sábado, 28 de março de 2015

Ciclovia de 3,9 quilômetros ligando Leblon a São Conrado ficará pronta em dezembro

Com 40% das obras prontas e trajeto paralelo à Niemeyer, via ajudará ciclista a se deslocar entre o Centro e o Recreio

POR LUIZ GUSTAVO SCHMITT

28/03/2015 - O Globo


Ciclista pedala na calçada, ao lado da pista da ciclovia já concluída - Alexandre Cassiano / Agência O Globo

RIO — A partir de dezembro, os tons do mar de São Conrado, vistos do alto da Avenida Niemeyer, poderão ser contemplados pelos cada vez mais numerosos adeptos das duas rodas enquanto pedalam na ciclovia que ligará o Leblon a São Conrado. A pista, de 3,9 quilômetros de extensão e 2,5 metros de largura, já tem 40% das obras executadas, e a prefeitura promete que até o fim do ano os trabalhos estarão concluídos. Com essa via, cujo trajeto é paralelo à Avenida Niemeyer, e a que está sendo construída ao longo do Elevado do Joá, prevista para ser entregue em março de 2016, o ciclista poderá se deslocar do Centro até o Recreio.

Ao custo de R$ 35 milhões, a intervenção foi financiada pelo BNDES. De acordo com o diretor de obras da Fundação Geo-Rio, Fábio Rigueira, o projeto é desafiador, já que exige uma série de contenções do costão rochoso, onde estão sendo instalados pilares de sustentação para os tabuleiros, como são chamadas as estruturas de concreto armado por onde passarão os ciclistas.

— A topografia da região dificulta um pouco. Mas já colocamos 60 pilares de sustentação. Todas as contenções de encostas, do Leblon até a Chácara do Céu, foram executadas e servirão de estrutura para o lançamento dos próximos tabuleiros — diz Rigueira.

Na Avenida Niemeyer, os trabalhos seguem em duas frentes de obras com cerca de 300 funcionários, entre geólogos, engenheiros, operários e até alpinistas. A primeira começa em São Conrado e se estende até o motel Vip's. E a segunda fica entre o Mirante do Leblon e o Hotel Sheraton. A próxima etapa será chegar ao Vidigal.

Embora a maior parte da ciclovia seja construída sobre o costão, há um trecho de 1,1 mil metros em superfície entre o mirante e o Vidigal. A ciclovia contará ainda com iluminação de lâmpadas de LED no guarda-corpo, ao longo de todo percurso, e um bicicletário com mais de cem vagas será instalado no Vidigal. Estima-se que 70 mil pessoas serão beneficiadas com a via.

Além da ciclovia da Niemeyer, a prefeitura do Rio começou, na semana retrasada, obras da via que ligará o Cosme Velho ao Aterro do Flamengo. O governo também obteve licença da ciclovia que ligará a Praça Saens Peña, na Tijuca, ao Centro.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/ciclovia-de-39-quilometros-ligando-leblon-sao-conrado-ficara-pronta-em-dezembro-15723683#ixzz3VgjimMwa 
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quinta-feira, 26 de março de 2015

Ponte para pedestres e ciclistas é premiada como melhor projeto urbano

25/03/2015 - JeffreyGroup

Ponte Bayer, na zona sul de SP, atende a 15 mil pessoas e ajuda a reduzir em 300 ton/ano o CO2 no ar paulistano. Prêmio foi concedido pela associação dos críticos de arte

Ponte em São Paulo exclusiva para pedestres e ciclistas
Ponte em São Paulo exclusiva para pedestres e cicl
créditos: Reprodução
 
Inspirada na forma de uma vitória-régia, a ponte móvel Friedrich Bayer, projetada pelo escritório Loeb Capote Arquitetura e Urbanismo, foi premiada no 59º prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), na categoria "Projeto Urbano". 
 
Inaugurada em 2013, a ponte liga o bairro do Socorro à estação Santo Amaro da CPTM e do Metrô e está localizada na na zona sul, na confluência do rio Pinheiros com o canal Guarapiranga. A ponte ajuda a reduzir a emissão de CO2 na atmosfera paulistana em 300 toneladas por ano.
 
