domingo, 27 de dezembro de 2015

Bicicletas elétricas têm cada vez mais adeptos na orla da Zona Sul do Rio

27/12/2015 - O Globo

Além de não poluírem, elas são mais difíceis de roubar, segundo usuários
   
POR RAFAEL GALDO, CAROLINA FARIAS E FILIPE CEROLIM  

Segurança. Bike elétrica é mania - Fernando Lemos / Fernando Lemos

RIO - O ímpeto high-tech não se restringe às inovações para o uso dos smartphones na orla. Está também na terra e no ar. Nessa onda, as bicicletas elétricas, que há algum tempo tomaram as ciclovias da orla da Zona Sul, são cada vez mais procuradas, principalmente por quem considera esse tipo de transporte mais seguro e rápido.

Às 16h da última terça-feira, havia dez dessas bikes estacionadas num bicicletário perto do Coqueirão, na Praia de Ipanema. Na ciclovia, também era intenso o vaivém. E foi numa delas que o casal de universitários Philipe Costa e Júlia Teixeira chegou ao Posto 9, vindo do Humaitá, carregando barraca e cadeiras de praia. Eles contaram que há seis meses aderiram ao meio de transporte. E explicaram o motivo de terem trocado a magrela tradicional pela elétrica.

— Não pegamos trânsito, nem poluímos a cidade. E importante: a bike elétrica é mais difícil de ser roubada. A roda traseira trava, e a bicicleta tem um alarme. Se o ladrão quiser levar, terá de carregar no ombro. Com ela, vou para a areia mais tranquilo, com mais certeza de que vou encontrá-la no bicicletário quando voltar — diz Philipe, contando que, antes, teve duas bicicletas comuns roubadas enquanto estava na praia.

DE SKATES A MONOCICLO

Na hora de se locomover, sucessos de temporadas passadas também seguem em voga, como os patins e os skates, muitos deles longboards, que continuam como tendência. Mas também já se pode ver circulando algo bem mais incomum: monociclos elétricos, com os quais os usuários deslizam em pé sobre pedais dispostos ao lado de um roda única.

Lembram um pouco os Segways — estes com duas rodas — que alguns turistas costumam usar para conhecer a orla. E rivalizam com o drone salva-vidas que os bombeiros estão operando em Copacabana na disputa pelo título de veículos mais inusitados deste verão.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/verao/bicicletas-eletricas-tem-cada-vez-mais-adeptos-na-orla-da-zona-sul-do-rio-18369762#ixzz3vWUVWtKl 
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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Bandalhas se multiplicam em nova ciclofaixa de Laranjeiras

Ao longo de 2,7 quilômetros, há pistas e calçadas compartilhadas
  
POR GUILHERME RAMALHO 

23/11/2015 - O Globo

Invasão. No Cosme Velho, um ônibus “empurra” um ciclista para fora da pista compartilhada: ainda falta fiscalização - Custódio Coimbra / Agência O Globo

RIO — A ciclofaixa que liga o Largo do Machado ao Cosme Velho ainda não está totalmente pronta, mas já vem sendo usada por muitos cariocas e turistas. Ao mesmo tempo, o desrespeito à nova sinalização — tanto por parte de motoristas quanto de ciclistas — tem deixado o trânsito confuso e aumenta o risco de acidentes. Em apenas uma hora, na última sexta-feira, O GLOBO flagrou carros estacionados, motociclistas trafegando na ciclofaixa e ônibus fechando bicicletas na pista compartilhada, além de ciclistas circulando na contramão e fora das áreas demarcadas. Não havia fiscalização.

Ao longo de 2,7 quilômetros, há pistas e calçadas compartilhadas. No trecho do Cosme Velho, ciclistas trafegam apenas no asfalto. Ali, foram instalados dois pardais eletrônicos, com limite de 40 km/h, para reduzir os riscos a quem pedala. A partir da Rua das Laranjeiras, há ciclofaixas e calçadas compartilhadas com pedestres.

Trecho para bicicletas será inaugurado até o fim do mês

A Secretaria municipal de Meio Ambiente informou que toda a rota cicloviária — que incluiu os bairros de Laranjeiras, Cosme Velho, Flamengo e Botafogo, com dez quilômetros de extensão — será concluída até o fim do mês. Para o diretor da ONG Transporte Ativo, José Lobo, a população precisa se familiarizar com o novo espaço.

— Em cada iniciativa, há sempre um aprendizado. Essa nova ciclofaixa é um ganho sensacional, só que ainda faltam alguns ajustes. Além de educação no trânsito, os cruzamentos precisam ser bem sinalizados, para que haja uma convivência mais harmoniosa. Mas, se antes os ciclistas não tinham nada, agora ganharam um pouco de segurança — afirma Lobo.

Motos no lugar de ‘bikes’

Morador do Catete, o antropólogo belga Gerardo Perfors conta que passou a usar a nova ciclofaixa para ir de bicicleta até a sede do Fluminense, em Laranjeiras, onde faz natação. Ele elogia a sinalização. No entanto, critica a atitude de motoristas e motociclistas:

— Antes, eu não ia de bicicleta, porque era muito perigoso. Agora, eu me sinto mais seguro, apesar de muitos motociclistas também estarem usando a ciclofaixa quando o trânsito fica carregado. Nunca tem fiscalização. Então, eles sabem que podem até bloquear as pistas, porque não vai acontecer nada.

Subsecretário de Meio Ambiente, Altamirando Moraes reconhece que ainda há problemas a resolver. Ele afirma que guardas municipais têm aplicado multas quando motoristas invadem a ciclofaixa. Segundo Moraes, novas campanhas educativas serão realizadas na região:

— É claro que ainda há conflito, mas melhorou muito. Como a cidade não foi projetada para receber ciclovias, tivemos que fazer adaptações.

A Guarda Municipal afirma que toda a extensão das ruas das Laranjeiras e Cosme Velho recebe patrulhamento, feito por meio de rondas motorizadas e a pé, e que seus agentes aplicam multas e orientam motoristas que invadem a ciclofaixa ou desrespeitam a sinalização. De qualquer forma, prometeu reforçar a fiscalização na região.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/bandalhas-se-multiplicam-em-nova-ciclofaixa-de-laranjeiras-18114097#ixzz3sJwQ4DNb 
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terça-feira, 10 de novembro de 2015

Bicicletas ganham pista exclusiva no canteiro central do Viaduto Antártica

10/11/2015 - O Estado de SP

SÃO PAULO - A Prefeitura de São Paulo começou a construir 1,5 quilômetro de ciclovia sobre o Viaduto Antártica, na Pompeia, zona oeste, que será interligada com a faixa para bikes já existente na Avenida Sumaré. A pista, instalada no canteiro central, será bidirecional. Quando pronta, vai se estender até a zona norte, uma vez que uma via segregada para ciclistas está prevista para passar pela Ponte do Limão, sobre a Marginal do Tietê.



De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), não há investimento de recursos públicos na intervenção que ocupa também a Avenida Antártica, entre as Praças Marrey Junior e Luiz Carlos Mesquita. Segundo o órgão, trata-se de "uma medida mitigadora” paga pela iniciativa privada.

Empresas e incorporadores que constroem grandes empreendimentos imobiliários na capital precisam dar uma espécie de contrapartida à Prefeitura construindo ciclovias, investindo em sinalização de trânsito e em melhorias no viário. A CET não informou o nome da empresa responsável pela obra.

A intervenção mais recente desse tipo começou na Avenida Pacaembu, na zona oeste, no fim de outubro. A Think Construtora é a responsável por implementar cerca de 1,2 quilômetro de faixa, entre a Praça Charles Miller e a Rua Candido Espinheira. Em troca, a empresa poderá regularizar uma torre de 24 andares na Avenida Marquês de São Vicente, também na zona oeste.

