sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Empresa apresenta protótipo da bicicleta compartilhada de Curitiba

30/09/2016  - Gazeta do Povo

O futuro sistema de bicicletas compartilhadas de Curitiba deu mais um passo na noite desta quinta-feira (29). O consórcio BikeFácil, que disputa a licitação, apresentou um protótipo da estação e dos veículos que podem ser instalados na cidade. Representantes da Urbs, do Ippuc e do Setran estavam presentes. A amostra é uma exigência do edital, que deve licitar o serviço de compartilhamento de bicicletas pelos próximos cinco anos, na capital paranaense. A ideia é ter 43 estações com um total de 480 bicicletas. Qualquer pessoa vai poder retirá-las, mediante o pagamento de uma tarifa.

Sem experiência prévia na área, o consórcio estabeleceu uma parceria com a hispânica RideOn. O modelo apresentado em Curitiba foi similar ao adotado em Madrid, na Espanha. A estações têm wi-fi, que poderá ser utilizado pelos usuários na hora de desbloquear as bicicletas pelo aplicativo. O quadro é uma única peça de aço, um modelo diferente daquilo que é encontrado no mercado, o que inibi o roubo.

Se tudo der certo, a capital paranaense deve ter um sistema de bicicleta compartilhada disponível a partir de janeiro de 2017. Com a apresentação da amostra, o próximo passo é a abertura do envelope com a proposta da empresa, para verificar a documentação. A Urbs então deve abrir prazo para recurso. A intenção da Urbs é vencer esta etapa burocrática “o mais rápido possível”, se possível já na próxima semana, explica Pedro Romanel, da área de Equipamentos da empresa.

As bicicletas apresentadas já vem com suporte para a colocação de uma bateria. São veículos “híbridos”, que podem tanto funcionar no modo 100% analógico, como de forma elétrica (a bateria não funciona como um motor, mas “dá uma força” para pedalar numa subida, por exemplo). O uso da funcionalidade, no entanto, ainda deve ser acordado com a prefeitura. Paris, por exemplo, deve ofertar a funcionalidade a partir do ano que vem. A ideia é que os próprios usuários comprem a bateria e encaixem na bike na hora de utilizá-las.

Essa é a segunda etapa da licitação para o sistema de bicicleta compartilhada de Curitiba. A BikeFácil CWB foi a única interessada no pleito, aberto no último dia 2 de setembro. Agora, a Urbs irá abrir prazo para recurso. Se homologada, a empresa deve ser contratada para um contrato de concessão pelos próximos cinco anos.

O edital exige um mínimo de 480 bicicletas. As estações são divididas em grandes (16 bikes e 20 vagas, no mínimo), médias (12 bicicletas e 14 vagas) e pequenas (oito bicicletas e 10 vagas). A implantação será em duas etapas. Nos primeiros 75 dias a empresa deve instalar 25 estações e 280 bicicletas. Depois, são mais 65 dias para as 18 estações e 200 bikes restantes.

Tarifa

Para utilizar o sistema, será preciso comprar um passe. O BikeFácil pretende cobrar R$ 5 na tarifa diária, R$ 12 na mensal e R$ 54 na modalidade semestral. Durante o período contratado, o usuário pode usar quantas bicicletas quiser, durante um período máximo de 45 minutos. Quem exceder este período deve pagar uma taxa adicional, cujo valor ainda não foi divulgado, mas deve variar entre R$ 2 e R$ 2,50 para cada 15 minutos a mais.

Custos

Não estão previstos custos para o município. O sistema deve arrecadar com as tarifas cobradas dos usuários e com a exploração publicitária nos veículos e nas estações. O município ainda pretende ficar com 15% do valor bruto arrecadado com as “multas” (valor cobrado de quem exceder o período de 45 minutos). A bikesharing estimativa da Urbs é de que este valor deve girar em torno de R$ 78,7 mil ao mês.

Estudioso de sistemas de bikesharing, o advogado Rodrigo Vitório, da ONG Transporte Ativo, é crítico de sistemas que não preveem um subsídio público. “Tudo é repassado para a iniciativa privada, tudo na busca de patrocinador, como se fosse um serviço realmente acessório”, diz, em referência a editais de cidades como Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília

Na iniciativa de Curitiba, a falta de subsídio é em parte fruto da situação econômica atual da cidade e do país, reconhece Pedro?Romanel, da Urbs. Além disso, esta é uma primeira iniciativa. Com a implantação destas primeiras 43 estações, a ideia é avaliar a receptividade da cidade em relação ao bikesharing, quais as demandas e rotas utilizadas, para pensar como o sistema deve funcionar dentro da mobilidade urbana de Curitiba como um todo.

sábado, 11 de junho de 2016

1817: Apresentada a precursora da bicicleta

11/06/2016 07:54 - Deutsche Welle

11 de junho de 1817, o alemão Karl Friedrich Drais apresentou a precursora da bicicleta. O veículo era de madeira, não tinha pedais, mas possuía duas rodas, sendo a dianteira dirigível.

O veículo atingia a velocidade de 15 quilômetros por hora. Seu inventor havia conseguido percorrer 50 quilômetros em "apenas" quatro horas, sendo quatro vezes mais rápido que o meio usual de transporte na época, o correio puxado a cavalos.

A ausência de pedais significava que os "ciclistas" tinham que empurrar a si mesmos com os pés. Mesmo assim, a moda espalhou-se rapidamente pela Europa. Em 1819, já eram feitas apostas em corridas em diversos lugares, como Munique, Paris e Londres.

Karl Wilhelm Friedrich Ludwig Drais nasceu na cidade de Karlsruhe, no sul da Alemanha, em 29 de abril de 1785. Depois de formar-se em Técnica e Agricultura, conseguiu um bom emprego como guarda florestal. Mas como seu interesse pelos inventos era muito maior, seu padrinho, o grão-duque, continuou pagando seus salários enquanto ele se dedicava a suas pesquisas.