A Ponte Bayer, exclusiva para pedestres e ciclistas, foi inaugurada em dezembro de 2013 em benefício de 15 mil moradores da região, além de colaboradores da empresa: "Era um desejo do nosso público interno e uma necessidade para o bairro. A ponte é bonita e ainda causa um positivo impacto ambiental ao criar meios para que as pessoas deixem seus carros em casa, contribuindo para a mobilidade urbana", afirma o presidente do Grupo Bayer no Brasil, Theo van der Loo. A empresa investiu R$ 5 milhões no projeto.
 
Coberta com vegetação, a ponte é apoiada sobre tubulões de concreto. Para manter a navegabilidade do canal, o vão central é móvel: rotacionam-se as metades dessa estrutura linear central por meio de motores elétricos.

Europa organiza protestos em apoio às ciclovias de SP

26/03/2015 - O Estado de SP

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Ciclistas de diversos países estão se mobilizando para protestar a favor das ciclovias na cidade de São Paulo, cuja implantação está ameaçada por uma decisão judicial. Em Londres, um grupo começou a se organizar pelo Facebook. O internauta que convocou a passeata estimulou os interessados a usarem bandeiras do Brasil ou roupas nas cores da bandeira nacional durante a manifestação.

O evento, organizado pela 'Critical Mass London', está agendado para as 18h, no horário local, com saída prevista para as 19h de perto da Ponte Waterloo.

A cidade italiana de Palermo também terá um ato em solidariedade aos ciclistas paulistanos. Lá, o evento ocorrerá às 16h de sábado, com saída da Praça Politeama. Na página do ato no Facebook, 213 pessoas já haviam confirmado presença nesta quarta-feira, 18.

"Na semana passada uma representação do Ministério Público travou a construção (de ciclovias) com a desculpa de que faltaram estudos prévios", diz o texto convocando a passeata. "É fácil entender o que está realmente acontecendo."

Em Munique, na Alemanha, a quantidade de ciclistas que comparecerão ao evento, marcado para as 20h de sexta-feira, é ainda maior: até agora, 737 já haviam confirmado sua participação pela página da Critical Mass München na rede social.

"Querem proteger o uso do carro, que move enormes quantias de dinheiro" em São Paulo, diz o texto que convoca o ato, no Facebook.

A decisão do juiz da 5ª. Vara da Fazenda Pública da Capital, Luiz Fernando Rodrigues Gerra, tomada na última quinta-feira, 19, impede que a Prefeitura de São Paulo continue construindo ciclovias na cidade. A medida foi anunciada após uma ação movida pela promotora de Habitação e Urbanismo Camila Mansour Magalhães da Silveira, que alega que teria faltado planejamento para a instalação das ciclovias.

A ação foi criticada por várias entidades relacionadas à segurança no trânsito e também por ciclistas, que consideram a postura do Ministério Público Estadual (MPE) um retrocesso na política de mobilidade urbana.

Silveira foi acusada por Daniel Guth, diretor da Associação de Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), de ser favorável a uma política rodoviarista, que ignora outros meios de deslocamento que não os carros. "A senhora questiona a importância da bicicleta na cidade, a senhora advoga em favor do carro inúmeras vezes, dizendo que é o veículo que mais movimenta a economia."

Protesto em São Paulo. Na capital paulista, o protesto está agendado para as 18h de sexta-feira, 27, na Praça do Ciclista, que fica na Avenida Paulista, perto da Rua da Consolação.

Até agora, 6,1 mil pessoas já confirmaram o comparecimento na página do evento no Facebook, que traz o seguinte texto: "Venha com sua bicicleta, skate, patins, correndo, ou qualquer outra forma não poluente de locomoção. Traga faixas, cartazes, venha com alegria reivindicar uma vida mais segura e saudável nas cidades brasileiras".

Renata Falzoni, de 61 anos, cicloativista e apresentadora, disse que o protesto está sendo organizado por ciclistas do mundo todo que promovem uma "pedalada" todas as últimas sextas-feiras do mês, em um movimento horizontal chamado "Massa Crítica", surgido em São Francisco no início dos anos 1990.

