segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Niterói: Inaugurada a nova ciclovia da Avenida Roberto Silveira

24/11/2014 - Niteroi Mais


Uma pedalada com a participação do prefeito da cidade, do vice e de representantes de vários grupos que defendem o uso da bicicleta marcou a inauguração da nova ciclovia da Avenida Roberto Silveira na tarde deste sábado (22/11).

O passeio, que inicialmente estava previsto para percorrer apenas os 1,3 quilômetro da ciclovia acabou se estendendo até a Avenida Litorânea, na Boa Viagem, passando pelas ciclovias da Avenida Amaral Peixoto e do circuito universitário. Na metade do percurso os ciclistas fizeram uma parada na Praça Araribóia, no Centro.

O prefeito da cidade desejou a que a mobilização de todos os movimentos de bicicleta de Niterói avance cada vez mais na cidade. "A gente aos poucos está mudando a cabeça das pessoas com relação à bicicleta. Então essa é a consciência que a gente tem e temos que continuar lutando", afirmou o prefeito, que anunciou a criação de um bicicletário público fechado, ideia que foi apresentada por um dos grupos de ciclistas.

O vice-prefeito Axel Grael disse que a ciclovia da Avenida Roberto Silveira ficou muito boa. "Nós ainda temos muito o que fazer pela frente. Nem todo mundo é a favor da bicicleta, ainda há uma resistência grande, mas temos que ir conquistando os espaços. Estamos aos poucos dando passos emblemáticos, como a ciclovia da Amaral Peixoto, que ninguém acreditava que ia dar certo e deu, e já está consolidada assim como ficará a Roberto Silveira. É assim que a gente vai fazendo, temos projetos e vontade política para a implantação do programa Niterói de Bicicleta e o apoio dos movimentos de ciclistas é fundamental", disse o vice-prefeito.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Olha que coisa mais linda!

19/11/2014 - O Globo

Coluna de Ancelmo Góis


A prefeitura do Rio instalou, repare na foto, os quatro primeiros pilares da ciclovia litorânea, que ficará ao lado da Avenida Niemeyer.

Aliás, a nova via, com esta bela vista, já concorre ao posto de mais disputada da Cidade Maravilhosa.

Em dezembro, os funcionários da Fundação Geo-Rio vão instalar o tabuleiro — a pista da ciclovia — sobre os pilares, que têm entre três e sete metros de altura.

A ciclovia terá 3.900 metros de extensão, ligando São Conrado e Leblon, e deve ficar pronta no fim de 2015. Vamos torcer, vamos cobrar

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Após pressão de comerciantes, CET apaga ciclovia em Higienópolis

14/11/2014 - O Estado de SP



SÃO PAULO - Após pressão de comerciantes da Praça Vilaboim, em Higienópolis, na região central da capital paulista, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) está apagando um trecho da ciclovia que passa pelo local desde o início de setembro. Uma grossa tinta cinza começou a cobrir, na noite de terça-feira, 12, a faixa exclusiva para as bikes, que é vermelha, diante de uma série de estabelecimentos comerciais, a maioria do setor gastronômico. Ciclistas criticam a alteração e afirmam que a medida prioriza os carros em detrimento das magrelas.

Cerca de 60 metros da ciclovia já foram removidos. Com isso, ciclistas que vêm pedalando da Rua Armando Penteado de repente ficam sem sinalização própria, entrando no meio do trânsito motorizado. De acordo com a CET, a ciclovia será remanejada para a Rua Aracaju, ao lado da praça. Depois disso, prosseguirá pelo caminho já existente, na Rua Piauí. A previsão é que a atual ciclovia seja totalmente apagada até o fim de semana. O prazo para a construção do novo trecho é a semana que vem.

Cerca de 60 metros da ciclovia já foram removidos. Com isso, ciclistas que vêm pedalando da Rua Armando Penteado de repente ficam sem sinalização própria, entrando no meio do trânsito motorizado.

De acordo com a CET, a ciclovia será remanejada para a Rua Aracaju, ao lado da praça.

Depois disso, prosseguirá pelo caminho já existente, na Rua Piauí. A previsão é que a atual ciclovia seja totalmente apagada até o fim de semana.

Proprietário da padaria Barcelona, na esquina das Ruas Armando Penteado e Alagoas, Vicente Safon, de 65 anos, é um dos envolvidos no processo que levou à desmontagem da ciclovia. "Fizemos até um abaixo-assinado contra. Só aqui, juntei mais de 500 assinaturas", diz. "O trânsito em São Paulo é cada vez mais caótico e as ciclovias têm que ser planejadas direito, o que faltou aqui. Tem um comércio ao lado do outro e os carros precisam parar na frente. Ficou uma confusão danada."

Sobre a alteração prevista pela CET, de colocar a ciclovia no lado oposto da Praça Vilaboim, Safon diz: "Não sei se não vão trocar seis por meia dúzia." Ele afirma não ser contra ciclovias, mas, na sua visão, elas devem ficar em vias menos movimentadas e "sem passar na frente de escolas e hospitais".