Entre as engenhocas que criou, figuram uma máquina para escrever partituras, uma panela de pressão e um carro com quatro rodas. Como não tivesse motor, era impulsionado pelos pés dos passageiros. Seu invento principal, entretanto, foi a "máquina de corrida". Um mês após sua apresentação em público, ela foi usada numa corrida, em julho de 1817, na cidade de Mannheim. O patenteamento aconteceu apenas no ano seguinte.

Invento despertou pouco interesse

O interesse pela sua industrialização, no entanto, foi baixo. Apenas 50 anos depois, com alguns enriquecimentos técnicos que aumentaram seu conforto e sua velocidade, o veículo começou a se popularizar. Com a invenção da roda pneumática pelo médico inglês John Boyd Dunlop, em 1888, a bicicleta assumiu as características que tem até hoje.

A "draisiana", como ficou conhecida a precursora da bicicleta inventada em 1817, tinha duas rodas de madeira. Para o patenteamento, recebeu um assento de mola. Em contrapartida à falta de interesse pela invenção na Alemanha, nos países vizinhos ela foi bem recebida. Na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, tornou-se conhecida como velocípede. Na Inglaterra de 1820, chegou a ser usada de forma experimental pelos correios.

Drais, por seu lado, não teve sorte. Tornou-se alcoólatra e foi transferido para outro parque florestal, onde recebeu a fama de não gostar de trabalhar. Até sua morte, em 1851, continuou aperfeiçoando seus inventos.

domingo, 29 de maio de 2016

Em três anos, Fortaleza duplica rede cicloviária e bate recorde histórico

28/05/2016 08:19 - Tribuna do Ceará

Adotando como uma alternativa saudável e de baixo custo, Fortaleza tem se tornado uma cidade mais acolhedora para os ciclistas. Nos últimos três anos, a capital cearense conseguiu bater o recorde histórico na implantação de infraestrutura para que ciclistas se locomovam com mais segurança. Mesmo com a iniciativa, que faz parte do Programa de Expansão da Malha Cicloviária, a meta é expandir ainda mais o projeto até o final deste ano.

De acordo com a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), foram implantadas, somente nos meses de abril e maio, novos espaços para o deslocamento seguro de ciclistas nos bairros Bom Jardim, Conjunto Ceará, Passaré e Meireles (Avenida Beira-Mar). No entanto, nos próximos meses, estão previstas novas infraestruturas nos bairros Conjunto Ceará, Messejana, Jóquei Clube, José Bonifácio, Parangaba e José Walter. 

Em 2012, Fortaleza tinha 73 km de infraestrutura cicloviária. Agora, a cidade viu sua rede para o tráfego seguro de ciclistas duplicar, chegando a um total de 155,6 quilômetros de infraestruturas, sendo 71,5 quilômetros de ciclofaixas e 84,1 quilômetros de ciclovias.

Segundo o planejamento da SCSP, a intenção do projeto, que é realizado por meio do Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito de Fortaleza (PAITT), é fechar o ano de 2016 com cerca de 216 quilômetros de malha cicloviária.

Mapa da Malha Cicloviária existente: 

CICLOVIAS Extensão (km)
Av. D (José Walter) 3,0
Av. Eng. Humberto Monte 2,1
Av. Bezerra de Menezes 3,3
Av. Osório de Paiva 4,0
Av. Bernardo Manuel 3,7
Av. Godofredo Maciel 7,3
Via Expressa 4,6
Av. Mister Hull 1,8
Av. Washington Soares 11,0
Av. Rogaciano Leite 1,1
Av. Maestro Lisboa 6,1
Av. Pompílio Gomes (parte 1) 0,9
Av. Pompílio Gomes (parte 2) 0,3
Av. Pres. Costa e Silva (parte 1) 1,0
Av. Pres. Costa e Silva (parte 2) 0,7
Av. Costa Oeste 3,0
Av. Sen. Carlos Jereissati 4,1
Av. Valparaíso 0,6
Av. Cel. Matos Dourado 1,3
Rio Maranguapinho oeste (lado esq.) 1,7
Rio Maranguapinho oeste (lado dir.) – parte 1 1,6
Rio Maranguapinho oeste (lado dir.) – parte 2 0,6
Rio Maranguapinho sul (lado dir.) 0,8
Rio Maranguapinho sul (lado esq.) 2,1
Via Rio Cocó (lado esq.) 0,5
Ciclovia METROFOR (parte 1) 0,9
Ciclovia METROFOR (parte 2) 1,1
Av. Sargento Hermínio 0,5
Av. Chanceler Edson Queiroz 0,7
Av. Alberto Craveiro 2,1
Av. Paulino Rocha 0,8
Av. Zezé Diogo 5,6
Rua Costa Mendes 0,2
Av. Quarto Anel Viário (parte 1) 4,2
Av. Quarto Anel Viário (parte 2) 0,5
Rua Miguel Aragão 0,3

