segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Bandalhas se multiplicam em nova ciclofaixa de Laranjeiras

Ao longo de 2,7 quilômetros, há pistas e calçadas compartilhadas
  
POR GUILHERME RAMALHO 

23/11/2015 - O Globo

Invasão. No Cosme Velho, um ônibus “empurra” um ciclista para fora da pista compartilhada: ainda falta fiscalização - Custódio Coimbra / Agência O Globo

RIO — A ciclofaixa que liga o Largo do Machado ao Cosme Velho ainda não está totalmente pronta, mas já vem sendo usada por muitos cariocas e turistas. Ao mesmo tempo, o desrespeito à nova sinalização — tanto por parte de motoristas quanto de ciclistas — tem deixado o trânsito confuso e aumenta o risco de acidentes. Em apenas uma hora, na última sexta-feira, O GLOBO flagrou carros estacionados, motociclistas trafegando na ciclofaixa e ônibus fechando bicicletas na pista compartilhada, além de ciclistas circulando na contramão e fora das áreas demarcadas. Não havia fiscalização.

Ao longo de 2,7 quilômetros, há pistas e calçadas compartilhadas. No trecho do Cosme Velho, ciclistas trafegam apenas no asfalto. Ali, foram instalados dois pardais eletrônicos, com limite de 40 km/h, para reduzir os riscos a quem pedala. A partir da Rua das Laranjeiras, há ciclofaixas e calçadas compartilhadas com pedestres.

Trecho para bicicletas será inaugurado até o fim do mês

A Secretaria municipal de Meio Ambiente informou que toda a rota cicloviária — que incluiu os bairros de Laranjeiras, Cosme Velho, Flamengo e Botafogo, com dez quilômetros de extensão — será concluída até o fim do mês. Para o diretor da ONG Transporte Ativo, José Lobo, a população precisa se familiarizar com o novo espaço.

— Em cada iniciativa, há sempre um aprendizado. Essa nova ciclofaixa é um ganho sensacional, só que ainda faltam alguns ajustes. Além de educação no trânsito, os cruzamentos precisam ser bem sinalizados, para que haja uma convivência mais harmoniosa. Mas, se antes os ciclistas não tinham nada, agora ganharam um pouco de segurança — afirma Lobo.

Motos no lugar de ‘bikes’

Morador do Catete, o antropólogo belga Gerardo Perfors conta que passou a usar a nova ciclofaixa para ir de bicicleta até a sede do Fluminense, em Laranjeiras, onde faz natação. Ele elogia a sinalização. No entanto, critica a atitude de motoristas e motociclistas:

— Antes, eu não ia de bicicleta, porque era muito perigoso. Agora, eu me sinto mais seguro, apesar de muitos motociclistas também estarem usando a ciclofaixa quando o trânsito fica carregado. Nunca tem fiscalização. Então, eles sabem que podem até bloquear as pistas, porque não vai acontecer nada.

Subsecretário de Meio Ambiente, Altamirando Moraes reconhece que ainda há problemas a resolver. Ele afirma que guardas municipais têm aplicado multas quando motoristas invadem a ciclofaixa. Segundo Moraes, novas campanhas educativas serão realizadas na região:

— É claro que ainda há conflito, mas melhorou muito. Como a cidade não foi projetada para receber ciclovias, tivemos que fazer adaptações.