Críticas. O diretor de planejamento da ONG Ciclocidade, Daniel Guth, critica a alteração. "Se essa intervenção representar uma volta maior para o ciclista é um problema e nenhum ciclista vai respeitar." Segundo ele, a Prefeitura abriu uma brecha prejudicial aos ciclistas em seu plano de expansão de ciclovias. "Eles subjugaram o que é interesse dos ciclistas para dar espaço àquilo que provoca menos ruído no trânsito motorizado, ou seja, nos valets, no estacionamento."

Para Guth, "é normal" que a CET faça ajustes em suas ciclovias, corrigindo erros e melhorando alguns trechos. "Mas, nesse caso, não se trata disso. Trata-se de obviamente de colocar o ciclista novamente atrás do interesse dos carros."

Ele questiona o motivo pelo qual a Prefeitura não decidiu mudar os valets dos estabelecimentos da Vilaboim, em vez da ciclovia. "Por que o carro tem que ser um veículo porta a porta? Por que o valet não pode ficar do outro lado da praça? Qual é a dificuldade de o cara que vem de carro ao restaurante andar 50 metros de onde parou o carro?"

O gerente do restaurante de comida japonesa Sushi Papaia, Antonio Luis de Carvalho, de 44 anos, tem argumentos parecidos ao de Safon para defender a remoção da ciclovia. "Os funcionários dos restaurantes e os donos dos valets estão reclamando da ciclovia. Com ela, é muito complicado de as pessoas estacionarem."

Safon, por sua vez, também se queixa da carga e descarga de produtos para a sua padaria. "Mas mesmo essa coisa de carga e descarga não precisa ser feita na porta, pode ser na rua lateral, e na rua de trás. Mais uma vez colocando a bicicleta na posição histórica de não ser a prioridade. Eu fiquei mal com isso aí", contra-argumenta o ciclista Guth.

A cicloativista Aline Cavalcante teme que a ação abra precedentes ruins. "Por que os motoristas não podem abrir um pouco a mão dos seus confortos? Existem pessoas querendo viver a mobilidade urbana de outro jeito que não de carro. Acho muito egoísta reclamar porque tiraram a vaga do seu carro na rua."

Para ela, a cidade sempre priorizou demais o carro, em detrimento de outros meios de locomoção. "É uma cidade dependente do carro, o que é muito grave. O fluxo do carro ficou mais importante do que o fluxo de pessoas. Higienópolis tem essa fama de gente chata e rica que muda o planejamento da cidade. Mas quem é que manda na cidade? A cidade é de quem? Do dinheiro ou das pessoas?"

Desrespeito.Mesmo sem estar totalmente apagada, o Estado flagrou na tarde desta quinta-feira, 13, vários carros desrespeitando a sinalização e parando sobre a ciclovia da Praça Vilaboim, apesar de a sinalização ainda proibir essa prática. Há várias placas vetando parar e estacionar no local, mas diversos automóveis foram vistos parando para o desembarque de passageiros diante dos pontos de valets.

Por meio de nota, a CET informou que "está fazendo uma adequação em um trecho de 30 metros na ciclovia implantada na região da Vilaboim" e que "a previsão de conclusão dos trabalhos é até semana que vem.

A companhia explicou que, "pelo novo traçado, quando a ciclovia passar pela Rua Armando Penteado seguirá à esquerda pela Rua Aracaju e, na sequência, vai virar à direita na Rua Piauí. No traçado anterior, ao chegar na rua Armando Penteado, a ciclovia seguia à direita pela Praça".

A CET disse ainda que "os poucos ajustes que estão sendo feitos no local contemplam a finalidade de implementação e operação da rede cicloviária na cidade, consonantes aos aperfeiçoamentos necessários".

Niemeyer será fechada a partir de domingo

14/11/2014 - O Globo


A partir do próximo domingo, a Avenida Niemeyer, entre as praias de São Conrado e do Leblon, será interditada para dar prosseguimento à construção de uma ciclovia. O bloqueio ocorrerá até maio de 2015, sempre das 23h30m às 5h, de domingo a quinta- feira. Segundo a prefeitura, a operação de trânsito contará com controladores de tráfego, faixas e painéis de mensagens variáveis, posicionados em pontos estratégicos para orientar motoristas e pedestres sobre a interdição e rotas alternativas. Além disso, panfletos com as mudanças de tráfego serão distribuídos aos moradores e estabelecimentos comerciais.

Durante a interdição não será possível atravessar a Avenida Niemeyer, em ambos os sentidos. Os moradores só poderão acessar a via pelo Leblon. Esse acesso sofrerá alterações, à medida que a obra avançar. Para os moradores da Avenida Niemeyer e do Vidigal, será disponibilizado um serviço especial de van que sairá da Avenida Visconde de Albuquerque (Praça Atahualpa) e irá até o número 550 da Avenida Niemeyer.