"Sempre existe um motivo para protestar nessas pedaladas. Dessa vez, por coincidência, temos esse absurdo acontecendo em São Paulo, com um promotor querendo privilegiar o carro no lugar do pedestre. Por isso, nesta sexta-feira o protesto vai ser pelas ciclovias paulistanas em todo o mundo", afirmou Falzoni.

A cicloativista lembrou que não é a primeira vez que o Brasil entra no foco da pedalada mundial que ocorre nas últimas sextas do mês em várias capitais do mundo. Em 2011, quando o bancário Ricardo Neis atropelou 15 ciclistas em Porto Alegre, ciclistas do mundo inteiro organizaram pedaladas na Europa e nos EUA em protesto contra a falta de punição ao infrator.

William Cruz, de 41 anos, cicloativista e autor do blog "Vá de Bike", avalia que a justificativa do MP para paralisar o projeto das ciclovias paulistanas gerou uma indignação nas redes sociais que chegou para entidades e ciclistas de outros países e em dezenas de cidades do país.

"Muitas cidades da América Latina estão aderindo ao protesto. A cada hora aumenta o número de cidades que vão fazer os atos. Até porque não é possível desfazer o que já foi feito de ciclovias. Que o MP aponte os problemas pontuais para serem corrigidos, mas não dá pra parar um projeto que salva vidas de tantas pessoas que andam de bicicleta em São Paulo", disse Cruz.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Bicicletar bate novo recorde de utilização em Fortaleza

25/03/2015 - O Povo - Fortaleza

O Sistema de Bicicletas Compartilhadas da Prefeitura de Fortaleza (Bicicletar) bateu um novo recorde de utilização, no domingo, 22, com 1.842 viagens. O número de viagens com os equipamentos do sistema superou as utilizações do feriado de São José, em que foram contabilizadas 1.445 viagens.

O novo número de viagens é bastante expressivo, pois conforme a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), a média aos domingos era de 1.400 viagens. Nos dias úteis, a média de utilização diária cai para 1.100 viagens nas estações disponíveis. Com as estações inauguradas no fim de semana, nos bairros Benfica, Farias Brito e Monte Castelo, o sistema já conta com 35 estações.

Segundo a SCSP, mais cinco novas estações devem ser inauguradas até o fim de março, completando as 40 previstas para a primeira fase do projeto. O Bicicletar foi implantado em dezembro de 2014 e integra o Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito (Paitt).

Serviço

Para utilizar o sistema, é necessário o cadastro no site www.bicicletar.com.br. O usuário do Bilhete Único (BU) pode utilizar gratuitamente o sistema.

Taxa: R$ 5 (diária); R$ 10 (mensal); R$ 60 (anual)

O serviço funciona todos os dias, de 5 às 23h59 para a retirada dos equipamentos e de 24h para devolução.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Fernando de Noronha (PE) ganha mais 20 bicicletas elétricas

Ao todo, são 50 magrelas para deslocamentos dentro da ilha, para turistas e visitantes

23/03/2015 - Jornal do Comércio

Fernando de Noronha ganha mais 20 bicicletas elétricas
Fernando de Noronha ganha mais 20 bicicletas elétr
créditos: Divulgação
 
No Dia Nacional de Conscientização sobre Mudanças Climáticas, 16 de março, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) anunciou a chegada de mais 20 bicicletas elétricas na Ilha de Fernando de Noronha. Os veículos estarão disponíveis no próximo mês de maio, possivelmente, e fazem parte do Plano Noronha Carbono Neutro, lançado em 2013 e que prevê a redução da emissão de gás carbônico no arquipélago pernambucano. Com as novas aquisições, a frota aumenta para 50 bicicletas.
 
De acordo com o gerente de Articulação da Semas, Walber Santana, as baterias usadas nos veículos são carregadas na rede elétrica, movida pelo diesel queimado na térmica da ilha. "Não é energia limpa, ainda. Mas já inauguramos uma usina solar em Noronha e pretendemos abrir a segunda no primeiro semestre deste ano. Quando a gente mudar a matriz energética do arquipélago, as baterias serão alimentadas por energia solar", diz ele. As usinas deverão atender 15% da atual demanda energética da ilha.
 