A Guarda Municipal afirma que toda a extensão das ruas das Laranjeiras e Cosme Velho recebe patrulhamento, feito por meio de rondas motorizadas e a pé, e que seus agentes aplicam multas e orientam motoristas que invadem a ciclofaixa ou desrespeitam a sinalização. De qualquer forma, prometeu reforçar a fiscalização na região.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/rio/bandalhas-se-multiplicam-em-nova-ciclofaixa-de-laranjeiras-18114097#ixzz3sJwQ4DNb 
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terça-feira, 10 de novembro de 2015

Bicicletas ganham pista exclusiva no canteiro central do Viaduto Antártica

10/11/2015 - O Estado de SP

SÃO PAULO - A Prefeitura de São Paulo começou a construir 1,5 quilômetro de ciclovia sobre o Viaduto Antártica, na Pompeia, zona oeste, que será interligada com a faixa para bikes já existente na Avenida Sumaré. A pista, instalada no canteiro central, será bidirecional. Quando pronta, vai se estender até a zona norte, uma vez que uma via segregada para ciclistas está prevista para passar pela Ponte do Limão, sobre a Marginal do Tietê.



De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), não há investimento de recursos públicos na intervenção que ocupa também a Avenida Antártica, entre as Praças Marrey Junior e Luiz Carlos Mesquita. Segundo o órgão, trata-se de "uma medida mitigadora” paga pela iniciativa privada.

Empresas e incorporadores que constroem grandes empreendimentos imobiliários na capital precisam dar uma espécie de contrapartida à Prefeitura construindo ciclovias, investindo em sinalização de trânsito e em melhorias no viário. A CET não informou o nome da empresa responsável pela obra.

A intervenção mais recente desse tipo começou na Avenida Pacaembu, na zona oeste, no fim de outubro. A Think Construtora é a responsável por implementar cerca de 1,2 quilômetro de faixa, entre a Praça Charles Miller e a Rua Candido Espinheira. Em troca, a empresa poderá regularizar uma torre de 24 andares na Avenida Marquês de São Vicente, também na zona oeste.

Necessidade. A instalação de ciclovias sobre pontes e viadutos da cidade é uma das principais demandas de cicloativistas de São Paulo. Segundo eles, as alças de acesso e saídas, as subidas e as descidas das estruturas causam risco para quem pedala pela capital na mesma faixa que os carros. Pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os ciclistas não são proibidos de compartilhar as faixas de rolamento com os carros no trânsito.

De acordo com o texto, aliás, as bikes devem ser priorizadas e os motoristas precisam seguir algumas regras como, por exemplo, respeitar 1,5 metro de distância no momento das ultrapassagens.

"São obstáculos muito difíceis para o ciclista. Quando se começa a subida, a bicicleta perde a velocidade e o motorista não tem muita paciência para ficar atrás da bike, colocando em risco quem está pedalando”, diz William Cruz, cicloativista do site Vá de Bike.

O balconista Adalberto Fernandes Mota, de 36 anos, por exemplo, diz que passa por endereços como o Viaduto Antártica até encontrar uma via segregada por onde possa pedalar com segurança na capital. "Em ponte e em viaduto é complicado porque não tem lugar para fugir. Não tem calçada ou canteiro central. Se eu tomar uma fechada de alguém e cair, o risco de eu ser atropelado é muito grande”, diz Mota.

Promessas. Entre as metas traçadas pela gestão Fernando Haddad (PT), que começou sua política de implementação de ciclovias pelas áreas mais nobres da cidade, está a adoção de pistas exclusivas para ciclistas em ao menos 28 pontes e viadutos da capital paulista, principalmente sobre as Marginais do Pinheiros e do Tietê.

Desde o ano passado, a CET já instalou as pistas em viários sobre as Marginais como as Pontes dos Remédios, Vila Guilherme, das Bandeiras e da Casa Verde, todas na zona norte. A gestão Haddad promete fazer 400 km de ciclovias na cidade.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Ciclovia vai ligar Pacaembu a duas estações de metrô

06/11/2015 -  Agora SP

Uma ciclovia de 1,2 km de extensão está sendo construída no canteiro central na av. Pacaembu (zona oeste), entre a praça Charles Miller e a rua Cândido Espinheira, em Perdizes, interligando-se ao trecho da rua Itápolis.

A pista fará a conexão da ciclovia da Cândido Espinheira com a ciclovia da alameda Barros.