Total 84,1


CICLOFAIXAS Extensão (km)
Av. Raul Barbosa (na calçada) 1,2
Av. Benjamim Brasil 2,1
Rua Canuto de Aguiar 2,2
Rua Ana Bilhar 2,0
Av. Santos Dumont 3,3
Av. Dom Luís 1,9
Rua Rui Barbosa 3,8
Av. Deputado Moreira da Rocha 0,8
Av. Antônio Sales 3,5
Rua Carlos Vasconcelos 3,9
Rua Emilio de Menezes 2,1
Rua Vital Brasil 2,1
Rua Oscar França 4
Rua Oscar Araripe 4
Rua Taquari / Antônio Neri 0,8
Rua José Cândido/José de Barcelos 1,7
Rua Pe. Anchieta/Raimundo Arruda 2,2
Rua Pereira de Miranda 0,1
Av. Jangadeiros 0,3
Rua Frederico Borges 0,4
Rua Alberto Magno 2,1
Av. Gomes de Matos 2,1
Rua Romeu Martins 0,1
Rua Jorge Dummar 0,3
Rua Damasceno Girão 0,6
Rua Antônio Mendes 0,1
Rua Antenor Frota Wanderley 0,3
Rua Waldery Uchoa 0,5
Praça da Paz Dom Helder Câmara 0,6
Rua Érico Mota 1,3
Rua César Fontenele 0,4
Rua Costa Mendes (sul) 0,7
Rua Costa Mendes (norte) 0,8
Rua Aquiraz 0,2
Rua André Chaves 0,5
Rua Nestor Barbosa 0,3
Av. Valparaíso 0,9
Rua General Tertuliano Potiguara 1,1
Rua Osvaldo Cruz 0,2
Rua João Brígido 1,4
Rua Dom Expedito Lopes 0,8
Av. Historiador Raimundo Girão 0,5
Rua Ildefonso Albano 0,1
Av. Beira Mar (Praia de Iracema) 0,5
Av. Almirante Barroso 0,2
Rotatória Castelão 0,3
Av. Alberto Craveiro 0,3
Av. Juscelino Kubitschek 2,6
Rua Cel. Mozart Gondim 0,9
Rua General Piragibe 0,7
Rua Eretides Martins 0,9
Rua Dom Lino 0,7
Rua Emiliano de Almeida Braga 0,6
Rua Estrada do Itaperi 0,2
Av. Beira Mar 3,1
Av. D (Conjunto Ceará) 0,8
Rua Ari Maia 1,4

Total 71,5

Ciclorrotas Extensão (km)
TOTAL (ciclovias + ciclofaixas) 155,6

terça-feira, 17 de maio de 2016

Bike Vitória: Cinco Estações São Instaladas na Capital

16/05/2016  - Folha Diária - ES

As cinco primeiras estações do Bike Vitória - sistema de compartilhamento de bicicletas foram instaladas neste domingo, dia 15, em pontos estratégicos de Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, no Brasil . O Bike Vitória foi inaugurado às 8h30, de ontem, no módulo do Serviço de Orientação ao Exercício (SOE) Camburi, que fica na praia de Camburi, em Jardim da Penha, bairro da Capital. O Bike Vitória é um projeto da Prefeitura de Vitória e conta com parceria do Siccob, Unimed e Samba Transportes Sustentáveis.

As primeiras estações em funcionamento são: Escola da Vida, em São Pedro; Tancredão, em Mário Cypreste; Unimed/Ponte de Camburi, em Jardim da Penha; Sicoob/Praia de Camburi (na altura do Clube dos Oficiais), em Jardim da Penha; e SOE Jardim Camburi, em Jardim Camburi. Cada uma delas tem 10 bikes à disposição para aluguel para atender moradores e turistas em seus deslocamentos diários no eixo Jardim Camburi – São Pedro, das 6 às 23 horas, todos os dias da semana.

Os interessados podem fazer um cadastro on-line (acesse site www.bikevitoria.com) e poderão contratar a diária de R$ 5,40, a mensalidade de R$ 10,80 ou o plano anual de R$ 67,50. Para retirar a bicicleta, basta usar o aplicativo (disponível para IOS e Android) para escolher a bicicleta disponível na estação. 

O Bike Vitória possibilita o uso da bicicleta ao longo do dia por uma hora. Ao final dos 60 minutos, o ciclista deverá devolver a bicicleta em qualquer estação e poderá retirar outra, respeitando um intervalo de 15 minutos, sem custo adicional. Caso prefira ficar mais tempo, sem o intervalo de 15 minutos, o ciclista arcará com custo adicional por hora. Aos domingos e feriados, eles podem pedalar por até 90 minutos corridos sem custos adicionais.

 “O sistema de bicicletas públicas compartilhadas completa a nossa estratégia de transformar as bikes em um importante meio de transporte em Vitória, devido às curtas distâncias na cidade. Com a ampliação das ciclovias e ciclofaixas que fizemos na nossa gestão, Vitória tem tudo para se tornar a Amsterdã brasileira, a capital das bicicletas”, disse o prefeito Luciano Rezende.

Ao todo, 200 bicicletas estarão disponíveis a partir do dia 26 de junho em toda a cidade. Elas serão implantadas em Grande Vitória, Inhanguetá, Santo Antônio, Parque Moscoso, Centro, Bento Ferreira, Forte São João, Enseada do Suá, Praia do Canto, Jardim da Penha, Mata da Praia e Jardim Camburi. (Com informações da Comunicação da PMV).



terça-feira, 10 de maio de 2016

Haddad libera bike em ônibus de São Paulo fora do horário de pico

10/05/2016 - O Estado de SP / Folha de SP

SÃO PAULO - A gestão Fernando Haddad (PT) liberou bicicletas nos ônibus municipais fora dos horários de pico. A autorização foi publicada no Diário Oficial da Cidade de sábado, 7, e vale tanto para dias de semana como para sábados, domingos e feriados. Os períodos, porém, serão restritos para não atrapalhar o fluxo de passageiros.

De segunda a sexta, a regra vai valer em dois horários distintos: das 10h01 às 15h59 e das 19h01 às 5h59. Aos sábados, o transporte das bikes está liberado a partir das 14 horas e nos domingos e feriados, é livre. De acordo com a portaria assinada pelo secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, o embarque só poderá ser feito em ônibus de 23 metros (os biarticulados) e pela porta traseira.

O pagamento da tarifa deverá ser efetuado após o usuário fixar e travar a bicicleta dentro do ônibus – a portaria estipula o máximo de uma bike por veículo. Os funcionários das viações não terão obrigação legal, segundo a regra, de ajudar no embarque e desembarque de passageiros portando bicicletas. Essas ações são consideradas de responsabilidade exclusiva do ciclista, que também deverá manter a bike próxima do corpo, a fim de evitar transtornos aos demais usuários ou mesmo atrapalhar a passagem deles.

Integração. A medida tem por objetivo, segundo Tatto, incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte para as atividades do cotidiano, “contribuindo para o desenvolvimento da mobilidade sustentável”, e também integrar o uso da bicicleta ao sistema público de transporte – o Metrô já permite o embarque.

