sábado, 27 de fevereiro de 2016

Brasília ganhará mais 11 estações de bikes compartilhadas em março

27/02/2016 - Correio Braziliense 

Meio de transporte que caiu no gosto do brasiliense, a bicicleta compartilhada chegará a mais 11 pontos da capital federal — no total, serão 21. As novas estações ficarão dispostas ao longo das asas Sul e Norte, regiões do Plano Piloto com a maior demanda do serviço, segundo a Secretaria de Mobilidade. A previsão é de que os equipamentos sejam entregues a partir da primeira quinzena de março. De acordo com o GDF, a expansão do Bike Brasília tem como meta desestimular, sobretudo, o uso de veículos motorizados, hoje a principal causa de acidentes de trânsito, engarrafamento e poluição nas grandes metrópoles.

"Gradativamente, vamos ampliar as estações para as regiões administrativas, principalmente onde existem BRT e metrô. Estudos apontam que, próximo a esses pontos, há muitas pessoas circulando de bicicleta e a pé. Portanto, são áreas em que opções de mobilidade devem ser fomentadas. Humanizar o trânsito é uma tendência mundial. E a bicicleta, interligada ao sistema de transporte público, é um modal interessante, visto que é econômico, não polui e faz bem à saúde”, frisa o secretário de Mobilidade, Marco Dantas.

Atualmente, o Bike Brasília conta com 10 estações — entre o Memorial JK, a Torre de TV e a Esplanada dos Ministérios — e cerca de 13 mil usuários cadastrados. Inaugurado durante a Copa do Mundo de 2014, o projeto prevê, num primeiro momento, o total de 40 estações e 400 bicicletas.

Esporte e lazer

Os amigos Marcelino Batista, 27 anos, e Welber Trajano, 23, aderiram às bikes compartilhadas como algo além de um meio de deslocamento entre casa e trabalho. Na rotina profissional agitada, os dois viram nas pedaladas a opção de cuidar da saúde em pleno horário do almoço. "Por trabalharmos perto da estação, a gente aproveita esse tempo para praticar uma atividade física. Fazemos isso pelo menos três vezes na semana”, conta Marcelino, morador de Ceilândia. "Como temos 1h de almoço e o mesmo tempo para usar a bike, vamos ao Parque da Cidade e retornamos ao ponto de partida, na Praça do Buriti. É o suficiente e ajuda a fazer a digestão”, emenda Welber, que também utiliza a magrela até a Rodoviária do Plano Piloto, de onde pega ônibus para Águas Lindas.

Para a estudante Jéssica Marques, 24, o serviço possibilita que ela economize no trajeto entre o estágio, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), e a faculdade, na Asa Sul. "Em vez de ir de ônibus para a Rodoviária, uso a bike. De lá, vou para a faculdade. É uma passagem a menos”, comemora.

Programe-se

Para usar a bicicleta, o interessado tem de fazer um cadastro na página da Bike Brasília na internet, informando o número da Carteira da Identidade, do CPF, do telefone celular e o endereço. A taxa anual é de R$ 10. Na hora de passear, a bike pode ser alugada por meio de aplicativo para smartphone ou pelo telefone 4003-9846. No celular ou na ligação, basta digitar o número da estação onde a bicicleta será retirada e o número da posição da bike. Em seguida, deve-se confirmar a operação e retirar a bicicleta quando uma luz verde acender e um sinal sonoro for emitido. Para devolvê-la, a pessoa tem de encaixá-la em uma posição disponível e verificar se a bicicleta está devidamente travada. Ela pode ser usada por uma hora. Depois desse período, o ciclista tem de esperar 15 minutos para usá-la novamente, por mais uma hora. Se não fizer essa pausa, terá de pagar R$ 5 por hora excedente.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

São Paulo terá empréstimo de bikes em estações de trens e ônibus

1/02/2016 -  O Estado de SP 

O prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou projeto de lei que institui o programa Integra-Bike São Paulo, para empréstimo de bicicletas públicas nos principais terminais rodoviários, estações de trem e de metrô. De autoria do vereador petista Paulo Reis, ele oficializa o sistema de compartilhamento de bicicletas na cidade e prevê sua expansão para periferia.

Segundo a nova lei, publicada no Diário Oficial de sábado, 5, o empréstimo deve ser por meio de mecanismos de autoatendimento, nos quais o ciclista retira sua bike depois de realizar um cadastro prévio no sistema. O processo pode ser feito por meio do bilhete único.