Necessidade. A instalação de ciclovias sobre pontes e viadutos da cidade é uma das principais demandas de cicloativistas de São Paulo. Segundo eles, as alças de acesso e saídas, as subidas e as descidas das estruturas causam risco para quem pedala pela capital na mesma faixa que os carros. Pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os ciclistas não são proibidos de compartilhar as faixas de rolamento com os carros no trânsito.

De acordo com o texto, aliás, as bikes devem ser priorizadas e os motoristas precisam seguir algumas regras como, por exemplo, respeitar 1,5 metro de distância no momento das ultrapassagens.

"São obstáculos muito difíceis para o ciclista. Quando se começa a subida, a bicicleta perde a velocidade e o motorista não tem muita paciência para ficar atrás da bike, colocando em risco quem está pedalando”, diz William Cruz, cicloativista do site Vá de Bike.

O balconista Adalberto Fernandes Mota, de 36 anos, por exemplo, diz que passa por endereços como o Viaduto Antártica até encontrar uma via segregada por onde possa pedalar com segurança na capital. "Em ponte e em viaduto é complicado porque não tem lugar para fugir. Não tem calçada ou canteiro central. Se eu tomar uma fechada de alguém e cair, o risco de eu ser atropelado é muito grande”, diz Mota.

Promessas. Entre as metas traçadas pela gestão Fernando Haddad (PT), que começou sua política de implementação de ciclovias pelas áreas mais nobres da cidade, está a adoção de pistas exclusivas para ciclistas em ao menos 28 pontes e viadutos da capital paulista, principalmente sobre as Marginais do Pinheiros e do Tietê.

Desde o ano passado, a CET já instalou as pistas em viários sobre as Marginais como as Pontes dos Remédios, Vila Guilherme, das Bandeiras e da Casa Verde, todas na zona norte. A gestão Haddad promete fazer 400 km de ciclovias na cidade.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Ciclovia vai ligar Pacaembu a duas estações de metrô

06/11/2015 -  Agora SP

Uma ciclovia de 1,2 km de extensão está sendo construída no canteiro central na av. Pacaembu (zona oeste), entre a praça Charles Miller e a rua Cândido Espinheira, em Perdizes, interligando-se ao trecho da rua Itápolis.

A pista fará a conexão da ciclovia da Cândido Espinheira com a ciclovia da alameda Barros.

Com isso, vai garantir a ligação do estádio do Pacaembu a duas estações de metrô, ambas da linha 3-vermelha: Santa Cecília e Marechal Deodoro.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a obra começou em 5 de outubro, com prazo de 90 dias para ser concluída.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Ciclovia em Santos (SP), na Av. Eleonor Roosevelt, já está 85% executada

04/11/2015 - A Tribuna 

Cidade do litoral ganhará 5 novas ciclovias, projetadas tanto a ciclistas quanto para pedestres, que terão calçadas ampliadas nas esquinas e paisagismo

Trecho de ciclovia será junto ao canal
Trecho de ciclovia será junto ao canal
créditos: Raimundo Rosa

A ciclovia da Avenida Eleonor Roosevelt é uma das cinco em fase de implantação na Zona Noroeste, visando interligar, com segurança, os bairros São Jorge, Castelo e Santa Maria. Com 85% da sua pista concluída, ocupa os dois lados do passeio do canal, entre as avenidas Divisória e Frei Francisco Canto, sendo um lado para ida e outro para retorno.

“Atualmente os trabalhos estão concentrados no trecho de duas quadras entre a Av. Divisória e a Rua Domingos José Martins, com a execução da pista em concreto desempenado pigmentado”, informa o engenheiro Silvio Orefice, da Secretaria de Infraestrutura e Edificações (Siedi).

Mobilidade
A ciclovia foi projetada de maneira a privilegiar a mobilidade de pedestres e ciclistas. Em toda a extensão da pista, serão implantados canteiros verdes e paisagismo. Inclui recuperação de alguns pontos de talude danificado do canal, bem como limpeza. E a acessibilidade será garantida nas esquinas com a ampliação do passeio.

Jovino
Será interligada à ciclovia da Eleonor Roosevelt a pista da Avenida Jovino de Melo. As duas obras integram um só contrato, investimento de R$ 5,9 milhões de recursos do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias Balneárias (Dade). A estimativa é que as obras sejam concluídas em até 18 meses.

Ciclovias em implantação:

AV. ELEONOR ROOSEVELT - 780 m
AV. JOVINO DE MELLO - 1.550 m
AV. AFONSO SCHIMIDT - 820 m
RUA APROVADA - 1.200 m
ENTORNO DO JARDIM BOTÂNICO CHICO MENDES - 1.350 m

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Copacabana ganha novos bicicletários

02/11/2015 - O Globo


RIO - Até o fim do mês, a ciclovia de Copacabana será repaginada. A pista, que está sendo recapeada, também será repintada e receberá 200 novos bicicletários em aço inox. As peças, já instaladas em Ipanema e no Leblon, foram criadas pelo designer Guto Indio da Costa.

Morador de Copacabana e integrante de uma equipe de triatlo, o desembargador Marcos Cavalcante, de 53 anos, aprovou o novo modelo:

— É legal. Mas, além disso, precisamos de segurança.

Os novos bicicletários têm seis vagas disponíveis e custam, em média, o dobro do antigo modelo. Segundo a Secretaria municipal de Meio Ambiente, os modelos em inox custam R$ 342, cada. Este ano, foram investidos R$ 373 mil em novas vagas para as magrelas somente na Zona Sul.

Para o presidente da Transporte Ativo, José Lobo, a novidade não tem foco diretamente no ciclista, mas no turista:

— O material é perfeito para a orla do Rio e deve estimular o uso das bicicletas, principalmente entre os turistas. Porém, para o ciclista, o desenho não é o ideal. É difícil de identificar as vagas e de prender a bicicleta.

Para o idealizador do projeto, o subprefeito da Zona Sul Bruno Costa, o objetivo é atender a alta demanda de ciclistas. Dados da ONG Transporte Ativo mostram Copacabana como o local que abrange mais ciclistas da região.

— Temos como meta os 450km de malha cicloviária em toda a cidade até o ano que vem — afirmou o subprefeito.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Bicicletas podem entrar nos trens da CPTM após às 20h30 de 2ª a 6ª

27/10/2015 - Governo do Estado de SP

Os ciclistas que passam pelas estações da CPTM durante a semana, após às 20h30, podem embarcar nos trens com suas bikes. As regras de uso e regulamento estão disponíveis no site da CPTM.

A medida é válida nos finais de semana, desde 2007, a partir das 14h de sábado até o encerramento da operação no domingo, e aos feriados durante todo o dia. São permitidas quatro bicicletas por viagem, embarcadas no último carro de cada trem.

O número de usuários que levam suas bicicletas no sistema, aos finais de semana e feriados, subiu de 15.090 bikes em 2007 para 57.828 em 2014. No primeiro semestre desse ano, já foram 31.663.

Incentivo à prática

A CPTM incentiva o uso de bicicletas, transporte não poluente, que impacta diretamente na redução do tráfego de veículos, melhorando a qualidade de vida.

Além da autorização para o transporte nos trens, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos também disponibiliza 28 bicicletários distribuídos nas estações, somando mais de sete mil vagas gratuitas.