Com isso, vai garantir a ligação do estádio do Pacaembu a duas estações de metrô, ambas da linha 3-vermelha: Santa Cecília e Marechal Deodoro.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a obra começou em 5 de outubro, com prazo de 90 dias para ser concluída.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Ciclovia em Santos (SP), na Av. Eleonor Roosevelt, já está 85% executada

04/11/2015 - A Tribuna 

Cidade do litoral ganhará 5 novas ciclovias, projetadas tanto a ciclistas quanto para pedestres, que terão calçadas ampliadas nas esquinas e paisagismo

Trecho de ciclovia será junto ao canal
Trecho de ciclovia será junto ao canal
créditos: Raimundo Rosa

A ciclovia da Avenida Eleonor Roosevelt é uma das cinco em fase de implantação na Zona Noroeste, visando interligar, com segurança, os bairros São Jorge, Castelo e Santa Maria. Com 85% da sua pista concluída, ocupa os dois lados do passeio do canal, entre as avenidas Divisória e Frei Francisco Canto, sendo um lado para ida e outro para retorno.

“Atualmente os trabalhos estão concentrados no trecho de duas quadras entre a Av. Divisória e a Rua Domingos José Martins, com a execução da pista em concreto desempenado pigmentado”, informa o engenheiro Silvio Orefice, da Secretaria de Infraestrutura e Edificações (Siedi).

Mobilidade
A ciclovia foi projetada de maneira a privilegiar a mobilidade de pedestres e ciclistas. Em toda a extensão da pista, serão implantados canteiros verdes e paisagismo. Inclui recuperação de alguns pontos de talude danificado do canal, bem como limpeza. E a acessibilidade será garantida nas esquinas com a ampliação do passeio.

Jovino
Será interligada à ciclovia da Eleonor Roosevelt a pista da Avenida Jovino de Melo. As duas obras integram um só contrato, investimento de R$ 5,9 milhões de recursos do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias Balneárias (Dade). A estimativa é que as obras sejam concluídas em até 18 meses.

Ciclovias em implantação:

AV. ELEONOR ROOSEVELT - 780 m
AV. JOVINO DE MELLO - 1.550 m
AV. AFONSO SCHIMIDT - 820 m
RUA APROVADA - 1.200 m
ENTORNO DO JARDIM BOTÂNICO CHICO MENDES - 1.350 m

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Copacabana ganha novos bicicletários

02/11/2015 - O Globo


RIO - Até o fim do mês, a ciclovia de Copacabana será repaginada. A pista, que está sendo recapeada, também será repintada e receberá 200 novos bicicletários em aço inox. As peças, já instaladas em Ipanema e no Leblon, foram criadas pelo designer Guto Indio da Costa.

Morador de Copacabana e integrante de uma equipe de triatlo, o desembargador Marcos Cavalcante, de 53 anos, aprovou o novo modelo:

— É legal. Mas, além disso, precisamos de segurança.

Os novos bicicletários têm seis vagas disponíveis e custam, em média, o dobro do antigo modelo. Segundo a Secretaria municipal de Meio Ambiente, os modelos em inox custam R$ 342, cada. Este ano, foram investidos R$ 373 mil em novas vagas para as magrelas somente na Zona Sul.

Para o presidente da Transporte Ativo, José Lobo, a novidade não tem foco diretamente no ciclista, mas no turista:

— O material é perfeito para a orla do Rio e deve estimular o uso das bicicletas, principalmente entre os turistas. Porém, para o ciclista, o desenho não é o ideal. É difícil de identificar as vagas e de prender a bicicleta.

Para o idealizador do projeto, o subprefeito da Zona Sul Bruno Costa, o objetivo é atender a alta demanda de ciclistas. Dados da ONG Transporte Ativo mostram Copacabana como o local que abrange mais ciclistas da região.

— Temos como meta os 450km de malha cicloviária em toda a cidade até o ano que vem — afirmou o subprefeito.