Em Noronha, as bicicletas podem ser alugadas por R$ 25 (valor de uma diária para visitantes), no período das 8h às 18h, seguindo o horário de funcionamento do Parque Nacional Marinho (Parnamar). É concedido desconto de 50% a moradores. O assunto foi discutido em palestra segunda-feira (16), abrindo a programação do Dia Mundial da Água – 22 de março – da Semas, Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e Parque Estadual Dois Irmãos. O evento foi realizado no auditório do Museu do Estado de Pernambuco, nas Graças, Zona Norte do Recife.

Cinco novas estações do Bicicletar são inauguradas em Fortaleza

22/03/2015 - O Povo - Fortaleza

Cinco novas estações do Bicicletar, o sistema de bicicletas compartilhadas de Fortaleza, entraram em operação neste sábado, 21, ampliando para 35 o número total de estações.

Os equipamentos recém-inaugurados estão localizados nos bairros Benfica, Farias Brito e Monte Castelo, mais especificamente na Praça da Gentilândia, no Shopping Benfica, na Praça do Otávio Bonfim, na Praça Monte Castelo e na avenida Sargento Hermínio (esquina com a Padre Anchieta).

Ao todo, a Cidade conta atualmente com 350 equipamentos nas estações de bicicletas compartilhadas e, de acordo com a Prefeitura de Fortaleza, até o fim deste mês, outras cinco estações deverão ser entregues, completando as 40 previstas para a primeira fase do projeto.

Próxima fase

A segunda fase do projeto parece estar prestes a se tornar real, porém, segundo o Secretário Executivo de Conservação e Serviços Públicos, Luiz Alberto Sabóia, é necessário conseguir o patrocínio para expansão do sistema. "Já estamos conversando com a Unimed Fortaleza, que patrocinou 40 estações, para viabilizarmos mais 20 até o final do primeiro semestre.  A nossa meta é chegarmos ao final de 2015 com 80 estações na cidade de Fortaleza. O projeto é um sucesso. Em três meses já tivemos mais de 73 mil viagens" afirmou.

Cadastro

Conforme O POVO publicou, o Bicicletar bateu recorde de utilizações durante o feriado de São José, nesta quinta-feira, 19, com a realização de 1.445 viagens.

Para utilizar as bicicletas compartilhadas, os interessados devem se cadastrar através do site www.bicicletar.com.br. Durante o cadastramento, o usuário optará por um plano de adesão com taxa diária (R$ 5), mensal (R$ 10) ou anual (R$ 60). O usuário do Bilhete Único (BU) também pode utilizar o sistema gratuitamente.

A tarifação dá direito a ilimitados usos de uma hora. Aos domingos e feriados, o tempo se estende para uma hora e meia. Caso este tempo seja ultrapassado, o usuário paga uma taxa adicional de R$ 5.

Caso não queira pagar a taxa pelo tempo excedente, o usuário tem a opção de esperar 15 minutos entre o uso e a próxima retirada dos equipamentos. O serviço funciona todos os dias, de 5h às 23h59min (retirada dos equipamentos) e de 24h (devolução).


quinta-feira, 19 de março de 2015

Suporte para bicicletas dá a estudantes de Curitiba o principal prêmio do design mundial

19/03/2015 - Gazeta do Povo


Um projeto do curso de Design de Produto da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi um dos premiados nesta semana no iF Student Design Award, o maior prêmio internacional de design voltado a jovens talentos.

Apelidado de Razor, o projeto foi concebido pelos alunos Carlos Alberto de Melo Jr. e Ana Carolina Lino Buissa, com orientação do professor Ken Fonseca. O Razor é um suporte de bicicletas projetado para as grandes metrópoles, feito de alumínio injetado. Diferente dos paraciclos convencionais, que costumam ser fixos ao chão ou a outro adereço, o aparato é móvel e pode ser transportado sem dificuldade.