A CPTM também conta com 21,5 quilômetros de ciclovia, margeando o rio Pinheiros e a Linha 9-Esmeralda, com seis pontos de apoio com banheiro, bebedouro e atendimento, localizados ao longo do percurso. O funcionamento é diário, das 5h30 às 18h30, inclusive feriados.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Construtora começa obra de ciclovia na Avenida Pacaembu

22/10/2015 - O Estado de SP

SÃO PAULO - A Avenida Pacaembu, próxima da Praça Charles Miller, na região oeste de São Paulo, entrou em obras nesta semana para receber uma ciclovia ao redor do canteiro central. Os trabalhos estão sendo feitos pela Think Construtora, que foi obrigada a arcar com a instalação das faixas vermelhas, uma de cada lado do canteiro, para que possa inaugurar em maio uma torre de 24 andares na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, também na zona oeste. A previsão de entrega da ciclovia, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), é para daqui a 90 dias.

A ideia de "terceirizar” as ciclovias serve tanto para reduzir os impactos que os veículos vão causar no trânsito da região como uma forma de a Prefeitura atingir sua promessa do plano de metas. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), comprometeu-se a fazer 400 quilômetros de faixas para bicicletas até o fim da sua gestão e, até agora, entregou 260,4 km.

Com aproximadamente 1,2 quilômetro de extensão, a via para bikes na Pacaembu vai da Praça Charles Miller até a Rua Candido Espinheira, interligando-se ao trecho da Rua Itápolis. Segundo a CET, a ciclovia será elevada em relação às faixas para carro e, por isso, outras intervenções serão feitas, como readequação de guias, reforma das sarjetas, troca das bocas de lobo e nova sinalização.

Zona sul. A decisão sobre o caso da Think Construtora foi publicada em 11 de setembro no Diário Oficial da Cidade. Nesta quarta-feira, 21, a Prefeitura voltou a determinar a transferência da construção de ciclovias para a iniciativa privada, agora para o Clube de Campo São Paulo, na Cidade Dutra, zona sul. O clube deverá fazer 2,5 km de faixas para bicicletas como compensação aos impactos no trânsito. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, a infraestrutura deve estar pronta em 240 dias.

A agremiação está localizada no reduto eleitoral do secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto (PT), área conhecida como "Tattolândia” entre os moradores da região e vereadores paulistanos. A pista para bikes vai ligar a Avenida Senador Teotônio Vilela, um dos viários mais importantes da região, e a Rua Frederico René de Jaegher.

Além das faixas para bicicletas, o clube também será responsável pela instalação de uma rede semafórica. De acordo com O Diário Oficial, nove equipamentos das Avenidas Atlântica e Senador Teotônio Vilela serão substituídos por modelos novos. Os projetos da ciclovia e da sinalização serão fornecidos pela Companhia de Engenharia de Tráfego.

Kassab. A exigência da construção de obras viárias como contrapartida não é inédita e começou na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD). Para legalizar o Shopping JK, em Cidade Jardim, na zona sul, por exemplo, a construtora WTorre foi obrigada a construir um viaduto interligando a Avenida Juscelino Kubitschek às pistas da Marginal do Pinheiros, na zona sul. Já durante o governo Haddad a construtora entregou uma ciclopassarela entre o Parque do Povo e a ciclovia paralela à Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), também na zona sul.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Transporte de bicicletas no metrô será liberado diariamente

05/01/2015 - CBN Recife 

O transporte de bicicletas no metrô do Recife diariamente será liberado, a partir das 20h30. No entanto, a medida ainda não tem data certa pata entrar em vigor. O transporte das bicicletas já ocorre nos sábados e domingos a partir da uma da tarde. Segundo a assessoria de comunicação da CBTU/Metrorec, será necessário um prazo de 30 ou 40 dias para que sejam criados padrões para garantir a segurança dos usuários.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Prefeitura apresenta proposta para criar 60 km de ciclovia em Vitória

01/10/2015 - Tribuna Online

Documento foi apresentado durante o segundo dia do seminário que discute o Plano Diretor Urbano do município

Ana Célia Alvim 

Ciclovias na mira da prefeitura de Vitória
Ciclovias na mira da prefeitura de Vitória
créditos: Reprodução/A Tribuna

A Prefeitura de Vitória apresentou uma proposta para a criação de novas ciclovias na capital. A proposta foi discutida nesta terça-feira, 29, durante o segundo dia do seminário que discute o Plano Diretor Urbano (PDU). As ciclovias contariam com mais 60 quilômetros e, segundo o engenheiro Leonardo Schultz, há projetos para atingir até 90 km de ciclovias na cidade. Schultz, que trabalha para a prefeitura, destaca que hoje existe a possibilidade do trajeto entre Jardim Camburi e Santo  Antônio  ser realizado em ciclovias e calçadas compartilhadas.

“Foram feitas intervenções importantes, como no Porto de Vitória, na avenida Saturnino de Brito e Ponte de Camburi. Isso faz com que se reduzam os acidentes graves e mortes de ciclistas”, disse. De acordo com o engenheiro, 42% dos deslocamentos na capital são feitos com veículos motorizados, sendo carros, motos  ou outros, 33% são realizados por transporte público e 24% são realizados por veículos não motorizados, como bicicletas e a pé.

A proposta para o PDU prioriza a circulação de pessoas por calçadas e ciclovias. Também foram apresentadas sugestões para o aumento e melhoria de calçadas, instalação de mais ciclovias e mais comércios nos bairros. O segundo dia de seminário do PDU também tratou da proposta de criação de uma taxa para limitar o tamanho de áreas construídas e a utilização mista dos bairros, com instalação de comércios e serviços.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Rio: trens passam a aceitar bicicletas aos sábados

24/09/2015 - Jornal do Brasil

A partir do dia 26, ciclistas poderão ingressar no sistema com bicicletas durante todo o dia

A Secretaria de Estado de Transportes (Setrans), com a SuperVia, informa que a partir de sábado, dia 26, ciclistas poderão ingressar no sistema ferroviário com bicicletas aos sábados. A medida, em caráter experimental, visa incentivar o uso da bicicleta e sua integração com os modais de alta capacidade.

Os trens já recebem ciclistas aos domingos e feriados, o dia todo, e em dias úteis a partir das 21h. Com a medida, o sistema de trens passam a receber os ciclistas nos mesmos moldes do que é feito no metrô, que já recebe as bicicletas aos sábados, domingos e feriados. Já as barcas transportam ciclistas todos os dias, em todos os horários. 

“Esse é mais um passo rumo ao objetivo de integrar os meios de transporte de alta capacidade às bicicletas. Estamos atendendo um pedido dos usuários e colaborando para ter mais sustentabilidade nos transportes da Região Metropolitana”, disse o secretário de Estado de Transportes, Carlos Roberto Osorio.

Outra iniciativa da concessionária SuperVia que contribui para incentivar o uso da integração trem + bicicleta é a oferta de bicicletários gratuitos nas estações Japeri, Engenheiro Pedreira, Santa Cruz, Realengo, Bangu e Saracuruna. Eles oferecem um total de 4 mil vagas e contam, ainda, com oficina para pequenos reparos, bombas de ar para calibragem de pneus e bebedouros. As vagas podem ser usadas de segunda a sexta-feira, das 4h às 0h, e aos sábados, das 4h às 23h.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Primeira ciclovia de Boa Vista começa a ser construída a partir da Zona Oeste

21/09/2015 - G1

Obras começaram na rua Carmelo e devem durar 45 dias, diz secretário. Ao todo, serão construídos 50 quilômetros de ciclovias em toda a cidade

Obras da primeira ciclovia de Boa Vista
Obras da primeira ciclovia de Boa Vista
créditos: Divulgação PMBV

A primeira ciclovia de Boa Vista começou a ser construída na rua Carmelo, bairro Pintolândia, e está prevista para ser concluída em 45 dias. A via exclusiva vai ligar a zona Oeste à Leste da cidade. De acordo com o secretário adjunto de Obras e Urbanismo, Antônio Carvalho, a previsão da obra de mobilidade completa é de um ano e meio. Ao todo, serão construídos 50 quilômetros de ciclovias.