Para Horácio Augusto Figueira, consultor em engenharia de transporte de pessoas, a decisão de autorizar a entrada de bicicletas nos ônibus somente fora do pico foi acertada. “No horário de pico não tem espaço nem para todas as pessoas com suas mochilas, imagina para uma bicicleta. Além disso, ainda se gasta um tempo até o ciclista entrar e acomodar a bicicleta no ônibus”, diz.

O especialista elogiou a medida e ressaltou que ela representa mais um estímulo à integração de diferentes meios de transporte na capital. “Mesmo que sejam poucas pessoas utilizando essa opção, toda integração é boa, porque diminui o número de veículos motorizados na cidade.”

Folha de SP

Bicicletas poderão embarcar em ônibus biarticulados em São Paulo

A partir de novembro, passageiros com bicicleta poderão embarcar nos ônibus biarticulados municipais da cidade de São Paulo –desde que fora do horário de pico.

A portaria com a autorização foi publicada no último sábado (7) pelo secretário Jilmar Tatto (Transportes), com previsão para entrar em vigor dentro de 180 dias –4 de novembro.

Segundo o texto, divulgado pelo jornal "O Estado de S.Paulo", o embarque só será permitido pelas portas traseira ou central, das 10h01 às 15h59 e das 19h01 às 5h59 nos dias de semana. Aos sábados, a permissão será a partir das 14h e, aos domingos, em qualquer horário.

Apenas uma bicicleta será autorizada a permanecer em cada ônibus ao mesmo tempo. O passageiro terá que prender a bicicleta primeiro para depois pagar a passagem.

No Metrô, o acesso de bicicletas é permitido após as 20h30, nos dias de semana, aos sábados, a partir das 14h –aos domingos, o dia todo.

domingo, 8 de maio de 2016

Everbike: compartilhe sua bicicleta. E ganhe dinheiro

02/05/2016 - Mobilize Brasil

Serviço lançado em Florianópolis permite que, por aplicativo, uma pessoa possa alugar sua própria bike, que fica travada na rua à espera dos usuários. Fácil assim

Regina Rocha


Novidade: bicicletas compartilhadas em Florianópol
Novidade: bicicletas compartilhadas em Florianópolis
créditos: Divulgação

Florianópolis começa a ver em suas ruas um novo modelo de mobilidade urbana: o compartilhamento de bicicletas remunerado. Esse o diferencial do sistema Everbike, já que permite a qualquer pessoa alugar sua própria bike. 

Funciona da seguinte forma: o usuário interessado em incluir sua bike na rede faz um cadastramento e recebe um kit. O kit é composto por duas placas, o material de fixação e as instruções sobre como proceder. 

Com estas ferramentas, a pessoa só precisa colocar a bicicleta travada em um local público e aguardar os interessados em utilizar o serviço. Estes, por sua vez, podem localizar as bikes disponiveis por aplicativo, escolher a que melhor lhe atende e liberá-la usando o PayPal. O aplicativo está disponível para Android na loja Google Play. O aluguel custa R$ 9,90 por hora de uso e o pagamento é feito online, pelo PayPal. 

Pela app, o usuário irá receber a senha de liberação da trava. No momento da liberação, além de fornecer a senha, o Everbike faz, como garantia contra um eventual extravio, uma pré-autorização no valor da bike diretamente no cartão de crédito do usuário. Depois que utilizou a bicicleta, a pessoa deve devolvê-la, sem esquecer de travar a magrela e informar os dados pelo aplicativo. 

O valor do aluguel é cobrado automaticamente e o limite (a garantia) devolvido assim que outro usuário confere a bike para uso, ou quando o proprietário faz a checagem de rotina. O proprietário, por sua vez, tem o dever de administrar as bikes e fazer sua manutenção. O sistema é interessante também para locadoras de bicicleta e também para comércios ou empresas que desejam divulgar sua marca nas bikes.

Sem estações fixas

O objetivo da Everbike é tornar a bicicleta um meio de transporte flexível e disponível à qualquer momento e em qualquer local. Além disso, caso observe algum problema na bicicleta, a pessoa pode reportá-lo imediatamente, assim que fizer a entrega do veículo, e seu proprietário será acionado para verificação.

Outra vantagem do sistema Everbike é que dispensa a necessidade de estações fixas para devolução e retirada das bikes. Os veículos podem ser deixados em qualquer suporte fixo da via pública ou em locais de acesso público, desde que sejam seguros.

A Everbike projeta sua expansão para outras cidades do estado de Santa Catarina e do Brasil. 

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Brasília ganhará mais 11 estações de bikes compartilhadas em março

27/02/2016 - Correio Braziliense 

Meio de transporte que caiu no gosto do brasiliense, a bicicleta compartilhada chegará a mais 11 pontos da capital federal — no total, serão 21. As novas estações ficarão dispostas ao longo das asas Sul e Norte, regiões do Plano Piloto com a maior demanda do serviço, segundo a Secretaria de Mobilidade. A previsão é de que os equipamentos sejam entregues a partir da primeira quinzena de março. De acordo com o GDF, a expansão do Bike Brasília tem como meta desestimular, sobretudo, o uso de veículos motorizados, hoje a principal causa de acidentes de trânsito, engarrafamento e poluição nas grandes metrópoles.

"Gradativamente, vamos ampliar as estações para as regiões administrativas, principalmente onde existem BRT e metrô. Estudos apontam que, próximo a esses pontos, há muitas pessoas circulando de bicicleta e a pé. Portanto, são áreas em que opções de mobilidade devem ser fomentadas. Humanizar o trânsito é uma tendência mundial. E a bicicleta, interligada ao sistema de transporte público, é um modal interessante, visto que é econômico, não polui e faz bem à saúde”, frisa o secretário de Mobilidade, Marco Dantas.

Atualmente, o Bike Brasília conta com 10 estações — entre o Memorial JK, a Torre de TV e a Esplanada dos Ministérios — e cerca de 13 mil usuários cadastrados. Inaugurado durante a Copa do Mundo de 2014, o projeto prevê, num primeiro momento, o total de 40 estações e 400 bicicletas.

