quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Brasília ganha 50 bicicletas compartilhadas no programa +Bike

09/08/2017 - Correio Braziliense

Plano de Ciclomobilidade de Brasília, lançado nesta quarta (9/8), tem como meta ampliar em 50% as ciclovias e as ciclofaixas. O investimento será de R$ 20 milhões

Correio Braziliense

Gabriel Jabur/Agência Brasília
Gabriel Jabur/Agência Brasília
O governo inaugurou um dos cinco novos pontos e 50 bicicletas compartilhadas na Universidade de Brasília, nesta quarta-feira (9)


O programa Plano de Ciclomobilidade de Brasília, o +Bike, foi lançado, na manhã desta quarta-feira (9/8), pelo governador Rodrigo Rollemberg. A solenidade ocorreu no Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB). Foi inaugurado um dos cinco novos pontos, com 50 bicicletas, instalados na UnB. Todos eles começam a funcionar hoje. Entre os objetivos, está a ampliação de ciclovias, integração com outros transportes e mais bicicletas públicas. Com o lançamento de novos pontos de bicicletas compartilhadas, o DF passa a ter 45 locais para entrega e retirada dos equipamentos.  

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A finalidade é conectar as ciclovias da cidade. Entre as prioridades, está a ampliação para regiões que contam com o transporte de metrô, distribuindo 60 pontos por Águas Claras, Taguatinga, Samambaia, Guará e Ceilândia. Haverá também remanejamento de pontos. Serão realocadas estações de locais onde há pouco uso das bicicletas públicas para outros com mais demanda. O modelo será mantido, com uma empresa privada, a concessionária do serviço, fazendo o gerenciamento.

Diversas medidas serão tomadas, desde mais quilômetros de ciclovias, instalação de bicicletários nos terminais de ônibus e um novo sistema de compartilhamento de bicicletas integradas ao BRT. A meta é ampliar em 50% as ciclovias e as ciclofaixas, que contam com 420km de extensão. Até o fim de 2018, contará com mais 218km e, até 2022, o plano prevê ampliar para 1,2 mil quilômetros o alcance das ciclovias de Brasília.


O investimento será de R$ 20 milhões, sem contar os valores aplicados em 72km de projetos já em andamento, como a ciclovia da Estrada Parque Taguatinga (EPTG), a do Lago Oeste, a do Trevo de Triagem Norte e a da Ligação Torto-Colorado.

Atualização de aplicativo

Também dentro das medidas do plano, o aplicativo para usar as bicicletas passará por uma atualização e será renomeado para   Bike. Entre as mudanças, está a cobrança de tarifa diária, de R$ 3, e de R$ 6 por mês, além da tarifa anual de R$ 10, o que pode ser uma opção para turistas ou para aqueles que querem usar a bicicleta por menos tempo. As mudanças serão automáticas na atualização da ferramenta para quem já a possui. Nos últimos três anos, foram feitas mais de 708 mil viagens com as bicicletas públicas da cidade.

Paraciclos e bicicletários

Ainda serão instalados bicicletários em 10 terminais do sistema de transporte público coletivo. Cada um deles terá capacidade de 30 a 50 vagas. De uso gratuito, bastará que o usuário leve um cadeado para prender a bicicleta no local. Cada empresa de ônibus que opera na cidade ficará responsável pela instalação de dois bicicletários.

Em agosto, a Secretaria de Estado de Mobilidade do Distrito Federal lançará licitação para compra de 3 mil paraciclos. A instalação em diversos pontos do DF, principalmente naqueles que contam com transporte de metrô, está prevista para até o fim deste ano.

Bicicletas integradas nos terminais


Três terminais de BRT — os de Santa Maria, do Gama e do Park Way — passarão por testes para implementar o compartilhamento de 150 bicicletas integradas. A licitação para os testes ainda está em fase de finalização. A ideia é que os usuários fiquem com as bicicletas por um período de 12 horas. 

