quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Estudantes chilenos inventam bicicleta antifurto

13/08/2014 - Agência EFE


Santiago do Chile, 12 ago (EFE) - Mais de 106 mil bicicletas são roubadas em Santiago, a capital do Chile, por ano, por isso os estudantes Andrés Roi, Cristóbal Cabello e Juan José Monsalve, da Universidade Adolfo Ibáñez, projetaram um modelo inovador de bicicleta antifurto.

Andrés teve sua bicicleta roubada em várias ocasiões. Por isso, quando a universidade propôs a realização de um projeto para melhorar algum tipo de transporte, os três jovens estavam certos de que seria a bicicleta.

"Desenvolvemos um quadro de bicicleta com um dispositivo embutido que pode ser utilizado como uma tranca", explicou Monsalve em entrevista para a Agência Efe.

Os estudantes batizaram o projeto da bicicleta antifurto de Yerka Proyect.

"Se alguém tentar roubá-la, terá que quebrar a bicicleta, que ficaria inutilizada e, por isso, seria menos atrativa para os ladrões", comentou Monsalve.

Até o momento, os jovens vêm recebendo grande aceitação nas redes sociais. Pessoas de diferentes países estão querendo informações sobre o projeto e já esperam por sua comercialização.

"Queremos testar diferentes tipos de bicicleta que é o que as pessoas estão pedindo na internet", disse Cabello, que espera que seu projeto "esteja no mercado em menos de dois anos" graças ao trabalho conjunto com pequenas empresas.

A quantidade de pessoas que se locomovem em bicicleta em Santiago dobrou desde o ano de 2006, segundo o Ministério dos Transportes. Com isso, espera-se que o número de viagens diárias supere 1 milhão em 2015.

Com isso, o governo chileno estabeleceu um plano de construção de ciclovias e bicicletários para dar prioridade a esse meio de transporte. 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Haddad cria 4,8 km de ciclovias em dois dias

11/08/2014 - O Estado de SP


Em dois dias a Prefeitura instalou 4,8 quilômetros de ciclovias em São Paulo. Anteontem, a quarta etapa da faixa do centro histórico foi entregue pelo secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.

O trecho de 2,4 quilômetros interliga os bairros da Santa Cecília, na região central, e Barra Funda, na zona oeste. Ela começa na esquina da Avenida Pacaembu com a Rua Barra Funda e termina na Estação Júlio Prestes da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), na Cracolândia.

Um dia antes, outros 2,4 quilômetros de ciclovias já haviam sido entregues na zona sul. Passando por bairros como Chácara Santo Antônio e Alto da Boa Vista, o trecho liga a Avenida Alexandre Dumas à estação Granja Julieta, da Linha 9-esmeralda da CPTM.

Com as duas entregas, sobe para 16,4 quilômetros a quantidade de ciclovias entregues pela gestão Fernando Haddad (PT) em 2014. O ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), entregou um total de 60 km. Até o fim de agosto a capital vai ganhar mais 30,6 km.

No site da Prefeitura é possível ver as próximas entregas. Na região central, por exemplo, vias como o Viaduto do Chá e as Ruas Boas Vista e Libero Badaró vão receber as vias.

Também estão programadas outras ciclovias na zona oeste de São Paulo, como nas Avenidas Sumaré, Paulo IV e Escola Politécnica

Programa de metas.O compromisso do prefeito Haddad é entregar, até o fim deste ano, mais 200 quilômetros de vias para bicicletas em São Paulo.

Há uma semana, durante a inauguração de um trecho de ciclofaixa no Tatuapé, na zona leste, Haddad afirmou vai intensificar a implementação das faixas. Segundo, ele a intenção é entregar uma média de 10 quilômetros de ciclofaixas por semana.

A meta da administração municipal são 400 quilômetros. O programa vai custar R$ 80 milhões e acabar com até 40 mil vagas de estacionamento. Haddad e Tatto avaliam que o ideal seria a cidade ter mil quilômetros de vias exclusivas para a bicicleta. Para a Prefeitura, esse é o número necessário para atender a cidade, que hoje tem 17 mil quilômetros de ruas e avenidas.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Prefeitura de Niterói contrata empresa paulista para elaborar plano cicloviário para a cidade

Objetivo é integrar rotas já existentes e transformar veículo em opção de transporte diário

POR MÁRCIO MENASCE

04/08/2014 - O Globo


Cláudio Santos, presidente da federação de ciclismo do Rio, e Argus Caruso, coordenador do programa Niterói de Bicicleta encaram o trânsito na Praia de Icaraí - Márcio Alves / Agência O Globo

NITERÓI - Elas são conhecidas como magrelas. São leves, ágeis e podem até ser rápidas. Mas até agora, nenhuma bicicleta é capaz de voar. Por isso, precisam de lugares adequados para circular. Esta é a principal reivindicação de quem tenta usá-las como meio de transporte, e do agente público que pretende transformar o seu uso, de recreativo, para substitutivo aos carros, ou complementar ao transporte coletivo. Segundo o vice-prefeito Axel Grael, foi para ajudar a vencer a briga que a prefeitura assinou este mês a contratação da TC Urbes, empresa paulista que venceu licitação, de R$ 120 mil, para elaborar um plano cicloviário para a cidade.