Ter um espaço exclusivo pra trafegar com segurança sem ter que disputar com os carros é o sonho de muita gente que usa a bicicleta como meio de transporte ou para a prática de exercícios. Ciclistas que costumam passar pelo local estão animados com a novidade. "Vai melhorar e muito com a ciclovia. Às vezes, precisamos atravessar a rua e é complicado, ainda mais quando chove, pois fica com muita lama", diz a dona de casa Gracilene da Silva. O agricultor Manoel Pereira também comemora o início das obras. "Vai melhorar 100% para o ciclista, para o motorista. Esse trecho é muito 'apertado' para andar de bicicleta", analisa.

O secretário adjunto de Obras e Urbanismo diz que com a via exclusiva os usuários estarão mais seguros. "O objetivo é dar mais segurança para os ciclistas, já que vão ser ciclovias totalmente separadas do asfalto, onde existe o trânsito de veículos. Além disso, vão ser feitas calçadas com acessibilidade em todo o trecho da rua Carmelo, o que dará também mais proteção aos pedestres", ressalta.

Após a conclusão total dos serviços, a ciclovia vai compreender o Conjunto Cidadão, na rua N-25, passando pela rua Izídio Galdino, no Senador Hélio Campos, até encontrar a rua Carmelo, no trecho do Jardim Tropical, seguindo por vários outros bairros até a avenida Ville Roy. As ordens de serviço para o início das obras do Plano de Mobilidade Urbana foram assinadas pela Prefeitura de Boa Vista em julho deste ano, quase dois anos após o anúncio do projeto orçado em R$ 60 milhões e que prevê, além da construção de ciclovias, calçadas, pontes, abrigos de ônibus e reforma de um mini-terminal até dezembro de 2017.

domingo, 13 de setembro de 2015

Empresa terá de pagar ciclovias em troca de torre

13/09/2015 - O Estado de SP

Para que a Construtora Think possa entregar uma torre de 24 andares na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, a empresa terá que implementar ciclovias na Avenida Pacaembu e na Rua da Consolação.

A inauguração do empreendimento está marcada para maio de 2015. O prédio terá 470 apartamentos e até duas vagas para carro por unidade. A medida serve tanto para reduzir os impactos que os veículos irão causar no trânsito da região como também uma forma de a Prefeitura atingir a promessa do plano de metas. A gestão Fernando Haddad (PT) promete fazer 400 quilômetros de faixas para bike até o fim da gestão e até agora fez 260,2. A medida foi publicada na edição de anteontem do Diário Oficial da Cidade.

A medida de passar para o setor privado projetos que são de responsabilidade do poder público não é inédita. Durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), a construtora WTorre foi obrigada a cumprir contrapartidas para tornar legal o Shopping JK, na região da Cidade Jardim. A empresa construiu um viaduto interligando a Avenida Juscelino Kubitschek às pistas expressas da Marginal do Pinheiros. Em 2014 a construtora finalizou uma ciclopassarela entre o Parque do Povo e a ciclovia paralela à CPTM.

domingo, 23 de agosto de 2015

‘Conexão’ para ciclovias é inaugurada hoje em SP

23/08/2015 08:42

23/08/2015 - O Estado de SP

A Prefeitura inaugura hoje um trecho de 750 metros de ciclovia na Avenida Bernardino de Campos, extensão da pista da Avenida Paulista. Ele é considerado por ciclistas, cicloativistas e pela própria administração municipal como um "ponto de conexão" para 21,5 quilômetros de faixas para bikes da capital que convergem para a região.

Localizada entre a Praça Oswaldo Cruz e o Viaduto Santa Generosa, no Paraíso, a pista possibilita o acesso para as ciclovias da Rua Vergueiro e das Avenidas Liberdade, Paulista e Jabaquara e outras vias menores que também têm a estrutura. Agora, é possível sair pedalando de bairros mais afastados da zona sul, chegar ao centro de São Paulo ou ir de bike até o Estádio do Pacaembu, na zona oeste da capital.

"É uma conexão importante, grande. O ciclista já consegue sair do Jabaquara e ir para várias regiões. É um entroncamento importante que vai aumentar muito a circulação de bicicletas na região", explicou o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.

Com os novos 750 metros, a Prefeitura atinge a marca de 356,8 quilômetros de vias segregadas para bicicletas. A gestão Fernando Haddad (PT) entregou 260,2 km - promete 400 km até o fim do mandato.

Para Tatto, a inauguração é um passo fundamental para a estrutura cicloviária da cidade, uma vez que, com o novo trecho, as outras intervenções para o modal inauguradas anteriormente começam a fazer "mais sentido" nos deslocamentos. "É uma ideia de rede e conexões que é bem importante", disse.

O entregador John Amorin, de 28 anos, faz serviços de bike courrier em bairros no entorno das ciclovias da Bernardino de Campos e da Paulista. Morador da Santa Cruz, na zona sul, ele se sente mais seguro em poder fazer seus trajetos usando faixas exclusivas. "Sem essa nova ciclovia, eu era obrigado a entrar nas pistas para carro até acessar a Paulista. É perigoso."

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Após ciclovia, triplica o total de ciclistas na Av. Paulista

07/07/2015 - Movimento Conviva

A principal metrópole do Brasil está a cada dia mais amigável e mais próxima de ter 400 km de ciclovias


"Crie a estrutura que os ciclistas vêm"
créditos: Reprodução/Movimento Conviva
 
Logo na semana seguinte à inauguração da ciclovia da Av. Paulista, o número de ciclistas na via cresceu 278%, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo.
 
O número, praticamente o triplo se comparado com a semana anterior, quando não havia estrutura segmentada para os ciclistas pedalarem, mostra o que acontece em cidades pelo mundo: crie a estrutura que os ciclistas vêm.
 
Segundo a CET, em 9 de setembro de 2014, quando foi feita uma primeira contagem de ciclistas, a soma foi de 254 pessoas sobre duas rodas. No dia 30 de junho, logo após a inauguração da ciclovia, o número subiu para 963.
 
A principal metrópole do Brasil está a cada dia mais amigável e mais próxima de ter 400 km de ciclovias para chamar de seus. Assim seguimos, convivendo em paz.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Paulista será fechada dia 23 para inauguração de trecho de ciclovia

30/07/2015 - O Estado de SP

SÃO PAULO - A Prefeitura estuda fechar a Avenida Paulista para veículos pela segunda vez no ano. A data prevista pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) é o dia 23 de agosto, quando 800 metros de ciclovia serão inaugurados na Avenida Bernardino de Campos. A faixa é uma extensão da pista entregue ao público no dia 28 de junho, quando a Paulista foi fechada para carros pela primeira vez.

Nesta quarta-feira, 29, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que o novo fechamento da Paulista será discutido com entidades da região, mas ele já avalia a medida como sendo viável para definir um agenda definitiva de fechamento da via aos domingos. "Seria bom que houvesse mais um teste antes de uma decisão final, até para dar tempo de conversar com os atores da região que dependem do acesso (à avenida) aos domingos, como clubes e hospitais", diz Haddad.

O trecho em obras, na região da Estação Paraíso do Metrô, já está sendo usado por alguns ciclistas. Apesar das faixas vermelhas, ainda é preciso instalar os gradis, a rede semafórica para bikes e finalizar os recuos para pedestres semelhantes aos que existem na ciclovia da Paulista.

Quando pronta, a ciclovia da Paulista, que compreende também os 800 metros da Avenida Bernardino de Campos, terá um total de 4 quilômetros de extensão. A faixa será interligada com as pistas para bicicleta da Rua Vergueiro, da Avenida Liberdade e da Rua Domingos de Morais, na Vila Mariana.