Esporte e lazer

Os amigos Marcelino Batista, 27 anos, e Welber Trajano, 23, aderiram às bikes compartilhadas como algo além de um meio de deslocamento entre casa e trabalho. Na rotina profissional agitada, os dois viram nas pedaladas a opção de cuidar da saúde em pleno horário do almoço. "Por trabalharmos perto da estação, a gente aproveita esse tempo para praticar uma atividade física. Fazemos isso pelo menos três vezes na semana”, conta Marcelino, morador de Ceilândia. "Como temos 1h de almoço e o mesmo tempo para usar a bike, vamos ao Parque da Cidade e retornamos ao ponto de partida, na Praça do Buriti. É o suficiente e ajuda a fazer a digestão”, emenda Welber, que também utiliza a magrela até a Rodoviária do Plano Piloto, de onde pega ônibus para Águas Lindas.

Para a estudante Jéssica Marques, 24, o serviço possibilita que ela economize no trajeto entre o estágio, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), e a faculdade, na Asa Sul. "Em vez de ir de ônibus para a Rodoviária, uso a bike. De lá, vou para a faculdade. É uma passagem a menos”, comemora.

Programe-se

Para usar a bicicleta, o interessado tem de fazer um cadastro na página da Bike Brasília na internet, informando o número da Carteira da Identidade, do CPF, do telefone celular e o endereço. A taxa anual é de R$ 10. Na hora de passear, a bike pode ser alugada por meio de aplicativo para smartphone ou pelo telefone 4003-9846. No celular ou na ligação, basta digitar o número da estação onde a bicicleta será retirada e o número da posição da bike. Em seguida, deve-se confirmar a operação e retirar a bicicleta quando uma luz verde acender e um sinal sonoro for emitido. Para devolvê-la, a pessoa tem de encaixá-la em uma posição disponível e verificar se a bicicleta está devidamente travada. Ela pode ser usada por uma hora. Depois desse período, o ciclista tem de esperar 15 minutos para usá-la novamente, por mais uma hora. Se não fizer essa pausa, terá de pagar R$ 5 por hora excedente.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

São Paulo terá empréstimo de bikes em estações de trens e ônibus

1/02/2016 -  O Estado de SP 

O prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou projeto de lei que institui o programa Integra-Bike São Paulo, para empréstimo de bicicletas públicas nos principais terminais rodoviários, estações de trem e de metrô. De autoria do vereador petista Paulo Reis, ele oficializa o sistema de compartilhamento de bicicletas na cidade e prevê sua expansão para periferia.

Segundo a nova lei, publicada no Diário Oficial de sábado, 5, o empréstimo deve ser por meio de mecanismos de autoatendimento, nos quais o ciclista retira sua bike depois de realizar um cadastro prévio no sistema. O processo pode ser feito por meio do bilhete único.

A legislação não impõe a forma, mas prevê que as bicicletas sejam colocadas para empréstimo pela iniciativa privada, após processo de licitação ou chamamento público. O negócio poderá ser feito por concessão ou convênio, como o firmado com o Banco Itaú para a operação do Bike Sampa, rede privada de empréstimo de bicicletas que conta com 279 estações na cidade - a maioria em bairros do centro expandido.

"O programa lntegra-Bike buscará inserir um grande sistema de bicicletas públicas em São Paulo, assim como existem em grandes metrópoles do mundo, como Nova York, Paris, Berlim e Barcelona. Trata-se de tornar a bicicleta parte do sistema de transporte público da cidade, interligando os transportes de massa, como o metrô e os trens da CPTM, aos bairros do subúrbio", pretende o vereador, na justificativa do projeto.

A expectativa é de que o processo de licitação defina uma ou mais empresas para operar o sistema. Hoje, apenas o Itaú exerce essa função - o Bradesco também empresta bikes, mas somente nos percursos das ciclofaixas, ativadas aos domingos ao longo de 120,7 km.

Na teoria, a intenção do programa é conectar bairros mais distantes aos terminais de transporte público, por meio do uso da bicicleta - o metrô chegou a emprestar bikes em dez estações de sua rede, mas suspendeu o serviço em 2013, após desistência da empresa responsável.

A nova legislação não define, no entanto, se a rede deverá ser montada dentro ou fora das estações e dos terminais rodoviários nem quantas estações ou quantas bikes ela deve ofertar. Segundo a gestão Haddad, o detalhamento só será conhecido na regulamentação da lei, prevista para sair em 60 dias.

A expectativa, segundo Reis, é que a implementação das estações seja realizada com "participação popular", possibilitando a escolha de locais seguros e de rotas corretas.

Crítica. Para o ciclista Daniel Guth, consultor em mobilidade, o projeto não traz inovação em relação ao sistema que funciona hoje na cidade. "Nem o nome do programa é novo. Sorocaba, no interior, também tem o seu Integra-Bike", diz.

Segundo Guth, a Prefeitura perde a chance de aprimorar a rede atual, ao não exigir um número mínimo de estações e de bicicletas, ao não ampliar o horário de funcionamento (hoje, o Sampa Bike funciona até as 22 horas) e ao não definir como se dará a divisão das estações pela cidade. "Não precisamos de nova lei. Precisamos é de regras mais rígidas para o operador, a fim de aprimorar o serviço e torná-lo mais democrático."

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Cartão do Ciclista: paulistano pode ser pago para pedalar em SP

08/02/2016 - Radar Nacional

Paulistanos terão mais um bom motivo para pedalar. Proposta em tramitação na Câmara de Vereadores prevê o incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte cotidiano. Entre os benefícios está a possibilidade de obter bônus em dinheiro.

O Projeto de Lei criado pelo vereador José Police Neto (PSD) cria o Programa Bike SP. Caso vire lei, o paulistano que aderir à ideia terá o Cartão do Ciclista, que lhe dá direito a um bônus mensal de R$ 50 sob a condição de usar a bicicleta pelo menos três vezes por semana.