— Temos uma malha cicloviária per capita comparável com a do Rio, mas o plano é ambicioso, com ligações intermodais e ações educativas. A ideia é integrar as bicicletas aos projetos urbanísticos já existentes, como a Operação Urbana Consorciada (OUC) e o plano da Região Oceânica Sustentável — afirma Grael.

Atualmente, Niterói tem 30 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas (vias com pintura diferenciada, porém sem segregadores físicos). Segundo Argus Caruso, coordenador do programa Niterói de Bicicleta, mais dez quilômetros estão em implantação. O objetivo é, com a OUC, a construção do Túnel Charitas-Cafubá e o plano para a Região Oceânica, fazer a malha saltar para 113km. Amsterdam, referência mundial no uso diário de bicicletas, tem cerca de 400 quilômetros de vias cicláveis. Segundo Axel Grael, áreas como a Zona Norte, que atualmente não tem ciclovia, e Piratininga também serão contempladas.

Para ver, sobre duas rodas, os desafios que os ciclistas enfrentam, a equipe do GLOBO-Niterói percorreu, de bicicleta, parte da rede cicloviária da cidade, acompanhada de Caruso e do presidente da Federação de Ciclismo do Rio, Cláudio Santos. O percurso começou na Barão de Amazonas, no Centro, e seguiu até São Francisco, chegando ao bairro pela Estrada Fróes e retornando pelo túnel.

Logo na saída ficou evidente o que Caruso aponta como o maior desafio da TC Urbes: integrar as vias cicláveis da cidade. Recém-reformada, com instalação de segregadores de pista, a ciclovia da Avenida Amaral Peixoto oferece tranquilidade ao ciclista. No seu fim, no entanto, é preciso encarar os veículos motorizados e se espremer no canto da Visconde do Rio Branco, que tem trecho especial para bicicletas apenas sobre a Praça Juscelino Kubitschek. A ciclofaixa volta a aparecer na chegada ao Gragoatá e segue até o início da Praia de Icaraí, onde novamente é preciso se aventurar entre veículos até a Estrada Fróes. Na volta, pela Avenida Roberto Silveira, o desafio é desviar dos ônibus e dos usuários do transporte, já que os pontos de parada estão sobre a ciclofaixa. No caminho, Caruso explica que a área para bicicletas será marcada do outro lado da via, para evitar o conflito com os ônibus. O ponto mais crítico do trajeto é a Avenida Marquês de Paraná, que não conta com via especial.

— É a parte mais complicada. Ainda não fizemos nada porque o movimento de carros é grande e seria complicado tirar espaço dos motoristas, mas algo precisa ser feito — afirma Caruso.

CICLISTAS PEDEM MAIS EDUCAÇÃO E RESPEITO ÀS REGRAS DE TRÂNSITO

Quem já trocou o carro ou o transporte público pela bicicleta em Niterói garante que não se arrepende, mas afirma que ainda há muito o que melhorar. A consultora Ana Luiza Carboni, fundadora do Grupo Mobilidade Niterói, que organiza eventos de conscientização e incentivo ao uso da bicicleta na cidade, acredita que, mais do que ciclovias e ciclofaixas, Niterói precisa é de educação no trânsito.

— Morei em Londres durante 14 anos. Lá não há tantas vias para bicicletas, mas há muito respeito com o ciclista. Quem está sobre duas rodas também deve respeitar as regras. É importante que o ciclista pare nos sinais de trânsito e, principalmente, nunca trafegue na contramão nem sobre as calçadas. Também é preciso educar os pedestres para não caminharem nas ciclovias, e os motoristas, para que respeitem a distância de 1,5 metros do ciclista, estabelecida no Código de Trânsito — afirma ela.

Os casos de falta de educação são comuns, principalmente na Região Oceânica. No local, O GLOBO-Niterói flagrou diversos carros estacionados sobre as vias para bicicletas. Mas a falta de respeito não é exclusiva dos motoristas. Na Avenida Conselheiro Paulo de Melo Kale, a própria prefeitura pintou parte da ciclofaixa exatamente onde há uma árvore no caminho.

Em outra região da cidade, a Zona Norte, o problema é a ausência de vias para ciclistas. Para o analista de TI e morador do Barreto, Anderson dos Santos, a Zona Norte até agora foi esquecida no plano cicloviário da cidade.

— As ciclovias de Niterói foram feitas apenas para quem mora na Zona Sul. Quem sai do Barreto, por exemplo, vai até a Rua São João, no Centro, sem passar por nenhuma ciclovia. Sequer há ciclofaixas na Zona Norte inteira. Também não vejo incentivo para integração da bicicleta com o transporte público. Ciclista que pega metrô ou barca poderia ganhar desconto — afirma.

Para o coordenador do Niterói de Bicicleta, Argus Caruso, além da implantação de vias cicláveis em todas as áreas da cidade, e da instalação de bicicletários, a mudança de cultura também precisa ser trabalhada.

— Estamos criando as vias para bicicletas e já compramos 350 bicicletários duplos, além de 260 que a prefeitura incluiu no contrato de mobiliário urbano recém-assinado. Mas a mudança de cultura é algo que se conquista aos poucos. Para isso, acredito muito na participação da sociedade civil. Temos dado apoio a diversos passeios ciclísticos organizados na cidade. Só assim, vendo cada vez mais bicicletas nas ruas, o motorista vai respeitar mais — acredita.

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