Os 3,9 mil metros de extensão do costão da Niemeyer vão ganhar uma ciclovia litorânea no próximo ano. A pista exclusiva para bicicletas terá 2,5 metros de largura e seu trajeto correrá em paralelo à Avenida Niemeyer. As obras tiveram início no dia 20 de junho, e a previsão é que sejam finalizadas em 12 meses. O investimento é de cerca de R$ 36 milhões. De acordo com a prefeitura, atualmente são registradas mais de 1,5 milhão de viagens por dia nos 371 quilômetros de ciclovias do Rio. A expectativa é que até 2016 a malha cicloviária da cidade chegue aos 450 quilômetros de extensão.

A Niemeyer será bloqueada nos seguintes pontos: Avenida Prefeito Mendes de Morais com Avenida Niemeyer, por onde nenhum veículo entrará; e Avenida Visconde de Albuquerque com Avenida Niemeyer, onde deverá ser permitida a passagem apenas daqueles com destino ao Vidigal, a hotéis, a residências e a condomínios localizados no trecho até o número 550.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

ONGs estimulam soluções coletivas e conscientização

12/11/2014 - Valor Econômico


As cidades brasileiras deram um nó difícil de desatar. A opção preferencial pelo carro agravou a imobilidade urbana nas metrópoles do país. O caos reina no trânsito. Em Campinas, no interior de São Paulo, 42,9% das pessoas negligenciam o transporte coletivo. Na capital paulistana, o índice é um pouco menor: 29,5%. Em Porto Alegre, o uso do transporte motorizado individual chega a 25,8%. No Rio de Janeiro, esse percentual é de 16,5%. Os dados são da ONG Mobilidade Urbana Sustentável (Mobilize Brasil) que fez um estudo sobre a divisão dos modais nas principais cidades brasileiras. É que andar de carro está proporcionalmente mais barato do que usar ônibus, trem, metrô ou barcas.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que, em duas décadas, as tarifas de transporte coletivo subiram 685% contra um reajuste de 423% no preço da gasolina ou do álcool. Alternativas criativas, como estímulo a pequenas caminhadas, carona compartilhada, uso da bicicleta, skates, patins e outros modais alternativos, são opções para desafogar o trânsito, mas elas não dão conta do tamanho do problema.

O paulistano Rodrigo Gonçalves cansou de perder tempo no engarrafamento. Morador do bairro do Campo Belo, ele já levou três horas para chegar de carro ao trabalho, no Morumbi. À época, trabalhava na área de planejamento estratégico da Honda Motors. Há quatro anos adotou a bicicleta. O percurso passou a ser feito em 15 minutos, embora chegasse suado no trabalho. Decidiu pensar em alternativas, mergulhou no tema e desenvolveu o projeto: "Dress Me Up" (Vista-me mais rápido, numa tradução livre), vencedor do prêmio "Mobilidade Minuto", na categoria "Novas Alternativas de Organização Comunitária e do Trabalho".

O concurso foi organizado pelo Instituto Cidade em Movimento (IVM, na sigla em francês do Institut pour la Ville em Mouvement), no final de outubro. O projeto é uma estrutura pós-pedalada: um bicicletário, para 72 bicicletas, onde o ciclista sai de banho tomado. A primeira unidade foi instalada na Avenida Luis Carlos Berrini - onde se perde, em média, 20 minutos para sair do estacionamento dos prédios do centro empresarial. A estrutura é composta por cinco cabines individuais e armários para que as pessoas guardem equipamentos, como mochila e capacetes. O bicicletário oferece toalha e sabonete líquido.

Para um dos jurados, o presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/ São Paulo), José Armênio, o equipamento urbano é uma resposta a quem alega falta de garagem e vestiário como desculpa para não adotar bicicleta como meio de transporte. O custo de implantação é de R$ 110 mil. Gonçalves, que pediu demissão do emprego para se dedicar exclusivamente ao projeto, já estuda franquias para outras regiões da cidade e também para o Rio de Janeiro.

O Caroneta, criado pelo engenheiro Márcio Nigro, em 2011, foi outro projeto premiado. É um site brasileiro de incentivo à carona. O portal é voltado para empresas: reúne 1.100 companhias e têm 265 mil pessoas cadastradas. A iniciativa não é pioneira. Os precursores foram os sites UniCaronas e Caroneiros, ambos lançados por alunos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 2007, e inspirados no francês Covoiturage e o americano Zimride.

A ONG Mobilize Brasil lançou recentemente a campanha "Adote uma Ponte". O objetivo foi sensibilizar pedestres, cadeirantes e ciclistas do perigo que correm ao cruzar as pontes de São Paulo. A Secretaria Municipal de Transportes anunciou projetos para 12 das 28 pontes existentes na cidade. A primeira foi a Ponte da Casa Verde, sobre o rio Tietê. A prefeitura também anunciou a meta de fazer a ligação cicloviária das zonas Norte, Oeste e Sul ao centro da cidade. Até 2015, a prefeitura pretende implantar 400 km de ciclovias. Hoje, são 82,9 km de vias.

Para desestimular o uso do carro, a prefeitura de Vitória (ES) disponibilizou para os ciclistas um ônibus para que eles possam cruzar a Terceira Ponte, que liga Vitória a Vila Velha. É um trecho de 4 km, onde não havia espaço na pista para a convivência com as bicicletas. O ônibus sai a cada 15 minutos no horário do rush.