Inicialmente, a ideia é que o bônus seja bancado pelos empregadores. Os valores pagos anualmente seriam abatidos no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). As empresas deverão oferecer o cartão a pelo menos 30% de seus funcionários e instalar bicicletários, vestiários e chuveiros adequados para os ciclistas.

A prefeitura também seria subsidiária do bônus creditado pela empresa beneficiária”. Os recursos para cobertura desse subsídio sairiam, segundo o projeto, do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Infraestrutura e educação

Além dos benefícios aos ciclistas, o projeto prevê a inclusão obrigatória de sistemas cicloviários nas ações de planejamento urbano e a difusão de informações sobre os efeitos indesejáveis da utilização do automóvel nas locomoções urbanas, em detrimento do transporte público e de alternativas não motorizadas.

O projeto sugere a ampliação e melhoramento da infraestrutura cicloviária e a promoção e expansão do programa de bicicletas compartilhadas na cidade, "em especial para os deslocamentos de integração ao Serviço de Transporte Coletivo Público de Passageiros”.

Outro ponto importante é o incentivo ao uso da bicicleta para os deslocamentos às escolas e faculdades, grandes geradores de tráfego de automóveis na capital paulista.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Eduardo Paes inaugura ciclovia Tim Maia

17/01/2016 -  O Globo

Leia: Ciclovia 'suspensa' na orla carioca vai ligar Leblon a São Conrado - Folha de SP / O Estado de SP 

Apesar de não ter sido alguém lá muito afeito à prática de esportes, se estivesse vivo, Tim Maia certamente tomaria "um guaraná” para brindar à ciclovia da Avenida Niemeyer, que será inaugurada hoje e leva seu nome. A pista, que liga o Leblon a São Conrado e tem 3,9km, já vinha sendo "testada” por cariocas e turistas nas últimas semanas, mesmo em meio à finalização das obras.

Dentro da paisagem. Um ciclista pedala na pista construída na Niemeyer, tendo o mar e a Pedra da Gávea como cenário: trecho de 3,9 quilômetros ligará a Zona Sul a São Conrado. Com as obras do Joá, conexão chegará à Barra

— A ansiedade do público é um sinal de que a ciclovia vai dar certo. Era uma demanda reprimida — observou o ciclista Ricardo Martins, que já rodou seis países da América do Sul de bicicleta e se prepara para dar a volta ao mundo pedalando.

SINALIZAÇÃO E SEGURANÇA

Na última quarta-feira, Ricardo acompanhou O GLOBO num passeio pela nova ciclovia, que tem largura média de 2,5 metros e foi construída sobre o costão de pedra, com vista privilegiada para o mar, o que a torna ainda mais especial. Apesar dos elogios, quem costuma circular pela cidade sobre duas rodas faz algumas ressalvas.

— Sinto falta de uma sinalização vertical indicando a velocidade máxima permitida e que a prioridade é do pedestre — diz ele, que se deparou, num ponto diante da subida do Morro do Vidigal, com um poste mais largo do que os demais no meio do caminho, reduzindo a pista para 1,62 metro. — Este poste está fora do padrão. A redução do espaço exige que os ciclistas passem por aqui com mais atenção e em velocidade reduzida.

A Secretaria municipal de Obras, responsável pela construção da ciclovia, informou que a sinalização estava em vias de implantação e que solicitou à Light a retirada do poste, serviço que na sexta-feira já havia sido concluído.

Outra questão, esta levantada pelo presidente da Comissão de Segurança no Ciclismo na Cidade do Rio, Raphael Pazos, é o uso da pista por jovens empinando pipas:

— Pipa e bicicleta não combinam. Uma linha com cerol pode decepar a cabeça de um ciclista. É importante que seja feito um trabalho de conscientização.

Mesmo com alguns reveses, o clima entre os ciclistas era de contentamento. Um dos que coConrado memoravam era o designer Júlio Cavalleiro, que mora em São Conrado e trabalha no Leblon:

— Geralmente, eu gastava meia hora no trânsito para chegar ao trabalho e mais 20 minutos procurando vaga. Agora que eu posso ir pedalando, em 15 minutos estou no escritório.

Além da praticidade, a vista para o mar também motivava elogios.

— A ciclovia está maravilhosa, impressionante — destacou o desembargador Marcos Cavalcante.

O que agradou aos ciclistas chegou a ser motivo de queixa entre motoristas, que, com a construção da pista paralela à Niemeyer, foram privados da visão do mar.

— Mas o motorista tem que olhar para frente e não para o lado — destacou Ricardo.

DO CENTRO AO RECREIO

A ciclovia se liga à pista que vai do Leme ao Leblon, com 8km, e futuramente se conectará com a do Elevado do Joá, com 3,1km. Esta, que ligará São Conrado à Barra, se juntará aos 24,8km já existentes entre Barrinha e Grumari. No total, os ciclistas terão à sua disposição, entre as zonas Sul e Oeste, 39,8km de pistas exclusivas beirando a orla. Quando toda a extensão estiver pronta, será possível pedalar do Aeroporto Santos Dumont até o Recreio do Bandeirantes.

Mesmo com o Joá ainda em obras, o Rio é a cidade com maior malha cicloviária da América Latina, afirma a Secretaria municipal de Meio Ambiente: somando o trecho da Niemeyer, são 438,9km. O plano da prefeitura é alcançar 450km este ano.

A pista da Niemeyer é bem-vinda não só para os ciclistas como também para os praticantes de corrida. É o caso da apresentadora de TV e nutricionista Cynthia Howlett, que mora em São e costuma correr até o Arpoador e voltar. Ela diz que a obra vai mudar a vida de muitos como ela:

— Corro pela Niemeyer há muitos anos, pelo cantinho, com os carros ao lado. Para evitar acidentes, acabei criando algumas técnicas. Quando dá 10h15m, mudam a mão da avenida. Aproveitava os dez minutos em que ela fica fechada para chegar ao Vidigal e pegar a ciclovia. Também costumava correr nas horários de rush, quando o trânsito fica parado — conta.

