicletas será feito de segunda a sexta-feira das 8h às 17h, e sábados e domingos, as estações da GM e da prefeitura estarão funcionando das 9h às 12h e das 14h às 18h. 
Para utilizar o serviço, o ciclista fará um cadastro e a entrega do veículo poderá ser feita em qualquer estação. Para fazer o empréstimo é preciso ter mais de 18 anos.

Crianças e adolescentes podem fazer se estiverem acompanhadas dos pais ou responsáveis. O tempo de uso das ecobikes é de 4 horas contínuas. “É Preciso investir mais em infraestrutura na cidade. Ter mais ciclovias na área central”, disse o estagiário de logística Paulo Neto Torres Santos, que testou o veículo na manhã de domingo (15) durante o evento de apresentação oficial do serviço. 
“Vou usar aos domingos, quando estiver de folga. Além de fazer bem para a saúde, faz bem ao meio ambiente”, concluiu o auxiliar administrativo Diógenes Nogueira.

Reciclagem 
No processo de fabricação das ecobikes são utilizadas 20 garrafas plásticas para cada quadro. As garrafas são trituradas e passam por um processo de plastificação. Depois são injetadas no molde a uma pressão de mais de 150 toneladas. 
Cada quadro tem flexibilidade natural que absorve as pequenas imperfeições do terreno irregular. O peso é de aproximadamente 5 quilos e suporta um peso de até 100 quilos.

As vantagens do produto são: ecologicamente corretas, mais baratas e não enferrujam. A bicicleta não precisa de amortecedor e elimina pintura.

sábado, 14 de julho de 2012

Macapá implanta ciclovia para ligar zonas norte e sul da cidade

13/07/2012 - CT Mac

Cinturão de ciclovias começa a ser instalado pela prefeitura nesta segunda-feira (15) em várias ruas da capital do Amapá

A partir desta segunda-feira (15) a Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá (CTMac) começa a fazer a instalação de um cinturão de ciclovias que vai ligar a zona norte a zona sul de capital. 
 
O trabalho vai começar pela rua Hamilton Silva para aproveitar o asfalto novo que foi colocado na via. 

A CTMac vai tirar o estacionamento do lado direito da rua para instalar uma via exclusiva para que os ciclistas possam ir e vir com segurança no sentido norte/sul e sul/norte. 
 
“Esse é um desejo antigo dos nossos ciclistas e que estamos atendendo por determinação do prefeito Roberto Góes. Primeiro fizemos um estudo para chegar a melhor maneira de implantação dessa ciclovia. E descobrimos que essa é a melhor alternativa. Então o trabalho começa agora na Hamilton Silva, mas vai se estender para as outras vias que vão compor este cinturão de ciclofaixas que vai ligar zona sul e zona norte e dar mais segurança aos nossos ciclistas e, acima de tudo, salvar muitas vidas no nosso trânsito”, afirma o diretor de trânsito da CTMac Jair Coelho.
 
Hoje a equipe de educação da CTMac faz campanha educativa para informar os moradores e condutores da mudança que começa a partir desta segunda. “Estamos avisando a comunidade e pedindo a compreensão, principalmente dos condutores. A partir de segunda-feira não será mais permitido estacionar do lado direito da rua Hamilton Silva porque esse espaço será destinado a uma ciclovia, que é um grande anseio dos macapaenses que usam a bicicleta, tanto como meio de transporte quanto para a prática de esportes” enfatiza Jair.
 
Trajeto
A ciclovia começa na rua Claudomiro de Moraes, seguindo pela avenida Pedro Lazarino, rua Hamilton Silva, avenida Antônio Coelho de Carvalho, rua Cândido Mendes, avenida Beira Rio até a rodovia Jucelino Kubistcheck, no sentido sul. Já no sentido norte o trajeto será o mesmo até a rua Hamilton Silva, dobrando na avenida José Tubinambá, passando pela rua José Serafim e avenida São Paulo até a ponte Sérgio Arruda.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Google inclui rotas de bicicleta no Maps

12/07/2012 - Exame.abril.com

Ciclovias e regiões propícias ao uso de bicicletas são exibidas no Google Maps, para Android, na Europa e Austrália

Bicicletas em Berlim: a nova opção está ativa na versão do Maps para Android
São Paulo - O Google Maps passa a exibir, a partir desta quinta-feira, na Europa e Austrália, uma nova ferramenta para auxiliar os ciclistas. O recurso, disponível nos Estados Unidos desde 2010, mostra ciclovias e regiões propícias ao ciclismo àqueles que buscam um determinado endereço na plataforma.