Para os ciclistas que circulam pela região, o novo trecho servirá como uma espécie de baldeação da rede cicloviária de São Paulo, já que possibilita interligação com as outras vias que têm ciclovias. "Quanto mais interligações com outros lugares que já têm as faixas, melhor. A cidade fica mais acessível e segura para nós", diz a publicitária Karla Costa, de 36 anos. Ela mora na região da Vila Mariana e trabalha nos Jardins.

Com o novo trecho, Karla não precisará mais pedalar entre os carros. As pedaladas entre a casa e o trabalho levam cerca de 30 minutos. "De carro, pela manhã, eu chegava a ficar 40 minutos no trânsito", afirma.

A partir do ponto que será inaugurado no dia 23 de agosto, os ciclistas poderão descer a Rua Vergueiro, entrar na Avenida Liberdade e chegar à Praça da Sé, na região central, apenas por faixas segregadas. Ou, então, poderão seguir reto, pegar a Avenida Paulista e chegar ao Pacaembu, na zona oeste.

Corredor. Para o cicloativista Daniel Guth, diretor da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), a entrega dos 800 metros vai concluir uma espécie de "corredor" para bikes. "(A ciclovia da Bernardino de Campos) segue o mesmo percurso da Avenida Paulista, com o mesmo desenho. Os ciclistas poderão sair da região (do Metrô) Conceição e ir para a o centro", afirma o cicloativista.

Para Guth, o fechamento da avenida para carros no dia 28 de junho, que possibilitou a ocupação de pedestres e bikers, "acabou com as discussões" sobre a interdição definitiva da via. "Já se mostrou que não há problemas para os hospitais. E se uma ambulância precisar passar entre pedestres e ciclistas, ela vai trafegar com mais facilidade do que no horário de pico", diz. Guth e outros cicloativistas esperam que a política oficial de fechamento da Paulista seja definida ainda em 2015.

Debate. O presidente da Associação Paulista Viva, Antonio Carlos Franchini, disse que a entidade e os associados ainda não foram procurados para discutir o fechamento em 23 de agosto. Para ele, no entanto, o bloqueio para carros da via é viável. "É importante conversar com todos os envolvidos para que eventuais transtornos sejam evitados", afirmou.

Segundo Franchini, quando houve o primeiro fechamento da Paulista para a inauguração da ciclovia, o Club Homs teve de cancelar atividades e estacionamentos da região, que, segundo o presidente, não tinham sido avisados, fecharam no dia.

Sob o Minhocão. No próximo dia 9, a Prefeitura vai inaugurar a ciclovia sob o Minhocão, entre as Avenidas São João e Amaral Gurgel, na região central de São Paulo.

Apesar de ainda passar por intervenções e ajustes, a pista de 3,5 quilômetros já é usada por ciclistas. No futuro, ela será interligada com a ciclovia da Rua da Consolação, ainda sem data para começar a ser construída.

Para fazer as faixas vermelhas no canteiro central das avenidas sob o Minhocão, a administração municipal retirou 78 moradores de rua que viviam na área. Eles foram transferidos para abrigos, albergues e outros programas sociais desenvolvidos pela Prefeitura.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Com 5,45 quilômetros de extensão, nova ciclovia vai ligar o Pontal, no Recreio, a Vargem Pequena

Obras iniciadas esta semana devem ser concluídas dentro de um ano. Pista fará parte do sistema batizado de Corredor Verde

POR SELMA SCHMIDT

29/07/2015 - O Globo


Perspectiva de como ficará a nova ciclovia, num trecho de calçada que será requalificada - Prefeitura do Rio / Divulgação

RIO — Prática comum na região, pedalar do Recreio dos Bandeirantes até Vargem Grande ou Vargem Pequena, e vice-versa, vai se tornar uma atividade mais segura para ciclistas, que não precisarão disputar espaço com carros, caminhões e ônibus durante o trajeto. Esta semana, a Secretaria municipal de Meio Ambiente deu a largada nas obras de construção de uma ciclovia que terá 5,45 quilômetros de extensão e deverá ficar pronta em um ano. Segundo o secretário Carlos Alberto Muniz, a futura pista fará parte do sistema cicloviário batizado de Corredor Verde.

— Estamos implantando esse corredor, que tem como objetivo interligar unidades de conservação municipais como Prainha, Grumari, Reserva de Marapendi e Parque Chico Mendes. O ciclista poderá ir, com segurança, até os equipamentos olímpicos, na Barra da Tijuca — explica Muniz.

INTEGRAÇÃO COM ESTAÇÃO DO BRT

O traçado da nova ciclovia na Zona Oeste começa na Estrada do Pontal, próximo à ponte sobre o Canal do Rio Morto, que leva à Praia do Pontal, e segue o caminho do Canal do Rio Morto. Na altura do Recreio Shopping, passa sob a Avenida das Américas, em direção à Estrada dos Bandeirantes.

Quem quiser, poderá deixar sua "magrela" num bicicletário e embarcar num ônibus do BRT. Para isso, terá de sair da ciclovia e pedalar 200 metros até uma estação no Recreio Shopping.

O projeto, que terá investimento de R$ 5,3 milhões, prevê intervenções de urbanização e requalificação da região. Serão feitas obras de terraplanagem e drenagem, além de plantio de árvores e redesenho de calçadas e meio-fio. Os recursos para as intervenções não sairão dos cofres públicos. As obras serão custeadas por empresas, por meio de medidas de compensação ambiental.

Atualmente, o Rio conta com 380 quilômetros de ciclovias. Uma rede que, de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, é a maior da América Latina. Muniz garante que, até o fim de 2016, a cidade chegará a pelo menos 450 quilômetros de ciclovias, ciclofaixas e faixas compartilhadas:

— Lembra da música "Do Leme ao Pontal", cantada por Tim Maia? No ano que vem, o ciclista vai poder sair da Praça Mauá (Porto Maravilha) e pedalar até lá, sem sair de uma pista exclusiva.

Hoje, 80 quilômetros de pistas para bicicletas, exclusivas ou compartilhadas, estão sendo instalados, incluindo a ciclovia que vai do Pontal à Estrada dos Bandeirantes.

Somente na Zona Portuária, são 17 quilômetros de vias para bicicletas em fase de execução. No interior das favelas que compõem o Complexo da Maré, o plano de mobilidade em implantação contempla 22,30 quilômetros de ciclofaixas e faixas compartilhadas em pistas e calçadas.

Também em implantação, a rota cicloviária que passa por Laranjeiras, Cosme Velho, Flamengo e Botafogo terá 10,40 quilômetros de extensão. Ainda estão em andamento a pista para que vai Parque Madureira à Avenida Brasil, na altura de Guadalupe (3,5 quilômetros) e a que margeia a Avenida Niemeyer, do Leblon a São Conrado (3,72 quilômetros).