Nos últimos dias, Cynthia não resistiu e checou a nova pista:

— Está linda e tem um visual absurdo. Você corre ou pedala por cima do mar. Não tem igual no Brasil. A ciclovia também vai aliviar o trânsito. Mas a minha preocupação é sempre com a segurança. Ela é toda cercada de grades e tem poucas saídas. Há trechos longos onde você fica encurralada.

O ator Eduardo Moscovis, marido de Cynthia e que já testou a ciclovia, também se preocupa:

— Há partes muito grandes sem saída. Além da questão da segurança, há o risco de alguém furar o pneu ou passar mal ali e não ter como sair — diz ele, que sugere a instalação de banheiro químico e de um ponto de apoio para os ciclistas em caso de imprevistos, como uma bicicleta com pneu furado.

A ciclovia da Niemeyer levou um ano e meio para ficar pronta e demandou um investimento de R$ 44,7 milhões.

EDUARDO PAES INAUGURA CICLOVIA TIM MAIA

RIO - O prefeito Eduardo Paes inaugurou oficialmente a ciclovia Tim Maia, que liga o Leblon a São Conrado pela Avenida Niemeyer, na manhã deste domingo. A abertura foi acompanhada por ciclistas.

Paes deixou o Mirante do Leblon pouco depois das dez da manhã na carona de um triciclo elétrico e percorreu os 3,9 quilômetros do percurso, seguido por um grupo de mais de 100 ciclistas.

- A ciclovia tem um efeito de integração incrível, já que juntou o bairro do Leblon e São Conrado. Lá para março e abril vamos unir com a Barra da Tijuca. Sob o ponto de vista da mobilidade, muita gente vai preferir sair para o trabalho de bicicleta e deixar o carro em casa. Além da paisagem incomparável. É certamente a ciclovia mais bonita do mundo - valoriza Paes.

http://www.antp.org.br/website/noticias/clipping/show.asp?npgCode=2DDE2E16-764D-4E34-870D-B056BAE2B28F

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Alemanha abre a sua primeira ‘autoestrada para bicicletas’

15/01/2016 -  Diário de Notícias - Portugal

A Alemanha acaba de abrir o primeiro troço da sua "autoestrada para ciclistas". Esta ideia, que nasceu na Holanda e na Dinamarca, significa que se pode viajar de bicicleta sem partilhar a estrada com carros ou peões durante vários quilómetros - neste caso, a ciclovia vai ter mais de 100 quilómetros, juntando dez cidades e quatro universidades.

A Agence France Presse noticia que acaba de abrir o primeiro troço desta "Autobahn": tem apenas cinco quilómetros, mas já permite aos ciclistas experimentar a ciclovia, que tem sido louvada como uma alternativa à deslocação por automóvel e uma boa forma de aumentar a atividade física nas pessoas que trabalham em escritórios.

O porta-voz do grupo de desenvolvimento regional RVR, Martin Toennes, disse à Agence France Presse que mais de dois milhões de pessoas vivem a menos de dois quilómetros de distância desta autoestrada para bicicletas, e poderão usar parte dela nas suas deslocações diárias. Um estudo do RVR indica que, quando a estrada estiver concluída, poderá tirar das estradas até 50 mil carros todos os dias.

A estrada liga as cidades de Duisburg, Bochum e Hamm, e grande parte dela foi construída no trajeto dos carris de uma linha de comboio que foi desativada, na região industrial de Ruhr.

Quem for de bicicleta para o trabalho irá receber dinheiro por cada quilómetro que pedalar

Disputas sobre financiamento

Os 100 quilómetros de ciclovia vão custar cerca de 180 milhões de euros, financiados em parte pela União Europeia, em parte pelo grupo RVR, e também pelo governo local. O governo federal alemão não disponibiliza fundos para a construção de ciclovias.

"Sem apoio estatal, o projeto não teria hipótese de ser desenvolvido", disse Toennes à Agence France Presse. Habitualmente, as ciclovias alemãs são financiadas ao nível municipal, o que cria um entrave a grandes projetos como este.

O governo federal alemão costuma financiar a construção da infraestrutura para automóveis e transportes públicos, mas não disponibiliza fundos para as ciclovias, algo que a responsável de um projeto para construir uma "autoestrada de bicicletas" em Munique, Birgit Kastrup, considera injusto. "É preciso encontrar um novo conceito para poder financiar" projetos como estes, disse Kastrup.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Cidade vai ganhar parque linear com 18 km de ciclovia

14/01/2015 – Folha de S.Paulo

A realização do projeto do Metrô de Salvador trará benefício não apenas para as pessoas que vão utilizar o transporte coletivo, mas para toda a cidade e seus cerca de 3 milhões de habitantes.

Para os usuários do metrô, a melhoria é óbvia: um transporte mais confortável (com trens modernos e ar-condicionado) e mais rápido. O trajeto entre as estações Lapa e Pirajá (12 km) é feito em 18 minutos. De carro ou ônibus é imprevisível, diante do tráfego e da possibilidade de acidentes.

“Em metrópoles adensadas como Salvador, o transporte sobre trilhos é a melhor solução. Transporta mais pessoas por viagem e, por ser segregado, não sofre os efeitos de acidentes e do excesso de veículos”, afirma Roberta Marchesi, superintendente da ANPTrilhos (Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos).

Segundo ela, uma única linha de metrô tem capacidade de transportar 60 mil passageiros por sentido por hora, enquanto numa linha de ônibus são 6.000.

Para os não usuários, há os benefícios indiretos. O número decarros e ônibus nas ruas diminui, o que alivia o trânsito, e, ao memso tempo, reduz a emissão de poluentes. O metrô, por ser movido a eletricidade, não polui. Além disso, menos carros nas ruas significam menos acidentes. A maioria das estações contará com bicicletários, uma forma de incentivar esse outro meio de transporte mais saudável e menos poluente.

Há outros efeitos na qualidade de vida das pessoas. Com a construção do metrõ na Avenida Paralela (linha 2), uma das mais movimentadas de Salvador, acidade ganhará um parque linear de 18 km de canteiro central.