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10/07/2012 | Membros da equipe de Armstrong são banidos por doping
A nova opção está ativa na versão do Maps para Android e mostra rotas sem montanhas ou obstáculos difíceis para quem está utilizando uma bicicleta como meio de transporte.

"Sabemos como a bicicleta é popular em várias partes do mundo, então decidimos incluir esses dados, que ajudam o ciclista a encontrar rotas eficientes e a evitar ruas muito movimentadas ou montanhas. Essa personalização do Maps visa incentivar as pessoas a pedalar", diz Kai Hansen, gerente de produto da companhia no blog oficial do Google.

A empresa americana de buscas está ainda pedindo para os próprios ciclistas atualizarem as rotas através de um software chamado Map Maker. "Estamos encorajando os adeptos da bicicleta a ajudarem seus colegas por meio desses updates."

sábado, 7 de julho de 2012

Centro de São Paulo terá ciclorrota turística

04/07/2012 - Folha de São Paulo, Vanessa Correa

O centro de São Paulo vai ganhar, até o fim deste ano, uma ciclorrota turística ligando suas principais atrações. O objetivo é tornar trajetos como edifício Martinelli/praça da República mais seguros e convidativos de bicicleta.

Vinte e cinco pontos de interesse fazem parte do projeto, entre eles bibliotecas, prédios, praças e igrejas. A rota terá sinalização especial indicando que ali é um trajeto habitual de ciclistas. A via, no entanto, será compartilhada com os carros, como já ocorre nas ciclorrotas do Brooklin e de Perdizes.

Como a sinalização é permanente, a ciclorrota funcionará a semana toda. Mas, segundo a prefeitura, o foco é aumentar no fins de semana a circulação de pessoas.

Outro objetivo é valorizar e ocupar o centro histórico.


Imagem: Editoria de Arte/Folhapress
Nos finais de semana, a região fica mais vazia. Por outro lado, o trânsito diminui e o deslocamento de bicicleta fica mais fácil.

O trajeto passará pelas quatro estações da área -São Bento, República, Anhangabaú e Sé-, para atrair quem mora longe do centro.

Para a ciclista urbana Aline Cavalcanti, usar as bicicletas para incentivar o turismo é positivo, porque “ela promove um olhar diferente sobre a cidade. O centro é incrível e muitas pessoas não conhecem direito”, afirma.

A ciclorrota precisa das aprovações dos conselhos do patrimônio histórico, já que passa por bens tombados, como o Teatro Municipal.

Também será analisado pela Comissão de Paisagem Urbana. Só depois o projeto executivo será contratado.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Prefeitura e UFG lançam obra de ciclovia ligando o Campus Samambaia à Praça Universitária

03/07/2012 - Prefeitura de Goiânia

A Prefeitura de Goiânia começou hoje as obras para a construção da cilclovia ligando o Campus 2 da Universidade Federal de Goiàs (UFG), no Setor Itatiaia, à Praça Universitária, no Setor Leste Universitário. São aproximadamente 10 quilômetros de pistas, com largura de 2,5 metros. O projeto foi idealizado por um grupo de professores e estudantes com a comunidade a partir da discussão sobre a mobilidade urbana na capital. O debate começou em 2010 e tenta resolver problemas de mobilidade da origem ao destino da população.

No caso da ciclovia Campus 2 - Praça Universitária, passando por um setor de indústrias, que é o Bairro São Judas Tadeu, e outros onde o uso da bicicleta é grande, a implantação surge como uma alternativa viável, conforme explicou o professor de Arquitetura e Urbanismo da UFG, Camilo Vladimir de Lima Amaral. "É uma alternativa viável, de baixo custo e que vai proporcionar uma melhoria na mobilidade urbana de toda uma região, lembrando ainda que a esta ciclovia terá conexão com a primeira implantada na capital, que está no Corredor Universitário. A intenção é ligar o Campus 2 à Praça Universitária, à Praça Cívica e ao Terminal da Praça da Bíblia".

O reitor da UFG, Edward Madureira, explicou que o lançamento da obra pela Prefeitura de Goiânia representa um momento muito especial para a universidade, já que todo o projeto foi concebido a partir de debates feitos na academia. "A iniciativa de um grupo de professores discutindo a mobilidade urbana foi levada para a Amob e para a AMT e depois, para a Prefeitura de Goiânia, que encampou a ideia".

Durante o lançamento da obra, o secretário municipal de Planejamento, Lívio Luciano, disse que a Seplan deve contratar professores e estudantes para fazer o plano cicloviário para Goiânia. Disse também que a ciclovia Campus 2 - Praça Universitária deve ser entregue à população até o final do ano.