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/com-545-quilometros-de-extensao-nova-ciclovia-vai-ligar-pontal-no-recreio-vargem-pequena-16998970#ixzz3hJ42mNgM 
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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Em Parnaíba (PI), moradores aderem a nova ciclovia

Parnaibanos já utilizam ciclovia de 5 km antes mesmo da inauguração

17/07/2015 - Portal Costa Norte

Tiago Mende

Parnaibanos aderem à ciclovia da São Sebastião
Parnaibanos aderem à ciclovia da São Sebastião
créditos: Portal Costa Norte
No município de Parnaíba, ao norte do estado do Piauí, uma ciclovia ainda em construção já começa a ganhar a adesão e confiança de seu público-alvo. Os ciclistas que pedalam pelo trecho da Avenida São Sebastião, após o Mirante, no sentido bairro João XXIII, já adotaram o espaço para passeio, transporte e prática de esporte.
Com 5 km de extensão nos dois sentidos, a obra deve ser concluída até o mês de agosto, quando os 10 mil tachões de sinalização já terão sido fixados na pista, permitindo uma melhor sinalização para os motoristas de veículos automotores. De acordo com Vilker Aragão, secretário de Transporte, Trânsito e Articulação com as Forças de Segurança, da Prefeitura, o espaço vai permitir uma organização de trânsito mais eficaz. "O ciclista conta com o espaço que é exclusivo dele", disse Vilker.
Para a maioria dos ciclistas consultados pela reportagem deste Portal, e que já utilizam a ciclovia em seus percursos, fica claro a cada dia que o lado esquerdo é o mais seguro: "Antes eu pensava que não seria o lado correto, mas hoje vejo os riscos que teríamos se fosse executada do lado direito", disse o estudante Mateus de Oliveira.
Os critérios de segurança da ciclovia de Parnaíba foram adotados segundo os padrões de modelos já existentes no país. Além disso, campanhas educativas e de incentivo ao uso do espaço estão sendo intensificadas pela Guarda Civil Municipal. As primeiras recomendações são direcionadas aos pedestres que utilizam o espaço para a prática de caminhadas. "O espaço da ciclovia é exclusivo para ciclistas", pontuou Vilker.

sábado, 11 de julho de 2015

Senado estimula os servidores da Casa a irem para o trabalho de bike

11/07/2015 - O Tempo - BH


O Senado estimula os servidores da Casa a irem para o trabalho de bike. O ponto de encontro é a praça do Museu da República para que o grupo siga em direção ao Congresso Nacional.

No mês passado foi aprovada resolução que cria o espaço do ciclista – local a ser operacionalizado que deverá contar com banheiros, chuveiros, armários e bicicletário seguro para os servidores poderem ir trabalhar de bicicleta.

R$ 21,3 mil ... É O VALOR que a Secretaria de Administração da Presidência da República empenhou para a compra de equipamentos de atividade física, incluindo bicicletas

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Ciclovia na Paulista é inaugurada

29/06/2015 

O Estado de SP / Folha de SP / Diário do Nordeste

Leia: Prefeitura abre ciclovia da Paulista hoje e testa veto a carros aos domingos - O Estado de SP

SÃO PAULO - Sob vaias de antipetistas e aplausos de ciclistas, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), inaugurou neste domingo, 28, a ciclovia da Avenida Paulista, na região central da cidade. A via, com 2,7 quilômetros de extensão em cada sentido, atraiu milhares de pessoas. A Paulista ficou fechada para carros das 10h às 17h10 e foi tomada não só por ciclistas, mas também por skatistas, famílias, idosos, músicos, food trucks e food bikes.

Haddad percorreu a via de bicicleta do Hospital Santa Catarina até a Praça do Ciclista, na Consolação, e foi alvo de manifestantes em diferentes pontos da avenida. Os protestos focaram nos desdobramentos da Operação Lava Jato e em críticas ao PT. Durante a cerimônia de inauguração, o prefeito deu entrevista sob vaias e gritos de um grupo que estava no pátio interno do Hospital Santa Catarina. As pessoas gritavam "petrolão!", "Sérgio Moro está chegando", "ciclovia para as pedaladas de Dilma" e "bandido".

Questionado, Haddad atribuiu as manifestações a opositores "infiltrados" no evento. "Sabiam que eu estaria aqui e tem certa 'infiltraçãozinha'. Mas temos de respeitar, porque é uma manifestação democrática."

O advogado Henrique Vilela de Souza, de 39 anos, foi um dos que gritaram contra o prefeito. Ele afirmou que passava pelo local "por acaso" e negou ser infiltrado ou filiado a partido político. O secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, comentou a situação: "Acho que os doentes estavam do lado de fora, não acham?".

MBL. Um grupo de 15 pessoas do Movimento Brasil Livre (MBL) foi até a Paulista para protestar contra as "pedaladas fiscais" da presidente Dilma Rousseff. Em 13 bicicletas, os manifestantes planejavam fazer um passeio pela ciclovia, mas teriam sido impedidos por ciclistas.

"Começamos a abrir nossas faixas e íamos pedalar, mas ficamos ilhados. Logo fomos hostilizados, e a Polícia Militar teve de fazer a nossa segurança. Pediram que nos retirassem", contou o estudante de Direito e líder do MBL-SP, Caíque Mafra, de 21 anos. Na confusão, o jovem disse ter sido agredido com um tapa na cara.

Haddad convocou todos os partidos a integrarem o apoio às ciclovias. "Isso aqui não é uma política partidária, não é uma política de governo, é uma política que deveria ser abraçada por todos os partidos e por todos os governos", afirmou. Manifestantes ainda pediam ciclovias na periferia.

Durante a madrugada, antes da inauguração, tinta azul foi jogada em um trecho da ciclovia, entre o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mas foi retirada após limpeza da Prefeitura com auxílio de caminhão-pipa. O secretário Tatto ironizou o ato. "Deviam estar comemorando (a abertura da ciclovia)."

Elogios. A estrutura da ciclovia e o fechamento da Paulista foram elogiados por ciclistas. "Acho que foi bem planejada, tem segurança. E foi legal também ver a ocupação da cidade. Quando eu olhava a multidão, parecia um sonho, uma alucinação", disse o técnico de som Gustavo Zysman, de 30 anos.

Cicloativista, o analista de sistemas Diogo Pedrosa, de 34 anos, diz ter ficado emocionado. "No caminho vi várias pessoas trazendo bicicletas nos carros, muita gente prestigiando."

Moradores do cruzamento da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, o advogado Fábio Maia, de 40 anos, e a gerente administrativa Anne Santos, de 37, caminhavam no fim da manhã com a filha e quatro cachorros. O casal manifestou apoio ao projeto da Prefeitura de fechar a Paulista aos domingos. "Achamos sensacional. Aos poucos, o hábito vai pegar. É bacana essa ideia de compartilhar espaços", afirmou Maia.

Nem a PM nem a CET informaram quantas pessoas foram ao local neste domingo. Por volta das 12h50, um homem foi preso por policiais militares por furtar uma bicicleta próximo da Avenida Brigadeiro Luís Antonio.

Folha de SP

Após teste com ciclovia, ideia de fechar a Paulista aos domingos ganha força

Milhares de pessoas ocuparam a avenida Paulista, interditada neste domingo (28), para a inauguração da ciclovia. Após um dia sem incidentes graves ou grandes congestionamentos, ganhou força na gestão Fernando Haddad (PT) a ideia de vetar os carros na via todos os domingos.

Na avaliação da prefeitura, a experiência foi positiva. Técnicos da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) devem apresentar relatório com o impacto no trânsito ainda nesta semana. Com isso, a equipe de Haddad vai avaliar se será necessário realizar mais testes antes de tomar uma decisão definitiva.

"Seria bom fazer da Paulista aos domingos um grande parque, onde as pessoas pudessem passear com segurança", afirmou o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto. Ele disse, ainda, que não haveria dificuldades em fazer as alterações viárias necessárias para o fechamento uma vez por semana.

"A CET consegue montar uma operação especial para os acessos aos hospitais", disse. "Para os moradores daqui a gente consegue fornecer uma autorização especial [de circulação], como a gente faz no autódromo de Interlagos em dia de Fórmula 1."

A ciclovia tem 2,7 quilômetros de extensão, entre a praça Oswaldo Cruz e a avenida Angélica. Com ela, a cidade passou a ter 334,9 km de malha cicloviária.