Foi a décima-primeira vez que um projeto brasileiro foi premiado na história do iF Student. Realizada anualmente, a premiação destaca 100 projetos entre os mais inteligentes, criativos e inovadores dentro de cada disciplina: Design de produto e industrial; Design de Comunicação e Multimídia; Design de Moda; Arquitetura e Design de Interiores.

Neste ano, foram 13.924 inscritos de 68 países.

Trabalho

Segundo Melo Jr., o Razor foi desenvolvido ano passado e teve como referência a linguagem do mobiliário urbano de Curitiba. A intenção é que o suporte, além de prático, transmita confiabilidade e segurança para os usuários.

"Com o Razor, apresentamos um produto contemporâneo, que está ligado diretamente à rotina das grandes cidades e ao crescente apelo pela utilização da bicicleta nos grandes centros urbanos", destaca o estudante

segunda-feira, 16 de março de 2015

Primeira ciclorrota de Curitiba é inaugurada

16/05/2015 - Bem Paraná

Trajeto Portão-PUC foi lançado no sábado. Segundo a prefeitura, proposta é estimular o compartilhamento das vias sem que veículos automotores percam uma faixa

Cilcistas aproveitam primeira ciclorrota da cidade
Cilcistas aproveitam primeira ciclorota da cidade
créditos: Maurílio Cheli/SMCS
 
Ciclistas do projeto Pedala Curitiba e o prefeito Gustavo Fruet percorreram de bicicleta, na tarde deste sábado (14), parte do trajeto da primeira ciclorrota sinalizada da cidade, que liga o bairro Portão à Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), no bairro Prado Velho, e à avenida Comendador Franco (Avenida das Torres).
 
Eles partiram do Largo Jacó Stofella, esquina da avenida Água Verde com rua Santo Amaro. A Prefeitura destaca que a importância da ciclorrota é compartilhar o espaço sem que o carro, a moto e ou a bicicleta percam uma faixa, sendo um incentivo à integração dos modais.
 
"Utilizar as vias de forma civilizada é um processo que leva gerações e é o grande desafio. Nenhuma cidade mudou hábitos da noite para o dia. A ideia é compartilhar e mostrar que o espaço público não pode ser exclusivo de um modal", disse o prefeito.
 
A ciclorrota Portão-PUC tem um trecho de 6,2 km de vias compartilhadas por carros e bicicletas, com velocidade máxima permitida de 30 km/h. Círculos azuis com o emblema de bicicleta delimitam o trecho e identificam a ciclorrota.
 
A ciclorrota é uma das alternativas implantadas pela Prefeitura de Curitiba para oferecer um número cada vez maior de quilômetros de vias cicláveis na cidade. Tem por objetivo legitimizar o direito de circulação das bicicletas nas vias.
 
O Plano Cicloviário de Curitiba prevê a implantação de ciclorrotas, além de ciclovias, ciclofaixas, passeios compartilhados e vias calmas. A escolha da implantação depende das características da região.
 
O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), Sergio Pires, ressalta que a implantação desta primeira ciclorrota representa mais um passo na consolidação do Plano Cicloviário. "A determinação do prefeito Gustavo Fruet é transformar Curitiba em uma cidade mais humanizada, mais participativa e a ciclorrota é mais um exemplo. Já começamos com a via calma na Sete de Setembro que é um sucesso. O importante é dar alternativas para que as pessoas possam transitar e curtir Curitiba de uma maneira melhor e mais segura", disse.
 
Rota

A ciclorrota Portão-PUC tem o seguinte trajeto, em mão dupla: início no cruzamento da avenida República Argentina com a rua Morretes, seguindo pelas ruas Amazonas, Paranaguá, Pará, São Paulo, Otávio Francisco Dias, Madre Maria dos Anjos e Baltazar Carrasco dos Reis. Da Baltazar Carrasco dos Reis, a ciclorrota segue por dois caminhos: pela rua Imaculada Conceição, em uma ciclofaixa de 300 metros até a entrada da PUCPR; e até a ciclovia da Avenida Comendador Franco.
 