Parte do canteirop será usada para a linha do metrô. No restante, háverá ciclovia e pista de corrida. “O canteiro da Avenida Paralela tem, em média, 60 metros de largura. As linhas do metrô ocuparão 17 metros. Onde houver estação, a faixa ocupada será de 30 metros. Memso assim, sobra bastante espaço para a instalação desse parque linear”, afirma Eduardo Copello, presidente da CTB (Companhia de Transportes do Estado da Bahia).

O trânsito na avenida também muda com a construção de mais três viadutos onde existiam retornos e eliminação dos semáforos. “A Paralela será de fato uma via expressa”, afirma Copello.
Serão construídas ainda mais oito passarelas para pedestres, junto às estações do metrô.

A Paralela será toda reurbanizada e ganhará mais verde. Para cada árvore cortada para a execução das obras, serão plantadas outras cinco. Algumas espécies originais serão transplantadas e a avenida ficará com 6.700 árvores, três vezes mais do que o existente anteriormente às obras.

Ainda na questão ambiental, a CCR Metrô Bahia plantoucerca de 500 coqueiros nas praias de Piatã, Pituba, Barra, Jardim de Alah e Itapuã dentro o projeto municipal da nova orla da cidade. A empresa também doou 890 mudas de espécies nativas para o Horto Municipal de Salvador.


Com 3 km, ciclofaixas 'fantasmas' do centro do Rio não atendem ciclistas

14/01/2016 - UOL



Paula Bianchi / UOL

Em fevereiro de 2014 o prefeito Eduardo Paes (PMDB) inaugurou três ciclofaixas de cerca de três quilômetros no centro do Rio de Janeiro, parte de um projeto maior, de 33 quilômetros, que daria conta de toda a região fazendo também as ligações com as zonas norte e sul da cidade. Dois anos depois, ao invés de crescer, as ciclovias, cortadas por obras e com trechos sem preservação, encolheram.

Na sexta-feira (8), o UOL percorreu as ciclofaixas da região por volta das 9h, horário de pico da chegada de trabalhadores. São poucos os ciclistas que se aventuram pelas faixas que, perdidas pelo meio da região, ganham ares de "ciclovias fantasmas" -- durante as três horas em que permaneceu nas ciclovias, a reportagem contabilizou menos de dez bicicletas usando as rotas.

Em muitos momentos, as ciclovias do centro perdem a sua função, sendo tomadas por pistas ou prolongamentos da calçada por motoqueiros e pedestres. As rotas também terminam de forma abrupta e, com frequência, são interrompidas por obras.

Morador de Bangu, na zona oeste da cidade, o auxiliar de almoxarifado Anderson Nascimento combina diariamente trem e bicicleta para chegar até o trabalho. Nos cerca de seis quilômetros que percorre sobre duas rodas entre a Estação Leopoldina, no início da avenida Presidente Vargas, e a região do Castelo, no começo do centro, ele reclama que quase não existem ciclovias. "As poucas que tem, eu uso", diz ele, que fazia o trajeto pela rua, já que parte do trecho que costumava utilizar foi apagado com a colocada de um novo calçamento em frente ao Museu Histórico Nacional.

No Mapa Colaborativo da CPI das Bikes, projeto interativo criado pela Câmara de Vereadores com a ONG Meu Rio para mapear os problemas enfrentados por quem usa a bicicleta como meio de transporte na cidade, a principal reclamação dos internautas sobre a região é justamente a ausência de ciclovias. "Eu gostaria muito que tivessem ciclovias que levassem aos lugares principais do centro – à Lapa, à rodoviária, ao aeroporto", diz Nascimento. "Essas ciclovias não são interligadas. Elas começam em um ponto e não têm um lugar certo para acabar."

Moradora do centro, a restauradora e cicloativista Darlin Carvalho considera as estruturas que existem um ganho, mas "limitadas". "Se houvesse uma ligação mais confortável para os trabalhadores que pensam em um trajeto pequeno [de bicicleta], isso desafogaria o trânsito de uma forma descomunal", diz.

Darlin lembra ainda a falta de atenção à ligação com a zona norte – os poucos trechos de ciclofaixas existentes partem todos do sentido zona sul-centro. "Se a gente consegue demolir uma perimetral, como é que a gente não consegue abrir uma passagem mais confortável para o ciclista que vem da zona norte para o centro?", questiona.

No site da prefeitura, um documento batizado de "Ciclovias, ciclofaixas e faixas compartilhadas: obras e projetos 2015/16" cita 29,8 quilômetros de ciclofaixas e faixas compartilhadas a serem construídas na região central. Orçada em R$ 13,4 milhões, cerca R$ 450 mil por quilômetro, a obra, prevista para ficar pronta em 2016, está marcada com o status de ante-projeto e parece longe de sair do papel.

Ao contrário do que disse Paes à época da inauguração, quando definiu as ciclovias da região e a bicicleta como uma "medida importante para amenizar o impacto que vamos viver nesses dias" frente ao "caos" causado pela revitalização do centro e da região portuária, a Secretaria de Meio Ambiente informou que as faixas para bicicletas só serão construídas após a conclusão das obras no bairro a fim de "minimizar o transtorno com mais interdições das vias e o impacto no trânsito", mas não soube precisar um prazo para que isso aconteça.

Desde 2013, os acessos ao centro do Rio vêm sofrendo alterações. A primeira foi a derrubada do elevado da Perimetral, até então um dos principais acessos ao centro –os túneis que a substituirão ainda não foram concluídos. Em 2014, a construção do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), de 28 quilômetros de extensão, interditou outras vias importantes do bairro.

As obras do BRT Transbrasil também aumentaram o trânsito na avenida Brasil, um dos principais acessos ao centro. A revitalização da região estava prevista para ficar pronta antes das Olimpíadas, mas a prefeitura já informou que não será capaz de concluir o cronograma integralmente.

Parte de um serviço de entregas de bicicleta, Martin Ditsios lamenta a demora. "O tempo inteiro a gente fica disputando com carro, ônibus, até pedestres. Não é uma disputa equiparável. Não temos um exoesqueleto", diz.