O prefeito, morador do Paraíso, foi à inauguração de bicicleta. Durante a coletiva de imprensa, chegou a ser vaiado por um grupo anti-PT, mas na sequência foi aplaudido pelos ciclistas que lotavam a Paulista.

SOBRE RODAS

O público comemorou a conquista do espaço na avenida mais importante da capital, que já foi cenário de diversos acidentes com ciclistas.

Por volta das 7h, cicloativistas homenagearam duas "bikers" mortas na via: Márcia Andrade Prado e Juliana Dias. Duas bicicletas que ficam amarradas a gradis -marcos das mortes de ambas-, receberam novas mãos de tinta branca e foram enfeitadas com flores.

Entre os presentes estava Roberta Ferrari Andrade, 48, prima de Márcia Prado. "O que a Márcia queria, humanizar São Paulo, começa a acontecer um pouco agora, com essa ciclovia", disse Roberta, que veio do Rio de Janeiro para a cerimônia.

Mas nem só de ciclistas se fez o domingo na Paulista. Cantores, Testemunhas de Jeová, hippies e famílias inteiras tomaram as calçadas.

Nessa "praia de paulista" também teve espaço para piqueniques. Sentada em cima de uma toalha xadrez, a professora de educação física Diná Ramos, 40, aproveitava o sol tomando chá. Apesar da escassez de comidas em sua cesta, esperava confiante. "Convidei um monte de gente. Ainda é cedo, eles vão aparecer", disse. Uma hora depois, os convivas chegaram.

A PM e a prefeitura não deram estimativa de público.

LADRÕES

A única ocorrência policial registrada foi a prisão em flagrante de dois homens, em frente ao clube Homs, por volta das 13h. Segundo a Polícia Militar, a dupla furtou quatro bicicletas, que não haviam sido recuperadas até o início da noite deste domingo.

Eles foram presos com alicates para cortar cadeados e levados ao 78º DP (Jardins).

Diário do Nordeste

Ciclovia na Avenida Paulista: Inauguração atrai ciclistas e protesto

Milhares de pessoas percorreram os 4 km destinados às bicicletas, e manifestações contra o PT marcaram o evento

São Paulo. A inauguração da ciclovia na Avenida Paulista, região central de São Paulo, atraiu ontem milhares de ciclistas. Segundo a Polícia Militar, às 10 horas da manhã havia mais de 2 mil pessoas com bikes na área. A via segregada para bicicletas tem cerca de quatro quilômetros de extensão e registra intenso movimento no seu primeiro dia de funcionamento oficial.

O início do tráfego na ciclovia, no entanto, também ocorreu sob protestos de diferentes grupos. Durante a madrugada, tinta azul foi jogada em um trecho da via próximo ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mas foi retirada após limpeza da Prefeitura. Outros movimentos estenderam faixa de "Fora PT".

Uma garrafa pet ainda com tinta foi encontrada no local, nas imediações do parque Trianon, na Avenida Paulista. A polícia não identificou os autores do ato de vandalismo. Aparentemente, a tinta usada foi a guache, comumente utilizada em trabalhos escolares. A mancha azul se estendeu por cerca de 300 metros, entre o Masp e a rua Pamplona.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi alvo de manifestantes em diferentes pontos da avenida. Os protestos focaram principalmente nos desdobramentos da Lava- Jato e em críticas ao Partido dos Trabalhadores. Em frente ao Hospital Santa Catarina, na Avenida Paulista, de onde saiu a comitiva do prefeito para percorrer a ciclovia, pessoas gritavam "petrolão!", "Sérgio Moro está chegando", "Ciclovia para as pedaladas de Dilma" e "bandido".

Questionado sobre a reação, Haddad atribuiu as manifestações a "infiltrados", que teriam se preparado para protestar no evento. O advogado Henrique Vilela de Souza, de 39 anos, foi um dos que gritaram do lado de dentro do hospital, a poucos metros do prefeito. Ele afirmou que não estava acompanhando paciente, apenas passava pelo local. Souza negou ser infiltrado. O advogado afirmou que não é de São Paulo e que não tem opinião formada sobre a ciclovia.

Qualidade

Fernando Haddad exaltou a ciclovia como "símbolo de qualidade de vida" e disse que esta é uma política que "deveria ser abraçada por todos os partidos". Diversos ciclistas que se dirigiram à Avenida Paulista carregavam balões brancos.

No período da manhã, Haddad percorreu a ciclovia acompanhado pela primeira-dama, Ana Estela Haddad, e pelo secretários Jilmar Tatto (Transportes), Gabriel Chalita (Educação) e Eduardo Suplicy (Direitos Humanos). No final do trajeto, na Praça do Ciclista, que fica próximo à Rua da Consolação, o prefeito parou para descansar e tomar água de coco.

Haddad comemorou o início das atividades na ciclovia. "Acho importante também pelo simbolismo. O principal cartão postal da América Latina agora tem uma área que é a malha cicloviária", disse. Ele ainda convocou todos os partidos a integrarem o apoio às ciclovias. "Isso aqui não é uma política partidária, não é uma política de governo, é uma política que deveria ser abraçada por todos os partidos e por todos os governos, para que pedestres e ciclistas tenham seu espaço garantido além do transporte público", acrescentou o prefeito.

Um simulador virtual lançado na semana passada, no Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), estima o impacto de mudanças no uso de diferentes meio de transporte nas maiores cidades do país.

 

A mudança de meio de transporte traria diversos benefícios, como a redução de 25% na emissão de poluentes locais, como monóxido de carbono.

domingo, 28 de junho de 2015

Ciclovia da Avenida Paulista é inaugurada neste domingo

28/06/2015 11h12 - Atualizado em 28/06/2015 17h41

Ciclovia da Avenida Paulista é inaugurada neste domingo

Pista exclusiva, que fica no canteiro central, foi oficialmente aberta.
Via foi totalmente interditada para o tráfego de veículos por volta das 10h.

Vivian ReisDo G1 São Paulo
A ciclovia da Avenida Paulista foi inaugurada na manhã deste domingo (28) com festa dos ciclistas, protesto contra o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e tinta azul jogada na pista exclusiva de bicicletas. Por volta das 10h, a Paulista foi interditada ao trânsito nos dois sentidos e só foi liberada às 17h15, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Veja as fotos da inauguração da ciclovia da Avenida Paulista

O prefeito disse, durante a cerimônia de inauguração, que a ciclovia é um "símbolo de qualidade de vida". Ele justificou o fechamento da Avenida Paulista para o evento dizendo que o espaço "é público". Ao ser questionado sobre fechamento na Paulista todos os domingos, o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, respondeu que isso ainda está em estudo. “A intenção da ciclovia é abrir a Avenida Paulista para todo mundo, não só para carros, mas também para pedestres e veículos não motorizados”, falou o secretário.
Henrique Sousa participou de protesto na Avenida Paulista (Foto: Vivian Reis/G1)Henrique Sousa participou de protesto na Avenida
Paulista neste domingo (Foto: Vivian Reis/G1)
Durante a coletiva, o prefeito enfrentou protestos de pessoas contrárias ao PT, que gritavam frases contra ele e a presidente Dilma Rousseff. Simpatizantes do prefeito o defenderam gritando contra o grupo.
Uma das pessoas que protestou foi Henrique Sousa, de 39 anos. "Eles não conseguem enxergar que, naturalmente, as turmas estão contra. Não é uma coisa orquestrada. Especificamente contra ciclovia não tenho uma opinião formada porque não sou daqui. Contra o PT é óbvio, a popularidade da Dilma está em menos de 10%", afirmou.
Avenida Paulista cheia de ciclistas neste domingo para abertura da ciclovia (Foto: Caio Kenji/G1)Avenida Paulista cheia de ciclistas neste domingo para abertura da ciclovia (Foto: Caio Kenji/G1)
Tinta azul
Um pouco antes da inauguração, por volta das 9h, ciclistas já pedalavam na ciclovia. Grupos chegavam à avenida para acompanhar a abertura e algumas pessoas carregavam balões brancos. Bicicletas foram colocadas em alguns pontos da via para lembrar os ciclistas mortos.
No mesmo horário, funcionários da Prefeitura limpavam um trecho da pista, na altura do prédio da Fiesp, porque tinta azul foi jogada na ciclovia. Não havia informações sobre o responsável pelo ato de vandalismo. 