Com informações da Agência Brasília

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Salvador já tem quase 200 quilômetros de ciclovias

02/08/2017 - G1

Salvador já tem quase 200 quilômetros de ciclovias

Até 2013, capital baiana possuía menos de 50 quilômetros de vias para ciclistas

Salvador já tem quase 200 quilômetros de ciclovias Salvador já tem quase 200 quilômetros de ciclovias

Por Prefeitura Municipal de Salvador

Salvador pulou de 48,6 quilômetros de ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas em 2012 para 197,96 quilômetros em 2016, sendo 151,96 construídos pela Prefeitura e apenas 46 quilômetros pelo governo do estado. Há quatro anos havia 13,8 km oriundos da gestão municipal e 34,8 km estaduais. O número de locais beneficiados também subiu de 13 para os atuais 47, dos quais 36 foram intervenções municipais, a exemplo da Avenida Afrânio Peixoto, mais conhecida como Suburbana, que a partir da requalificação passou contar com uma via exclusiva para bicicletas com 14 quilômetros de extensão em ambos os sentidos.

Este crescimento é resultado do esforço do município em fornecer mais opções de lazer para soteropolitanos e turistas, a partir da recuperação, modernização e ampliação do espaço público, por meio de ações pontuais e do trabalho integrado entre os órgãos de trânsito, mobilidade e turismo. Com as ações de requalificação, toda a costa da capital baiana foi contemplada com rotas para bicicletas construídas ou reformadas desde a praia de Ipitanga, na divisa com Lauro de Freitas, até as novas orlas da Barra, Ribeira e Tubarão, por exemplo.

As áreas destinadas aos ciclistas estão à disposição da população nas principais avenidas da capital, dispostas tanto nas vias principais como nas marginais, exemplo da ACM, Barros Reis, Juracy Magalhães Jr., Paralela e Afrânio Peixoto, também conhecida como Suburbana, que foi recentemente requalificada passando a contar com uma via exclusiva para bicicletas medindo 14 quilômetros de extensão em ambos os sentidos.

Principais obras na cidade levam em conta o ciclista (Foto: Valter Pontes)
Principais obras na cidade levam em conta o ciclista (Foto: Valter Pontes)

Definição – Ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas podem ser definidas de acordo com a interação com o meio. Enquanto as ciclovias são espaços dedicados exclusivamente para a prática do ciclismo, geralmente segregada dos demais veículos que compõem o trânsito de determinado lugar, as ciclofaixas são pintadas no asfalto, sem a necessidade de separação física entre as vias para automóveis e bicicletas. Nas ciclorrotas, entretanto, carros e bicicletas trafegam juntos, com sinalização horizontal e vertical que informe com clareza a existência de ciclistas nos locais, alertando motoristas e protegendo ciclistas.

Programa – Entre 2013 e 2017, programas de apoio à atividade ciclística foram implementados com sucesso, como o Salvador Vai de Bike, que em três anos de atuação já realizou cerca de 60 eventos destinados aos amantes da bicicleta, além de promover ações como o Bike Anjo, que incentiva o aprendizado do uso da magrela.

Instrutora do Bike Anjo, associação voltada para o ensino da prática do ciclismo "a pessoas de 2 a 99 anos", a servidora federal Marcela Marconi destaca a importância da construção de espaços voltados para os amantes dos pedais em Salvador.

"É sempre uma vitória quando novas vias são abertas na cidade, pois isso significa mais pessoas pedalando. Entretanto, é preciso que haja maior integração entre as ciclovias, faixas e rotas, de modo que formem uma rede que percorra toda a cidade. Também é necessário maior controle em relação às ações de vândalos e ao mau uso dos locais destinados às bikes por outros veículos, cujos donos optam por estacionar nas vias exclusivas. É preciso sempre festejar cada nova ciclovia, pois isso é de grande relevância para os iniciantes, público que está em franco crescimento na cidade", diz. Em quatro anos de atuação em Salvador, o Bike Anjo já iniciou mais de 3 mil soteropolitanos na prática do ciclismo.
Benefícios - Em uma iniciativa inovadora, a Secretaria da Cidade Sustentável (Secis) implantou um sistema de premiação para o servidor que optar por ir trabalhar de bike durante quinze dias úteis em um mês, garantindo uma folga mensal por conta da iniciativa.

A prática já beneficiou o servidor Eleandro Pereira, 58, que tem na bicicleta o principal meio de transporte entre sua residência, no bairro de Pernambués, e o Parque da Cidade, no Itaigara, onde trabalha pela Secis. A prática virou rotina há 16 anos na vida de Eleandro que, além de economizar no deslocamento, ainda encontrou um meio de realizar uma atividade física de baixo custo e com pleno contato com a natureza. "Utilizo a bicicleta como meio de transporte, como uma forma de cuidar da minha saúde e como meio de lazer. Espero que mais colegas de trabalho se interessem por esse estímulo e passem a cuidar melhor da saúde", disse.