A ciclorrota inaugurada faz conexão com outras infraestruturas cicloviárias já existentes em Curitiba, formando uma rede de vias cicláveis com a rua Conselheiro Laurindo, rua João Negrão, rua Pedro de Toledo, avenida Comendador Franco, rua Engenheiros Rebouças, avenida Getúlio Vargas, rua Alexandre Gutierrez, avenida Sete de Setembro, rua Mariano Torres e avenida Dario Lopes dos Santos.
 
Outros trechos de ciclorrotas estão em fase de projeto no Ippuc e deverão ser implantados em breve na cidade.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Maré terá ciclovia que ligará comunidade aos BRTs TransBrasil e TransCarioca

Nova rota terá 22 quilômetros e deve ser inaugurada em 2016

POR BRUNO AMORIM

11/03/2015 - O Globo

Simulação de como ficará a conexão entre o morro do Timbau e a Vila dos Pinheiros após a construção da ciclovia - Divulgação / Editoria de Arte

RIO — A prefeitura inaugurou nesta quarta-feira as obras da ciclovia da Maré. A nova rota, que deve ser inaugurada em 2016, vai ligar a comunidade às estações do BRT TransBrasil, ainda em construção, e TransCarioca, além do Fundão. Ao todo, serão 22 quilômetros de ciclofaixa e faixa compartilhada que terá o custo estimado de R$ 7 milhões, como adiantou o jornalista Ancelmo Gois. Durante o evento de inauguração, o prefeito Eduardo Paes afirmou que a ciclovia na verdade é simbólica, pois já existe uma população local que usa o transporte diariamente.

- A ciclovia é simbólica, só existia para burguês da Zona Sul ter o seu lazer. Estamos invertendo essa lógica, dando ciclovia para o trabalhador. Não estamos simplesmente estimulando o uso de bicicletas, pois já existe uma população grande na Maré que usa bicicletas sem o apoio do poder público - disse o prefeito.

A ideia de fazer uma ciclovia no Complexo da Maré partiu dos próprios moradores. Quando a prefeitura resolveu atender aos pedidos das associações de moradores, começaram discussões que duraram cerca de um ano. Foi através dessas conversas que foram definidos o traçado da ciclovia e os pontos para instalação de 2 mil vagas em bicicletários.

PRIMEIRA CICLOVIA EM FAVELA

Para o subsecretário de Meio Ambiente, Altamirando Moraes, a implantação da ciclovia na comunidade alcança dois objetivos: internamente ajuda a ordenar o trânsito e o uso de bicicletas. Além disso, ela vai ajudar os moradores a saírem da comunidade, conectando o Complexo da Maré aos BRTs, Bonsucesso (onde há uma estação de trem) e Fundão.

- Quando buscam um centro comercial, grande parte (dos moradores da Maré) busca Bonsucesso. Além disso, cerca de 25% da população do Complexo trabalha no Fundão, em serviços de limpeza e construção civil - afirmou o subsecretário.

Ainda segundo Altamirando, a escolha do Complexo da Maré para ser a primeira favela da cidade com plano de mobilidade por bicicleta foi motivada pela geografia local:

- As pessoas que mais usam bike são de comunidades. Em favelas mais verticais as bicicletas ficam na base do morro. Já a Maré é plana: terreno ideal para uma ciclovia.

O Rio é a cidade com a maior rede de ciclovias da América Latina, com 380km. A prefeitura já prometeu chegar aos 450km de malha cicloviária até 2016.

COMPLEXO ESTÁ OCUPADO PELAS FORÇAS ARMADAS

Cerca de 130 mil pessoas moram no Maré — um complexo com 16 comunidades situado na Zona Norte, entre duas das principais vias expressas da cidade, a Linha Vermelha e a Avenida Brasil. A Maré foi ocupada pelas por 2,7 mil homens das Forças Armadas, em 5 de abril. de 2014. O prazo da ocupação, que inicialmente seria apenas até o final do ano passado, foi estendido até junho deste ano. Apesar da presença dos militares, os confrontos têm sido frequentes na região, considerada uma das mais perigosas do Rio.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/mare-tera-ciclovia-que-ligara-comunidade-aos-brts-transbrasil-transcarioca-15563319#ixzz3U76diRKN 
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