O secretário municipal de Educação, Gabriel Chalita, foi até a Avenida Paulista para a inauguração. Ele acredita que a ciclovia é uma iniciativa que demora até as pessoas se acostumarem, até por isso há muitas críticas. “A juventude olha com bons olhos essas novidades e quer se apropriar dos espaços da cidade. Os jovens nem querem ter carro.”
O ex-senador Eduardo Suplicy, secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, pedalou na nova ciclovia na manhã deste domingo.

O advogado Roberto Valtorta diz que pensa em utilizar a ciclovia para ir trabalhar todos os dias. “Caminho quatro quilômetros por dia até o trabalho para evitar o trânsito e penso em pedalar agora para chegar mais rápido. Não acho que o trânsito vá melhorar com a ciclovia, mas deixa a cidade mais bonita”, disse. Ele conta que mora perto e costuma andar de bicicleta na região.
Garrafa com tinta azul jogada na ciclovia da Avenida Paulista no dia da inauguração (Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo)Garrafa com tinta azul jogada na ciclovia da Avenida Paulista (Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo)
Com 2,7 km de extensão e construída no canteiro central, a pista exclusiva está entre a Praça Oswaldo Cruz e a Avenida Angélica. A ciclovia tem quatro metros de largura e fica a uma altura de 18 cm em relação às faixas de rolamento ao seu lado.

Devido ao alargamento do canteiro central, as faixas das duas pistas, tanto no sentido Consolação quanto no sentido Brigadeiro, precisaram ser reajustadas e diminuíram a largura de 3 metros para 2,8 metros. Já a faixa de ônibus, à direita da pista, perdeu 20 centímetros, passando de 3,5 metros para 3,3 metros.
A obra, que durou quase cerca de seis meses, custou R$ 12,2 milhões aos cofres públicos, no trecho entre as avenidas Paulista e Bernardino de Campos, incluindo a instalação de dutos para a passagem de fibra ótica sob a pista. Diferentemente da maioria das ciclovias, que são pintadas com tinta vermelha, a da Paulista é feita com concreto pigmentado com coloração.
Ciclistas comemoram inauguração de ciclovia com balões brancos (Foto: Caio Kenji/G1)Ciclistas comemoram inauguração de ciclovia com balões brancos (Foto: Caio Kenji/G1)
Com a implantação da ciclovia, foram retiradas as floreiras e relógios do canteiro central. Alguns relógios devem ser realocados posteriormente nas calçadas. Os pedestres ficarão na ilha de segurança durante a travessia.
Avenida Paulista ciclovia (Foto: Nelson Antoine/AE)Avenida Paulista fechada para inauguração de
ciclovia (Foto: Nelson Antoine/AE)
"Nós aumentamos o espaço de pedestres no canteiro central. O pedestre tem o tempo semafórico. Se ele ficar no canteiro central, tem uma ilha de segurança que nós aumentamos”, afirmou o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto. “Fizemos o recuo para pedestre, para o ciclista, tiramos os relógios por questão de segurança”, disse.
Apesar da inauguração da ciclovia, a ciclofaixa de lazer da Avenida Paulista, que funciona aos domingos e feriados, não será desativada. “Eu acho melhor deixar segregado (ciclofaixa de lazer). Se tiver muita gente, acaba um transtorno danado. A ideia é manter a ciclofaixa de lazer e o pedestre fica ao lado”, disse o secretário de Transportes.

A construção de ciclovias é uma das principais marcas da gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), que pretende entregar 400 km de vias exclusivas para ciclistas até o fim deste ano. Atualmente, a cidade possui 298,6 km de ciclovias, sendo 238,3 km somente da gestão do prefeito Haddad. Com as inaugurações deste domingo, São Paulo tem 307,4 km de ciclovias.


Aumento dos ciclistas
Segundo uma pesquisa do volume de bicicletas que circulam pela Paulista realizado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o número de ciclistas que passou a circular na Avenida Paulista durante a realização das obras da ciclovia subiu 51% no período da manhã, entre 7h e 10h. O estudo mostra que aumentou de 85 para 129 o número de ciclistas que passaram em ambos os sentidos no período de três horas antes e depois do início das obras.

Segundo Jilmar Tatto, a diminuição da velocidade dos veículos incentivou o uso da via. “Claro que eles [ciclistas] não usavam a ciclovia, que ainda estava em obra, mas as faixas de rolamento. Na medida em que a obra foi acontecendo, reduziu a velocidade dos carros, o que estimulou e encorajou os ciclistas a usarem a Paulista”, afirmou.
A pesquisa engloba três medições, realizadas nos horários da manhã e tarde. A primeira contagem foi anterior ao dia 9 de setembro do ano passado entre a Alameda Ministro Rocha Azevedo e Rua Padre João Manuel. A segunda medição ocorreu no dia 6 de maio. Já a terceira foi realizada em 10 de junho.
No período da manhã, a primeira medição mostra que o número de ciclistas aumentou em 35,29%, passando de 85 para 115.
Mapa das ciclovias de São Paulo (Foto: Editoria de Arte/G1)
Acidentes
Nos últimos anos, a Avenida Paulista registrou pelo menos duas mortes e um grave acidente envolvendo ciclistas. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), 39 ciclistas foram atropelados na Paulista entre 2005 e 2014.
Em outubro do ano passado, o ciclista Marlon Moreira, de 35 anos, morreu após ser atropelado por um ônibus na Avenida Paulista. Testemunhas relataram à polícia que o ônibus seguia no sentido bairro do corredor exclusivo para ônibus quando o ciclista atravessou na frente do veículo, realizando uma manobra proibida de conversão. A vítima foi socorrida ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos.
Em março de 2013, o operador de rapel David Santos Sousa, perdeu o braço direito ao ser atropelado na via (veja no vídeo acima). O motorista, o estudante de psicologia Alex Kosloff Siwek, jogou o braço de David em um córrego. Um exame clínico feito após o acidente apontou vestígios de álcool no motorista, mas concluiu que ele não estava embriagado no momento da colisão.
Uma ano antes, em março de 2012, uma ciclista profissional de 33 anos também morreu após ser atropelada por um ônibus na Paulista.
Ciclistas celebram novo espaço para bicicletas na Avenida Paulista (Foto: Caio Kenji/G1)Ciclistas celebram novo espaço para bicicletas na Avenida Paulista (Foto: Caio Kenji/G1)
Ciclistas lotaram Avenida Paulista neste domingo para abertura de ciclovia (Foto: Caio Kenji/G1)Ciclistas lotaram Avenida Paulista neste domingo para abertura de ciclovia (Foto: Caio Kenji/G1)
Ciclistas inauguram pista exclusiva na Avenida Paulista neste domingo (Foto: Caio Kenji/G1)Ciclistas inauguram pista exclusiva na Avenida Paulista neste domingo (Foto: Caio Kenji/G1)
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Ciclista pedala na Avenida Paulista neste domingo (Foto: Caio Kenji/G1)Ciclista pedala na Avenida Paulista neste domingo (Foto: Caio Kenji/G1)