A legislação não impõe a forma, mas prevê que as bicicletas sejam colocadas para empréstimo pela iniciativa privada, após processo de licitação ou chamamento público. O negócio poderá ser feito por concessão ou convênio, como o firmado com o Banco Itaú para a operação do Bike Sampa, rede privada de empréstimo de bicicletas que conta com 279 estações na cidade - a maioria em bairros do centro expandido.

"O programa lntegra-Bike buscará inserir um grande sistema de bicicletas públicas em São Paulo, assim como existem em grandes metrópoles do mundo, como Nova York, Paris, Berlim e Barcelona. Trata-se de tornar a bicicleta parte do sistema de transporte público da cidade, interligando os transportes de massa, como o metrô e os trens da CPTM, aos bairros do subúrbio", pretende o vereador, na justificativa do projeto.

A expectativa é de que o processo de licitação defina uma ou mais empresas para operar o sistema. Hoje, apenas o Itaú exerce essa função - o Bradesco também empresta bikes, mas somente nos percursos das ciclofaixas, ativadas aos domingos ao longo de 120,7 km.

Na teoria, a intenção do programa é conectar bairros mais distantes aos terminais de transporte público, por meio do uso da bicicleta - o metrô chegou a emprestar bikes em dez estações de sua rede, mas suspendeu o serviço em 2013, após desistência da empresa responsável.

A nova legislação não define, no entanto, se a rede deverá ser montada dentro ou fora das estações e dos terminais rodoviários nem quantas estações ou quantas bikes ela deve ofertar. Segundo a gestão Haddad, o detalhamento só será conhecido na regulamentação da lei, prevista para sair em 60 dias.

A expectativa, segundo Reis, é que a implementação das estações seja realizada com "participação popular", possibilitando a escolha de locais seguros e de rotas corretas.

Crítica. Para o ciclista Daniel Guth, consultor em mobilidade, o projeto não traz inovação em relação ao sistema que funciona hoje na cidade. "Nem o nome do programa é novo. Sorocaba, no interior, também tem o seu Integra-Bike", diz.

Segundo Guth, a Prefeitura perde a chance de aprimorar a rede atual, ao não exigir um número mínimo de estações e de bicicletas, ao não ampliar o horário de funcionamento (hoje, o Sampa Bike funciona até as 22 horas) e ao não definir como se dará a divisão das estações pela cidade. "Não precisamos de nova lei. Precisamos é de regras mais rígidas para o operador, a fim de aprimorar o serviço e torná-lo mais democrático."

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Cartão do Ciclista: paulistano pode ser pago para pedalar em SP

08/02/2016 - Radar Nacional

Paulistanos terão mais um bom motivo para pedalar. Proposta em tramitação na Câmara de Vereadores prevê o incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte cotidiano. Entre os benefícios está a possibilidade de obter bônus em dinheiro.

O Projeto de Lei criado pelo vereador José Police Neto (PSD) cria o Programa Bike SP. Caso vire lei, o paulistano que aderir à ideia terá o Cartão do Ciclista, que lhe dá direito a um bônus mensal de R$ 50 sob a condição de usar a bicicleta pelo menos três vezes por semana.

Inicialmente, a ideia é que o bônus seja bancado pelos empregadores. Os valores pagos anualmente seriam abatidos no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). As empresas deverão oferecer o cartão a pelo menos 30% de seus funcionários e instalar bicicletários, vestiários e chuveiros adequados para os ciclistas.

A prefeitura também seria subsidiária do bônus creditado pela empresa beneficiária”. Os recursos para cobertura desse subsídio sairiam, segundo o projeto, do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Infraestrutura e educação

Além dos benefícios aos ciclistas, o projeto prevê a inclusão obrigatória de sistemas cicloviários nas ações de planejamento urbano e a difusão de informações sobre os efeitos indesejáveis da utilização do automóvel nas locomoções urbanas, em detrimento do transporte público e de alternativas não motorizadas.

O projeto sugere a ampliação e melhoramento da infraestrutura cicloviária e a promoção e expansão do programa de bicicletas compartilhadas na cidade, "em especial para os deslocamentos de integração ao Serviço de Transporte Coletivo Público de Passageiros”.

Outro ponto importante é o incentivo ao uso da bicicleta para os deslocamentos às escolas e faculdades, grandes geradores de tráfego de automóveis na capital paulista.